95931 - Asma Grave |
Período da turma: | 01/03/2021 a 27/02/2023
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Descrição: | Ementa: Asma Grave
O que é Asma grave? Asma grave, ou asma grau 4, é a forma mais agressiva da doença inflamatória crônica das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável, como se os brônquios dele fossem mais sensíveis e inflamados - reagindo ao menor sinal de irritação. Se pensarmos em uma pessoa sem a doença, ela sofrerá uma falta de ar quanto estiver exposta a grandes irritações, como a fumaça de um incêndio. Diante desse quadro, o organismo da pessoa identifica os agentes irritantes e faz com que a musculatura que existe em volta do brônquio se contraia, fechando o órgão e impedindo que o ar contaminado entre nos pulmões. O mesmo processo acontece com um paciente que tem asma, só que os gatilhos para causar uma irritação nos brônquios são bem menos intensos do que a fumaça de um incêndio como, por exemplo, uma simples poeira. NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;) Asma é uma das condições crônicas mais comuns, acometendo cerca de 235 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que, no Brasil, quase 40 milhões de pessoas convivam com a asma. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, cerca de 10 a 15% dos pacientes com asma grave não conseguem controlar a doença com medicamentos convencionais, que são mais eficazes àqueles que apresentam os tipos leve e moderado. No Brasil, os asmáticos graves chegam a procurar 15 vezes mais hospitais do que os outros pacientes, e são hospitalizados 20 vezes mais. Para classificar a gravidade da asma, o médico considera a análise clínica juntamente com os resultados dos exames. Determinar o quão grave é a asma auxilia o médico a escolher o melhor tratamento. Além disso, a gravidade da asma pode alterar com o passar do tempo, necessitando um reajuste da medicação. Causas Não se sabe exatamente o que provoca asma grave, uma vez que cada pessoa apresenta uma sensibilidade a gatilhos diferentes. Dessa forma, é importante entender o que causa os ataques de asma e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou buscar tratamentos mais adequados. Aqui estão os gatilhos mais comuns da asma: Substâncias e agentes alérgenos Cerca de 80% das pessoas com asma sofrem crises quando expostas a alguma substância transportada pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça de cigarro e partículas de insetos. Substâncias químicas como tinta, desinfetantes e produtos de limpeza também podem desencadear uma crise. Quando aspirados, esses agentes podem irritar os brônquios, levando a uma crise. Infecções virais, como o resfriado comum ou a gripe, também constituem causa importante para o desencadeamento de uma crise de asma. Alergias alimentares podem causar crises de asma grave. Os alimentos mais comuns associados com sintomas alérgicos são: • Ovos • Leite de vaca • Amendoins • Soja • Trigo • Peixe • Camarão e outros crustáceos • Saladas e frutas frescas • Alguns conservantes e aditivos acrescentados dos alimentos industrializados também podem desencadear uma crise de asma. Asma induzida por exercício É um tipo de asma desencadeado por exercício ou esforço físico. Muitas pessoas com asma experimentam algum grau de sintomas ao praticar atividade física. No entanto, existem muitas pessoas sem asma diagnosticada que desenvolvem sintomas apenas durante o exercício. Inclusive, alguns atletas podem apresentar essa manifestação da doença. Com asma induzida por exercício, o estreitamento das vias aéreas tem um pico de cinco a 20 minutos após o exercício começar, o que dificulta a retomada do fôlego. Seu médico pode lhe dizer se você precisa usar um broncodilatador antes do exercício para evitar os sintomas incômodos. Asma noturna Asma noturna é um tipo comum da doença. Se você tem asma grave, as chances de sofrer uma crise são muito mais elevadas durante o sono, porque a asma é fortemente influenciada pelo ritmo circadiano (ciclo biológico que regula as funções do nosso corpo, geralmente de acordo com a luz do sol). Acredita-se que a asma noturna acontece devido ao aumento da exposição aos alérgenos, ao resfriamento das vias aéreas, a posição reclinada ou até mesmo pelas secreções hormonais. Se você tem asma grave, observe se seus sintomas pioram quando a noite avança. Caso isso aconteça, procure um médico para descobrir as causas das suas crises de asma e buscar o tratamento mais adequado. Mudanças de temperatura O choque de temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias respiratórias mais sensíveis. Além das crises de asma, é comum haver piora de rinite ou tosse. A mudança do calor para o frio pode desencadear uma resposta na mucosa brônquica que, por meio de estímulos nos receptores nervosos de temperatura ou pela liberação de substâncias alergênicas, pode desencadear uma crise. Medicamentos Medicamentos anti-inflamatórios não hormonais - como o ácido acetilsalicílico, o diclofenaco e o ibuprofeno - podem desencadear crises de asma. Isso acontece porque esses remédios inibem uma via de inflamação, mas sobrecarregam outra, que tem forte relação com a crise asmática em quem sofre da doença. Condições de saúde que podem imitar asma Uma variedade de doenças pode causar alguns dos mesmos sintomas da asma. Por exemplo, a asma cardíaca é uma espécie de falha do coração em que os sintomas podem imitar alguns dos presentes na asma regular. Algumas anomalias nas cordas vocais podem provocar um chiado no peito que é muitas vezes confundido com a asma. Fatores de risco Histórico familiar A asma grave é uma doença que tem características genéticas. Pessoas com casos de alergias na família tem uma predisposição genética para desenvolver quadros alérgicos no geral, e o relacionado ao pulmão é a asma. Histórico de alergias A asma grave é uma doença caracterizada pela presença de uma reação exagerada das vias aéreas, ou seja, por um mecanismo de defesa aumentado. Esse é o pano de fundo em outras alergias, desde respiratórias até cutâneas. Dessa forma, uma pessoa que tenha algum tipo de alergia tem uma maior predisposição a ter outros tipos, dentre eles a asma, uma vez que seu corpo tende a reagir de forma excessiva aos estímulos externos. Obesidade As pessoas com obesidade tem maior risco de asma e asma grave. Isto ocorre porque a obesidade desencadeia uma série de processos inflamatórios - e a asma nada mais é do que um processo inflamatório em nossos brônquios. A obesidade é uma "facilitadora" desse processo. Baixo peso ao nascer e hábitos da gravidez Os bebês filhos de mães fumantes tem menor peso, devido aos infartos que o cigarro causa na placenta, dificultando a nutrição do bebê durante a vida intrauterina. Apesar de alguma controvérsia, existe uma relação entre baixo peso ao nascer e asma até os cinco anos de idade. Isso acontece porque o pulmão só se forma plenamente no fim de gravidez. Por isso, o bebê prematuro tem mais risco de ter quadros inflamatórios no pulmão. É importante ressaltar que só podemos dizer que uma criança é asmática após os dois anos de vida. Antes disso ela é um bebê chiador. Saiba mais: Descuidos no resto do ano agravam asma no inverno Outros comportamentos durante a gestação aumentam o risco de o bebê ter alergia, tais como dormir mal, transtorno de ansiedade e depressão. Refluxo gastroesofágico A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição na qual o conteúdo do estômago vaza em direção contrária para o esôfago. Essa ação pode irritar o esôfago, causando azia e outros sintomas. Se for aspirado, o conteúdo do refluxo gastroesofágico pode ir parar dentro dos pulmões. Isso pode desencadear uma inflamação e favorecer quadros como pneumonia, bronquite e asma. Sintomas Sintomas de Asma grave As pessoas com asma grave apresentam sintomas quase que cronicamente, com alguns episódios mais graves em determinados períodos. Na asma grave, os ataques podem durar dias e podem se tornar perigosos se o fluxo de ar estiver muito restrito. Os sintomas incluem: • Tosse com ou sem produção de escarro (muco) • Repuxar a pele entre as costelas durante a respiração (retrações intercostais) • Deficiência respiratória que piora com exercício ou atividade. Respiração ofegante que: • Vem em episódios com períodos intercalados sem sintomas • Pode ser pior à noite ou no início da manhã • Pode desaparecer por si mesma • Melhora quando se usa medicamentos que abrem as vias respiratórias (broncodilatadores) • Piora quando se inspira ar frio • Piora com exercício • Piora com azia (refluxo) • Em geral começa repentinamente. Situações de emergência: • Lábios e rosto de cor azulada • Nível diminuído de agilidade, como sonolência grave ou confusão, durante um ataque de asma • Extrema dificuldade de respirar • Pulsação rápida • Ansiedade grave devido à deficiência respiratória • Sudorese. Outros sintomas que podem ocorrer com essa doença: • Padrão de respiração anormal • Respiração para temporariamente • Dor no peito • Aperto no tórax. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar seu médico a fazer o diagnóstico: • Anote quaisquer sintomas que você está tendo, inclusive os que podem parecer sem relação com o motivo pelo qual você agendou o compromisso • Anote quando seus sintomas incomodam mais - por exemplo, se os seus sintomas tendem a piorar em determinados momentos do dia, durante determinadas épocas do ano ou quando você está exposto a outros gatilhos • Anote informações pessoais importantes, incluindo qualquer estresse ou mudanças de vida recentes • Faça uma lista de todos os medicamentos, vitaminas e suplementos que você está tomando • Leve um membro da família ou amigo junto, se possível. Às vezes pode ser difícil de recuperar todas as informações fornecidas a você durante uma consulta. O acompanhante pode se lembrar de algo que você perdeu ou esqueceu. • Diagnóstico e Exames Diagnóstico de Asma grave O principal para o diagnóstico de asma grave é a história do paciente e os exames. Pacientes que têm crises esporádicas com melhora depois de um tempo são suspeitos para asma, principalmente se tiverem outro tipo de alergia. O médico também poderá pedir alguns exames para avaliar o funcionamento dos pulmões. Função pulmonar No teste de função pulmonar, o paciente assopra em um tubo ligado a um computador que vai medir a função dos pulmões. Se o paciente estiver tendo uma crise de asma naquele momento, ele assopra no tubo uma primeira vez, e novamente após usar um broncodilatador. O médico dará instruções sobre como controlar a respiração corretamente. Se a função pulmonar estiver alterada no primeiro resultado e estabilizada no segundo, tem-se um diagnóstico de asma. Entretanto, muitas vezes o asmático chega ao médico contando uma história típica de asma, mas o exame dá normal, pois ele não está em crise. Nesses casos, o médico pode solicitar a chamada broncoprovocação, ou seja, expõe o paciente a um agente inflamatório em nível controlado e observa. Se ele iniciar uma crise, é muito suspeito para a asma, confirmando após o término do exame. Exames adicionais Outros testes para diagnosticar a asma grave incluem: • Teste de óxido nítrico: embora pouco usado, esse teste mede a quantidade do gás óxido nítrico que o paciente tem em sua respiração. Quando as vias aéreas estão inflamadas um sinal de asma você pode ter níveis maiores de óxido nítrico do que pessoas saudáveis • Exames de imagem: radiografia de tórax e tomografia computadorizada (TC) dos pulmões e cavidades do nariz podem identificar quaisquer anormalidades estruturais ou doenças que estejam causando ou agravando problemas respiratórios • Gasometria arterial: a gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os pulmões são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue. • Tratamento e Cuidados Tratamento de Asma grave Prevenção e controle são a chave para impedir que os ataques de asma grave comecem. Veja as linhas de tratamento para a asma: Medicamentos contínuos Os medicamentos da asma mais adequados para o paciente dependem de uma série de fatores, incluindo idade, sintomas, gatilhos de asma e o que parece funcionar melhor para manter a doença sob controle. Os medicamentos preventivos de controle em longo prazo reduzem a inflamação nas vias aéreas, impedindo que os sintomas se iniciem. Os medicamentos contínuos, geralmente tomados diariamente, são a base do tratamento da asma. Eles incluem: • Corticosteroides inalados: essa classe de medicamentos inclui fluticasona, budesonida, mometasona, ciclesonida, flunisolide, beclometasona e outros. Pode ser necessário usar esses medicamentos durante vários dias ou semanas antes que eles atinjam o seu máximo benefício. Ao contrário de corticosteroides orais, esses medicamentos têm um risco relativamente baixo de efeitos colaterais e são geralmente seguros para uso contínuo, uma vez que agem diretamente nos pulmões, em vez de passarem primeiro pela corrente sanguínea. As inalações são feitas com inaladores portáteis, por meio de sprays ou em forma de pó – esse último inalado por meio de um instrumento próprio. O tempo de ação pode ser de quatro, 12 ou 24 horas, e o espaço entre as inalações varia conforme esse intervalo. Mais de 95% dos casos de asma podem ser controlados com o uso de corticoides • Mepolizumabe: princípio ativo indicado como tratamento complementar da asma eosinofílica grave em pacientes adultos • Modificadores de leucotrienos: são medicamentos orais, incluindo o montelucaste, zafirlucast e zileuton. Eles podem ser encontrados em forma de comprimidos, xaropes ou sachês. Eles interferem no processo inflamatório dos pulmões, e raramente são usados de forma isolada, sendo associado ao uso de corticoides. As doses e intervalos de utilização variam conforme o caso e a associação de medicamentos que está sendo feita • Beta-agonistas de longa duração: são medicamentos inaláveis, e incluem salmeterol e formoterol. Sua função é abrir as vias aéreas – ou seja, é um broncodilatador. Normalmente são usados em associação com corticosteroides – chamados assim de inaladores de combinação. Esses medicamentos não devem ser usados durante um ataque de asma • Teofilina: a teofilina funciona principalmente como broncodilatador, mas possui efeito anti-inflamatório, sendo também associada aos corticoides. O medicamento deve ser ministrado a cada 12 horas, e as doses também variam conforme o paciente Outros medicamentos Os corticosteroides também podem ser ministrados em versão injetável, sendo que a frequência será menor - por ser indicado para casos mais graves ou conforme a indicação médica. Se a asma é desencadeada ou agravada por agentes alérgenos, alguns medicamentos para alergias (anti-histamínicos) podem ser indicados, geralmente ministrados por spray oral e nasal. Há também a termoplastia brônquica, usada para asma severa que não melhora com corticosteroides inalados ou outros medicamentos para asma. A termoplastia brônquica aquece o interior das vias aéreas nos pulmões com ajuda de um eletrodo, reduzindo o músculo liso no interior das vias aéreas. Isso limita a capacidade das vias aéreas de se contrair, tornando a respiração mais fácil e possivelmente reduzindo os ataques de asma. Atitudes que devem ser evitadas pelo paciente asma grave O acesso a informações e remédios nem sempre se traduzem no tratamento correto da asma grave. Muitas pessoas desconsideram os perigos dessa doença por achá-la comum e mantém atitudes arriscadas, como: • Tratar apenas as crises: se as crises são recorrentes, este é um sinal importante de não controle da doença, com risco de hospitalizações e eventos mais graves • Fazer o tratamento apenas no pronto-socorro: recorrer ao pronto-socorro para tratar as crises da doença, passando por diferentes plantonistas, sem ter o acompanhamento de um único médico dificulta o tratamento adequado • Não dar continuidade correta ao tratamento: no caso de asma em crianças, estima-se que menos da metade das prescrições sejam seguidas de forma adequada pelos pais, expondo os pacientes a crises agudas de asma e sintomas persistentes • Dar atenção à asma somente no inverno: há dicas para lidar melhor com a doença durante o período seco do inverno, mas deve-se controlar a asma o ano todo. Asma grave tem cura? Não há cura para asma grave, embora os sintomas às vezes melhorem ao longo do tempo. Com autogerenciamento e tratamento apropriados, a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida normal. Complicações possíveis As complicações da asma grave incluem: • Capacidade reduzida de se exercitar e tomar parte em outras atividades • Falta de sono devido a sintomas noturnos • Alterações permanentes no funcionamento dos pulmões • Tosse persistente • Dificuldade para respirar que requer ajuda na respiração (ventilação) • Hospitalização e internação por ataques severos de asma • Efeitos colaterais de medicações usadas para controlar a asma • Óbito. • Prevenção Prevenção A asma em si não pode ser prevenida, uma vez que é decorrente de uma inflamação dos brônquios sem causa aparente. Entretanto, é possível controlar as crises e ter uma qualidade de vida melhor: Teste para alergias Os testes para alergias respiratórias são feitos para detectar qual é o agente causador da asma. Entram nessa lista ácaros, fungos, mofo, pelos de animais, entre outros. Com o teste, é possível evitar a exposição ao agente, prevenindo crises. Além disso, é comum que a asma esteja associada a outras doenças alérgicas, como a rinite alérgica e o eczema. Controlando os causadores dessas alergias é possível evitar crises asmáticas. Não trate apenas a crise É muito importante lembrar que a asma é uma doença crônica cujo tratamento, nos casos de asma persistente, deve ser contínuo, mesmo que não existam sintomas. Esse tratamento consiste no uso de corticoide inalatório diariamente, em doses que deverão ser determinadas pelo médico. O uso irregular dos medicamentos que controlam a asma é uma das causas mais comuns de crises. O paciente não deve ter receio de usar a medicação diária da asma. Garanta as doses de vitamina D A carência da vitamina D está sendo relacionada a uma série de doenças do aparelho imunológico e a asma é uma delas. O papel da vitamina D na importância do tratamento da asma é recente. Estudos apontam que a deficiência do nutriente pode aumentar os riscos de doenças pulmonares mais graves em crianças. De qualquer forma, vale a pena ressaltar que a principal fonte de vitamina D é a exposição solar, que dever ser feita por cerca de 15 minutos, três vezes por semana. Aposte na higiene Mofo, pelos de animais, insetos, ácaros e poeira domiciliar devem ser cuidadosamente eliminados. É importantíssimo que a roupa de cama seja lavada semanalmente e secada ao sol. Também é recomendado o uso de fronhas e capas de colchão antiácaros, que diminuem a possibilidade de crises. Podem ser usados até produtos de limpeza que matam os ácaros, mas nunca na presença do asmático. O carpete deve ser substituído por outros tipos de piso, tapetes devem ser retirados do quarto e umidificadores devem ser banidos, já que a umidade favorece o aparecimento de alguns alérgenos. Evite cheiros fortes Velas, sprays aromatizadores e essências. Esses produtos podem até deixar sua casa perfumada, mas são um perigo para quem tem asma. Cheiros fortes e fumaça irritam as vias aéreas e podem desencadear crises de asma. Se você é ou tem algum familiar asmático, elimine todos esses produtos ou, pelo menos, opte por versões que não possuem cheiro. Invista na vacina da gripe Os vírus causadores de infecções respiratórias - entre os quais está o vírus da gripe - também inflamam as vias aéreas e podem causar crises de asma. Por isso, tomar a vacina da gripe pode ajudar a controlar a doença. Além disso, lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel ajuda a prevenir-se contra o vírus. Entre em forma Existem algumas evidências de pessoas asmáticas com obesidade que conseguiram controlar melhor a asma ao perder peso. Uma teoria é a de que os pulmões de indivíduos com obesidade não se expandem como deveriam, o que predispõe o estreitamento dos brônquios. A inflamação do tecido adiposo causada pela obesidade também pode afetar a musculatura das vias aéreas, aumentando a resposta inflamatória e estreitando os canais da via aérea, o que levará a uma crise asmática. Outro ponto é que os hormônios liberados pela gordura - como a leptina e a adiponectina - podem agir na árvore brônquica causando os mesmos efeitos. Uma pessoa com asma pode e deve praticar esportes, mas, para isso, a doença precisa estar controlada com o tratamento. Isso porque a desidratação das vias aéreas, em função da sudorese e do aumento constante do fluxo de ar, pode desencadear uma crise se a doença não estiver controlada. Outro mecanismo que pode levar a uma crise é o da variação de temperatura nas vias aéreas, principalmente se o ar é inspirado pela boca e atinge as vias aéreas a uma temperatura mais baixa - o que pode piorar se temperatura ambiente está mais baixa. Por outro lado, manter uma boa hidratação e exercitar-se em ambiente saudável e com temperatura adequada ajuda a tornar a prática esportiva menos perigosa. Se mesmo assim ainda ocorrerem crises de asma, um tratamento com broncodilatadores antecedendo a atividade física e indicado pelo médico tende a controlar bem os sintomas. Cuide do pet Se o contato com animais não faz bem ao paciente, seria aconselhável não tê-los em casa. Mas, se isso está fora de cogitação, pelo menos não deixe que ele entre ou durma no seu quarto. Outra medida importante é dar banho no animal pelo menos uma vez a cada duas semanas. O local em que o pet permanece a maior parte do tempo deve ser limpo toda semana. Agasalhe-se É normal que, ao passar de um ambiente fechado para um externo, com ar frio, o alérgico logo apresente reações do sistema respiratório, como espirros e inchaço nasal. Por isso, o ideal é sempre sair de casa bem agasalhado e com um cachecol ou lenço cobrindo o nariz para que o ar gelado não entre em contato direto com ele. Apague o cigarro Cigarro é prejudicial para todas as pessoas, mas para o asmático ele pode ser ainda mais nocivo. No caso das crianças, o fumo passivo também é prejudicial. O fumo favorece a evolução de alergias respiratórias e asma. A peculiaridade do inverno em relação ao seu uso é o fato de a estação tornar ainda mais evidente essa piora, uma vez que a estação costuma ser caracterizada pelo ar seco e pela poluição concentrada. Fumantes que são alérgicos têm grandes chances de se tornarem futuros portadores da asma, e a permanência do hábito fará com que as crises fiquem cada vez mais fortes e mais difíceis de serem tratadas. Referências Fábio Morato Castro, alergista e Presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia – CRM 42267 Clóvis Galvão, alergista e Presidente da Associação Brasileira dos Asmáticos - CRM 75503 Roberto Rodrigues Junior, pneumologista do Laboratório Exame, em Brasília - CRM 133172 Marcia Pizzichini, pneumologista da comissão de asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - CRM 3025 Élcio Vianna, pneumologista da Comissão de Asma da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia - CRM 57520 Rogério de Souza, pneumologista assessor da área de Pneumologia do Fleury Medicina e Saúde - CRM 82330 Ministério da Saúde Organização Mundial de Saúde Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia |
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Carga Horária: |
100 horas |
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Tipo: | Obrigatória | ||||
Vagas oferecidas: | 10 | ||||
Ministrantes: |
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