Atividade

86486 - Módulo 2 - Aprofundamentos teóricos em Psicopatologiae elementos contemporâneos da prática em Saúde Pública

Período da turma: 15/08/2016 a 15/12/2016

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Descrição: Dia da semana Período
Segunda-feira 19:00 às 22:30
Quinta-feira 19:00 às 22:30

Carga Horária Ministrada
Aulas Teóricas em Sala de Aula: 146:00 hs
Aulas Práticas ou de Campo: 0 hs
Seminários: 0 hs
Total Ministrado: 146:00 hs
Carga Horária Não Ministrada
Outros: 0 hs
Total não Ministrado: 0 hs

Carga Horária Total da Disciplina:
146:00 hs

Detalhamento:
DISCIPLINA 7: Introdução à psicopatologia psicanalítica - 22 HORAS/AULA
Responsáveis:
ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS
Psicólogo e Psicanalista. Professor Livre-Docente Associado do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP. Coordenador do Curso de Psicopatologia e Saúde Pública FSP-USP e Coordenador Científico do NUPSI-USP (Núcleo de Psicopatologia, Políticas Pública em Saúde Mental e Ações Comunicativas em Saúde Pública.
ANA CECÍLIA MAGTAZ
Psicóloga, psicanalista, Doutora pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP/Br.), Professora do Curso de Especialização em Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP/Br.), Diretora Administrativa da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental – AUPPF.

Objetivos
O objetivo desta disciplina é apresentar os principais quadros clínicos que constituem a psicopatologia tal como a psicanálise a propõe, trabalhando com os conceitos de neurose, neurose narcísica, psicose e perversão e seus respectivos mecanismos de defesa. Essa introdução à psicopatologia psicanalítica será feita através da apresentação dos principais quadros psicopatológicos dentro de uma perspectiva histórica a partir dos textos freudianos.
Justificativa
Considerando a abrangência, consistência e importância histórica das contribuições da Psicanálise para a Psicopatologia, considerando também que as formações clínicas tais como a psicanálise as propõe constituem uma nosologia que dialoga, mas não se circunscreve à nosografia psiquiátrica e por fim, considerando que essa abordagem psicopatológica é fundamental para a compreensão psicodinâmica do sofrimento psíquico, consideramos que uma introdução das psicopatologias numa ótica psicanalítica / freudiana é indispensável à formação do especialista em Psicopatologia e Saúde Pública.
Conteúdo
O programa dessa disciplina apresentará uma introdução à psicopatologia psicanalítica a partir dos textos freudianosOs itens a serem abordados são:
1) Quadros clínicos clássicos de neurose de transferência: histeria, histeria de angústia (fobia) e neurose obsessiva;
2) O entendimento psicanalítico das psicoses: esquizofrenia e paranoia
3) A neurose narcísica segundo a teoria psicanalítica;
4) A divisão estrutural: neurose, psicose e perversão;
5) Os mecanismos de defesa egóicos presentes nas diversas formações clínicas (recalque, recusa, rejeição, projeção etc);
6) A etiologia sexual dos sintomas psíquicos;

Bibliografia
Edição Standard das Obras Completas de Sigmund Freud, Imago, 1969, Rio de Janeiro, em especial:
a. Psiconeuroses de defesa, 1894
b. Novas observações sobre psiconeuroses de defesa, 1896
c. Suplemento ao Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade, 1905
d. Freud, Repressão, 1915
e. O Homem dos Lobos, 1918
f. Neurose e Psicose, 1923
g. A dissolução do Complexo de Édipo 1923, 1924
h. Algumas conseqüências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos, 1925
i. A Negação, 1925
j. Fetichismo, 1927
k. Dora, 1905
l. O Homem dos Ratos, 1909
m. Esboço de Psicanálise, 1938
n. A clivagem do Ego no Processo de defesa, 1938
o. Sobre o narcisismo, uma introdução, 1914
p. Luto e melancolia, 1917

AULAGNIER, P. “Nascimento de um corpo, origem de uma história”, in: Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Ano II, vol.II no.3, Setembro de 1999.
BASTOS, L. A. de M.Eu-corpando: o ego e o corpo em Freud. São Paulo: Escuta, 1998.
BERLINCK, Manoel Tosta. Psicopatologia Fundamental. São Paulo: Editora Escuta, 2000.
COSTA PEREIRA, M. E. Pânico e Desamparo. São Paulo: Editora Escuta, 1999
DOLTO, F.A imagem Inconsciente do corpo, São Paulo: Ed. Perspectiva, 1984.
GREEN, A.Narcisismo de Vida, Narcisismo de Morte. São Paulo:Editora Escuta, 1988.
LAPLANCHE, J E PONTALIS, J.B. Vocabulário de Psicanálise.Lisboa: Moraes Editora, 1977.
MAGTAZ, Ana Cecilia. Distúrbios da oralidade na melancolía. 2008. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

ROUDINESCO, E. PLON, M. Dicionário de Psicanálise, Zahar Editores, 1998, Rio de Janeiro

DISCIPLINA 8: Propostas atuais para o tratamento das psicoses 16 HORAS/AULA

RESPONSÁVEL: MAURÍCIO DE CARVALHO PORTO
Psicólogo e psicanalista, acompanhante terapêutico, participante da coordenação dos Módulos de Introdução ao Acompanhamento Terapêutico e do Estágio Assistido em Acompanhamento Terapêutico, autor de artigos em revistas especializadas.


OBJETIVOS
Situar a constituição, desde meados dos anos 1930, de uma tradição comum aos tratamentos que podemos chamar de “atuais” no campo das psicoses. Cotejado por algumas modalidades de tratamento que tem sido propostas nos últimos 10 a 15 anos, dentro do campo da saúde mental na cidade de São Paulo, no atendimento a adultos, crianças e adolescentes, ressaltar elementos significativos da clínica que permeia estas “propostas atuais”.

JUSTIFICATIVA
Propostas de tratamento das psicoses que vem sendo realizadas há pelo menos uma década no campo da saúde mental são o desdobramento de experimentações que se acumulam desde o início do século XX. A reunião destas experimentações resulta em uma concepção de tratamento das psicoses e uma prática clínica que se orienta por problematizar a produção dos modos de relação entre os indivíduos na realidade do mundo, já desde a própria realidade da instituição de tratamento, seja em sua face de exclusão e de reclusão, quanto em sua face de adaptação ativa e de composição das possibilidades de existir e agir. Investigar estes modos de relação e de produção aprimora o pensamento a respeito das estratégias para lidar com a problemática psicótica, tanto nos adultos, quanto nos adolescentes e nas crianças.

CONTEÚDO
As referências teórico-práticas da disciplina serão: a Psicanálise, o Movimento Institucionalista e a Reforma Psiquiátrica. As aulas consistirão em apresentações teóricas, discussão de textos e relatos de experiências institucionais feita por profissionais convidados, sempre pretendendo criar disparadores para discussões do grupo de alunos.

O programa da disciplina se divide em dois momentos:

Primeiro momento:
As formas para a Reforma psiquiátrica. Partindo de experimentações feitas desde meados dos anos 1930 no interior dos hospitais psiquiátricos e das descobertas psicofarmacológicas a partir dos anos 1950, na Europa e nos Estados Unidos da América, foi se estabelecendo um outro paradigma, em relação à psiquiatria clássica, para tratar os estados psicóticos - primeiro nos adultos, e depois nas crianças e nos adolescentes.
A constituição desse outro paradigma produziu efeitos na América Latina a partir dos anos 1960. Desse movimento surgiram, no Brasil, desde o final dos anos 1970, as novas estratégias de tratamento propostas pelos profissionais da saúde mental.

Segundo momento:
Elementos de uma clínica atual para tratar as psicoses. Tendo por referência algumas experiências que tem sido realizadas na cidade de São Paulo no contato com o universo das psicoses, podemos explorar alguns elementos significativos da clínica das psicoses; elementos significativos na medida em que se tornaram férteis mobilizadores dos processos analíticos nos tratamentos das psicoses, e que levaram, inclusive, à problematização daquilo que pode ultrapassar estes próprios tratamentos.
Além dos relatos de experiências, busca-se aprofundar os conceitos de tratamento, transferência e regressão no tratamento.


Bibliografia (em conformidade aos pontos programáticos da disciplina):
Basaglia, Franco, “A instituição negada - Relato de um hospital psiquiátrico”, Rio de Janeiro: Editora Graal, 1995.
Bezerra Jr., Benilton e Amarante, Paulo (org.), “Psiquiatria sem hospício - Contribuições ao estudo da reforma psiquiátrica”, Rio de Janeiro: RelumeDumará, 1992.
Castel, Robert, “La gestion de losriesgos - De laanti-psiquiatria al post-análisis”, Barcelona: Editorial Anagrama, 1984.
Cytrynowicz, Mônica, “Criança/Enfance - Uma trajetória de psiquiatria infantil”, São Paulo: Editora Narrativa Um, 2002.
Freud, Sigmund, “Recordar, repetir y reelaborar”, in Obras completas, vol. XII, Buenos Aires, Ed. Amorrortu, 1986, pg. 145-157.
Julien, Philippe, “As psicoses - Um estudo sobre a paranóia comum”, Rio de Janeiro: Editora Companhia de Freud, 1999.
Lancetti, Antonio (org.), “SaúdeLoucura”, vol. 4, São Paulo: Editora Hucitec, 1994.
Langer, Marie (org.), “Questionamos - A Psicanálise e suas instituições”, Petrópolis: Editora Vozes, 1973.
Melo, Walter, “Nise da Silveira”, Rio de Janeiro: Imago Editora, 2001.
Oury, Jean, “Il, donc”, Paris: Union Générale d'Éditons, 1978.
Pichon-Rivière, Enrique, “El proceso grupal - Del psicoanálisis a lapsicología social”, 3 vol., Buenos Aires: Editora Nueva Visión, 1983.
Winnicott, Donald W. (1967). O conceito de regressão clínica comparado com o de organização defensiva. In Explorações Psicanalíticas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994, pg. 151-156.
Revista Internacional da História da Psicanálise, número 1, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1990.


DISCIPLINA 9: Experiências e Reflexões em Serviços de Saúde Mental (2ª. parte)

18 HORAS/AULA

RESPONSÁVEIS:

DAVID CALDERONI
Pós-Doutor pelo Instituto de Psicologia da USP. Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Fundador do Nupsi e do Curso de Psicopatologia e saúde Pública. Autor de O Caso Hermes: a dimensão política de uma intervenção psicológica em creche - um estudo em psicologia institucional (Casa do Psicólogo/Fapesp, 2004) e de O silêncio à luz - ensaios para uma ciência do singular (Via Lettera, 2006). Organizador e co-autor de Psicopatologia: vertentes, diálogos, psicofarmacologia, psiquiatria, psicanálise (Via Lettera, 2002 e de Psicopatologia: clínicas de hoje (Via Lettera, 2006).

RAFAELA ARRIGONI
Terapeuta Ocupacional CAPS ad II Infanto-Juvenil Vila Mariana - Projeto Quixote. Formada na Universidade de Sao Paulo - USP RP. Especialista em Terapia Ocupacional e Saúde Mental pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Especialista em Gestão de Saúde - SENAC/SP. Especialista em Terapia Ocupacional Dinâmica pelo CETO. Formanda em Psicanálise no Instituto Sedes Sapientiae.


OBJETIVOS

Oferecer aos alunos:
A) a possibilidade de acompanhar e participar de entrevistas com membros de equipes multiprofissionais e com usuários de Serviços de Saúde Mental;
B) a possibilidade deobservar e de participar de atividades e reuniões nestes serviços;
C) espaço para discussões e reflexões críticas sobre as experiências ocorridas e
D) espaço para realizar uma comparação entre os diversos equipamentos e serviços.


JUSTIFICATIVA
O conhecimento prático de como estão estruturados os serviços públicos de saúde mental em nossa realidade, assim como o contato com as formas pelas quais trabalhadores e usuários vivenciam os serviços ofertados são indispensáveis para uma especialização na área de Psicopatologia e Saúde Pública. Esta disciplina visa oferecer tanto a experiência presencial em equipamentos da Rede Pública de Saúde Mental na cidade como a reflexão teorico-crítica sobre as práticas observadas e/ou vivenciadas. Consideram-se as atividades propostas como ocasião prática e teórica para alcançar parte dos objetivos do Curso de Psicopatologia e Saúde Pública, em especial o último: “proporcionar experiências clínico-institucionais em serviços multiprofissionais de saúde mental, bem como a elaboração crítica dessas experiências, através de entrevistas supervisionadas com usuários e com agentes institucionais e através da participação em reuniões clínicas.”

CONTEÚDO
A disciplina incluirá diversas atividades distribuídas ao longo do ano letivo:
a) Visitas a diversos equipamentos da Rede de Saúde Mental Pública;
b) Participação em reuniões de serviço das equipes multiprofissionais;
c) Observação e participação em atividades oferecidas aos usuários;
d) Entrevistas e conversas com trabalhadores e usuários dos serviços;
e) Reuniões com os professores responsáveis para discussão das atividades e experiências realizadas e para comparação das diversas estratégias e dispositivos utilizados nos diversos equipamentos da Rede de Saúde Mental e
Reunião final para avaliação das atividades.

DISCIPLINA 10: Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil: fundamentos para uma prática interdisciplinar 36 HORAS/AULA

RESPONSÁVEL: MARIA CRISTINA MACHADO KUPFER
Psicóloga, Mestre em Psicologia Escolar (USP, 1982) e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (USP, 1990). Professora Titular aposentada do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Editora da revisTEta Estilos da Clínica (USP). Trabalha na área de Tratamento e Prevenção Psicológica, atuando principalmente nos seguintes temas: psicanálise, infância, pesquisa interdisciplinar, educação especial, autismo e psicose infantil. É membro fundador do Lepsi Laboratório Interunidades de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais sobre a infância - IP/FEUSP. Pesquisadora CNPq 1D

OBJETIVOS:
Oferecer elementos teórico-clínicos para a utilização, por profissionais de saúde e da educação, do instrumento IRDI (indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil).
JUSTIFICATIVA:
A capacitação para o uso de um instrumento como o IRDI permitirá que trabalhadores da Saúde Pública, especialmente na área da Saúde Mental, tenham o seu olhar e sua escuta aguçados para o acompanhamento da constituição psíquica de crianças pequenas. Esse aguçamento será especialmente importante quando puder detectar entraves ou desconexões graves que venham a ocorrer no laço pais-bebê.
CONTEÚDO
1) Apresentação dos fundamentos teóricos que estão na base da construção dos IRDIs. Estes fundamentos estão organizados em torno de quatro eixos teóricos a partir dos quais operam as funções materna e paterna.
2) A visão psicanalítica da psicose infantil e do autismo.
3) Apresentação dos 31 indicadores clínicos
4) Exercícios de uso pelos alunos dos indicadores em diversas situações clínico- institucionais ou mesmo em creches.
5) Diálogos com casos clínicos em que serão examinados a ausência e a presença de indicadores clínicos de risco.
Bibliografia
1) Kupfer, M.C.M.,Jerusalinsky, A.N., Bernardino, L.M.F., Wanderley, D., Rocha, P.S.F., Molina, S.E., et al. (2009). Valor preditivo de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil: um estudo a partir da teoria psicanalítica. Lat. Am.Journalof Fund. Psychopath, 6(1), 48-68.
2) Pesaro, M.E. (2010) Alcance e limites teórico-metodológicos da pesquisa multicêntrica de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil. Tese de Doutorado. Instituto de Psicologia da USP.
3) Kupfer M.C.M., Bernardino, L.M.F., Mariotto, R.M.M., Pesaro, M.E., Lajonquière, L., Voltolini, R., Machado, A.M.M. (2012). Metodologia IRDI: umaação de prevençãonaprimeirainfância. In: Kupfer, M.C.M., Bernardino, L.M.F., Mariotto, R.M.M. (orgs). Psicanálise e ações de prevençãonaprimeiraInfância. São Paulo: Escuta, p. 131-148.
4) Mariotto R.M.M.(2009). Cuidar, Educar e Prevenir: as funções da crechenasubjetivação de bebês. São Paulo: Escuta.
5) Bernardino, L.M.F. (2008). possível uma clínica psicanalítica com bebês? In: KUPFER, MCM; TEPERMAN, DW. O que os bebês provocam nos psicanalistas. São Paulo, Escuta.
6) Bleichmar, S. Nas origens do sujeito psíquico: do mito à história. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
7) Coriat, LF; Jerusalinsky, A. (2001). Aspectos estruturais e instrumentais do desenvolvimento. Estilos da Criança, n. 4, Porto Alegre.
8) Jerusalinsky, A. e Cols. (1999). Psicanálise e desenvolvimento. Porto Alegre: Artes e Ofícios.
9) Faria, M. R. (2003). Constituição do sujeito e estrutura familiar - O Complexo de Édipo de Freud a Lacan. São Paulo: Cabral.

DISCIPLINA 11: As Invenções Democráticas na perspectiva da Psicopatologia para a Saúde Pública 16 HORAS/AULA

Responsável: DAVID CALDERONI
Psicólogo e psicanalista, Graduado, Mestre, Doutor e Pós Doutor em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da USP. Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Fundador e Pesquisador do NUPSI (Núcleo de Psicopatologia, Políticas Públicas de Saúde Mental e Ações Comunicativas em Saúde Pública), vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP. Idealizador da Coleção Invenções Democráticas (parceria do Nupsi com a Autêntica Editora). Autor de O Caso Hermes: a dimensão política de uma intervenção psicológica em creche - um estudo em psicologia institucional (Casa do Psicólogo/Fapesp, 2004) e de O silêncio à luz - ensaios para uma ciência do singular (Via Lettera, 2006). Organizador e co-autor de: Psicopatologia: vertentes, diálogos, psicofarmacologia, psiquiatria, psicanálise (Via Lettera, 2002); Psicopatologia: clínicas de hoje (Via Lettera, 2006); Co-organizador e co-autor de Construções da Felicidade (Autêntica, 2015). Co-autor de Invenções Democráticas: a dimensão social da saúde (Autêntica, 2009).
OBJETIVOS

Tomando por base a definição estatutária do NACE NUPSI como lócus acadêmico centrado na pesquisa interdisciplinar e na articulação intersetorial, junto à dimensão social da saúde, das Invenções Democráticas como “maneiras criativas e solidárias de desenvolver autonomia e cooperação”, o programa da disciplina procurará corresponder às missões propostas na criação do NUPSI, missões das quais destacamos:
- “incubação de idéias e projetos de invenções democráticas [entre as quais a economia solidária, a Justiça Restaurativa, a Educação Democrática] e suas formas de articulação em práticas sociais libertárias”;
- “intervir junto à sociedade propondo uma ‘Psicopatologia para a Saúde Pública' que parte de uma idéia central: de que os cidadãos têm direito e potência para participar da construção de um diagnóstico sobre as questões que envolvem o seu sofrimento psíquico e sobre as propostas de promoção de sua saúde mental.”
Assim, à luz das motivações, conceitos e estratégias metodológicas da Psicopatologia para a Saúde Pública que encabeçam a bibliografia da disciplina, trata-se de examinar e de explicitar, mediante a presença de seus respectivos operadores, os aportes das Invenções Democráticas junto à dimensão social da saúde em geral e da saúde mental em particular.
JUSTIFICATIVA
Considerando que a saúde, especialmente a saúde mental não pode ser pensada separadamente das diversas dimensões da atividade humana (trabalho, educação, justiça etc), considerando que a psicopatologia para a saúde pública se define pelo ‘esforço contínuo de investigação e cura do que se contrapõe ao desenvolvimento da trama psicossocial do cuidado e si e do semelhante’ e que as dimensões social e individual da saúde apoiam-se essencialmente no intercambio solidário de acolhimento, escuta, curiosidade, compreensão, intenção reparatória, generosidade, ajuda mútua, prazer, alegria, encantamento e reflexão, consideramos a reflexão sobre os aportes das Invenções Democráticas como importante na formação do especialista em Psicopatologia e Saúde Pública.
Conteúdo
Número de ordem das aulas duplas Temas respectivos
1 Invenções Democráticas, cooperativismo, autonomia e dimensão social da saúde.
2 Psicopatologia para a saúde pública: motivações, conceitos e estratégias metodológicas
3 Economia Solidária e Psicopatologia para a Saúde Pública: interfaces práticas e teóricas.
4 Justiça Restaurativa e Psicopatologia para a Saúde Pública: interfaces práticas e teóricas.
5 Educação Democrática e Psicopatologia para a Saúde Pública: interfaces práticas e teóricas.
6 Felicidade Interna Bruta (FIB) e Psicopatologia para a Saúde Pública: interfaces práticas e teóricas.
7 Espinosa, democratização da alegria e Psicopatologia para a Saúde Pública: interfaces práticas e teóricas.
8 Renda Básica de Cidadania (RBC) e Psicopatologia para a Saúde Pública: interfaces práticas e teóricas.

BIBLIOGRAFIA
Calderoni, D. “Invenções Democráticas – Apresentando a Coleção através da história deste livro” in Bove, L. Espinosa e a psicologia social. Ensaios de ontologia política e antropogênese.Autêntica Editora/Nupsi-USP, 2010, BH (Coleção Invenções Democráticas, Vol. I).
Justo, M. G. (org.) Invenções Democráticas: a dimensão social da saúde.Autêntica Editora/Nupsi-USP, 2010, BH (Coleção Invenções Democráticas, Vol. II).
Calderoni, D. “Psicopatologia para a saúde pública: motivações, conceitos e estratégias metodológicas” in Justo, M. G. (org.) Invenções Democráticas: a dimensão social da saúde.Autêntica Editora/Nupsi-USP, 2010, BH (Coleção Invenções Democráticas, Vol. II).
Calderoni, D. “Carta de Princípios do Nupsi-USP” in Justo, M. G. (org.) Invenções Democráticas: a dimensão social da saúde.Autêntica Editora/Nupsi-USP, 2010, BH (Coleção Invenções Democráticas, Vol. II).
Calderoni, M. L. de M. B. “Uma contribuição psicanalítica à psicopatologia para a saúde pública” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Calderoni, D. “Laurent Bove e as Invenções Democráticas” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Rezende, C. N. “Saúde mental pública em Espinosa” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Singer, P. “A economia solidária e a dimensão social da saúde” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Kelian, L. L. “A educação democrática e a dimensão social da saúde” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Penido, E. A. “Justiça Restaurativa e a dimensão social da saúde” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Migliori, M. L. B. “A Justiça Restaurativa (JR) perante os princípios e as missões do Nupsi-USP”in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Singer, H. “Quando a educação é Invenção Democrática de pesquisa-ação”in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Bove, L. e Singer, P. “O espinosismo em face da economia solidária” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Bove, L. “Do desejo de não ser dirigido à Hilaritas democrática” in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Reis, A. O. A., Marazina, I. V., e Gallo, P. R. “A humanização na saúde como instância libertadora”in Justo, M. G. (org.), op. cit.
Bove, L. “Hilaritas et acquiescentia in se ipso [Hilaridade e contentamento íntimo]” in Calderoni, D. (org.) Psicopatologia: clínicas de hoje. Via Lettera, 2006, SP.
Calderoni, D. “Prefácio à edição brasileira” in Standing, G. O precariado: a nova classe perigosa. Autêntica Editora/Nupsi-USP, 2014, BH (Coleção Invenções Democráticas, Vol. IV).
Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade. Autêntica Editora/Nupsi-USP, 2015, BH (Coleção Invenções Democráticas, Vol. V).
Müller-Plantenberg, C. “O presente e o futuro das invenções democráticas” in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade. Autêntica Editora/Nupsi-USP, 2015, BH (Coleção Invenções Democráticas, Vol. V).
Elia, L. “Atenção psicossocial: uma invenção hiperdemocrática” in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Thomé, A. M. “Os Centros de Atenção Psicossocial como dispositivos de atenção à crise: em defesa de uma certa (in)felicidade inventiva” in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Pinho, L. P. e Pinho, K. L. R. “Desafios e Perspectivas do cooperativismo social brasileiro” in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Standing, Guy. “Renda Básica incondicional: dois projetos-piloto em MadhyaPradesh”in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Andrews, S. “Felicidade Interna Bruta (FIB) no Brasil”in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Singer, H. “Educação Integral e territórios educativos”in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Hecht, Y. “A educação democrática em Israel”in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Boonen, P. M. “Práticas emancipatórias na construção da justiça e do justo”in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Grupo Educa. “Escola, pesquisa e intervenção: a atividade inicial em educação quilombola”in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Calderoni, D. “Amizade, identidade e democracia: carta ao Grupo Educa”in Rocha, A., Calderoni, D. e Justo, M. G. Construções da Felicidade, op. cit.
Calderoni, D. Invenções Democráticas no Quilombo (DVD, 35 min.). Fapesp/Nupsi-USP, 2010, SP.
DISCIPLINA 12: A escuta psicanalítica em grupo na saúde mental pública -10 HORAS/AULA

RESPONSÁVEL: MARIA LÚCIA DE MORAES BORGES CALDERONI
Psicóloga graduada peloInstituto de Psicologia da USP, psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do InstitutoSedes Sapientiae, ex-coordenadora de EquipeClínica da ClínicaPsicológica do InstitutoSedes Sapientiae (1994 a 2014), Professora de Introdução à História da Psicopatologia no Curso de Pós-Graduaçãoem Psicopatologia das Faculdades Tancredo Neves (2001), no Curso de Psicopatologia NAIPPE/USP (2003 a 2005), no Curso de Psicopatologia e Saúde Pública da FSP-USP (2006 a 2012) e no Curso de Psicopatologia e Saúde Pública NUPSI/USP (2013 até a presente data); pesquisadora do NUPSI/USP desde a sua fundação (2009), Professora do Praxis, Aprimoramento em Clínica Institucional do Instituto Sedes Sapientiae ministrando disciplina sobre atendimento psicanalítico grupal. Pesquisadora na área da História da Medicina e da Psicopatologia.
OBJETIVOS:
Oferecer elementos teorico-clínicos para a escuta psicanalítica grupal apresentando a importância fundamental do grupo como instrumento terapêutico e contextualizando historicamente o seu surgimento. Discutir as possibilidades e potências da psicanálise em grupo na Saúde Pública, especialmente na Rede de Saúde Mental.
JUSTIFICATIVA:
A capacitação para uma escuta clínica qualificada é fundamental para os trabalhadores da Saúde Pública, especialmente na área da Saúde Mental. Especialmente a escuta clínica grupal pode ser um instrumento extremamente valioso na recepção e no tratamento dos usuários, assim como no trabalho com as próprias equipes multidisciplinares. A Psicanálise vem desenvolvendo há mais de 60 anos, instrumentos precisos para o trabalho em grupo que podem potencializar muito esse dispositivo terapêutico. A escuta psicanalítica grupal viabiliza a integralidade da assistência em saúde, na medida em que permite que se leve em conta a dimensão inconsciente no contato com os usuários e nas relações das próprias equipes de saúde em todos os dispositivos da Rede Pública de Saúde.
Conteúdo
A) Breve panorama da História da Psicoterapia de grupo e do lugar da Psicanálise nesse tipo de proposta terapêutica;
B) Discussão das potencialidades do grupo psicanalítico e desconstrução das idéias e preconceitos de que a terapia em grupo é inferior à modalidade individual de tratamento;
C) Apresentação dos três conceitos fundamentais para uma escuta psicanalítica grupal: transferência, identificação e projeção
D) Apresentação de ilustrações e casos clínicos que exemplifiquem o tipo de prática grupal proposta.
Bibliografia
Câmara, M. ‘História da Psicoterapia de Grupo’ in Py, L. A. (org.) Grupo sobre Grupo, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1987.
Mascarenhas, E. ‘Grupo não é psicoterapia de pobre’ in Py, L. A. (org.) Grupo sobre Grupo, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1987.
Calderoni, M.L.M.B. ‘A potência singular da Psicanálise Grupal’ in Revista Percurso no. 43, São Paulo, 2009.
Calderoni, M.L.M.B. ‘O atendimento psicanalítico grupal na Rede de Saúde Mental: uma prática que pode fazer diferença’, inédito, 2012.
Freud, S. ‘A dinâmica da transferência’ (1912) in Obras Completas vol. XII, Editora Imago, Rio de Janeiro, 1969.
Freud, S. ‘Psicologia de Grupo e análise do ego’ (1921) in Obras Completas vol. XII, Editora Imago, Rio de Janeiro, 1969.
Laplanche J. e Pontalis, J.-B. ‘Verbete transferência’, ‘Verbete identificação’ e ‘Verbete projeção’ in Vocabulário da Psicanálise, Moraes Editores, Lisboa, 1977.
Roudinesco e Plon, ‘Verbete transferência’, ‘Verbete identificação’ e ‘Verbete projeção’ in Vocabulário da Psicanálise, Zahar Editores, 1998, Rio de Janeiro
Fernández, A.M. O campo grupal, notas para uma genealogia, Martins Fontes, São Paulo, 2006.
DISCIPLINA 13: Fundamentos para a escuta psicanalítica e a intervenção clínica nas instituições de saúde pública 14 HORAS/AULA
Responsáveis:
DAVID CALDERONI
Pós-Doutor pelo Instituto de Psicologia da USP. Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Fundador do Nupsi e do Curso de Psicopatologia e saúde Pública. Autor de O Caso Hermes: a dimensão política de uma intervenção psicológica em creche - um estudo em psicologia institucional (Casa do Psicólogo/Fapesp, 2004) e de O silêncio à luz - ensaios para uma ciência do singular (Via Lettera, 2006). Organizador e co-autor de Psicopatologia: vertentes, diálogos, psicofarmacologia, psiquiatria, psicanálise (Via Lettera, 2002 e de Psicopatologia: clínicas de hoje (Via Lettera, 2006).

DOUGLAS RODRIGO PEREIRA
Psicólogo e psicanalista, mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Atua como coordenador de um Consultório na Rua e como coordenador adjunto de um Caps AD III, ambos situados na região metropolitana de São Paulo.
RAFAELA ARRIGONI
Terapeuta Ocupacional CAPS ad II Infanto-Juvenil Vila Mariana - Projeto Quixote. Formada na Universidade de Sao Paulo - USP RP. Especialista em Terapia Ocupacional e Saúde Mental pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Especialista em Gestão de Saúde - SENAC/SP. Especialista em Terapia Ocupacional Dinâmica pelo CETO. Formanda em Psicanálise no Instituto Sedes Sapientiae.


OBJETIVOS:
Nesta disciplina, temos o objetivo de introduzir, a partir da discussão de casos clínicos, elementos teóricos e técnicos para a intervenção clínica, com base psicanalítica, nas instituições e equipamentos de saúde pública. Para tanto, foca-se a importância do desenvolvimento da escuta como instrumento essencial para fundamentar a nossa prática profissional.
JUSTIFICATIVA:
Com efeito, a escuta clínica é fundamental para a condução de casos nas instituições e dispositivos de saúde pública. Em função de determinantes históricos, o aspecto clínico do trabalho na saúde mental teve sua importância diminuída, pois o foco acabou sendo transferido para os elementos sociais e coletivos. Entendemos, porém, que os aspectos clínicos, sociais e coletivos devam ser tratados de maneira articulada, sem que haja prejuízo de nenhum deles. Por essa razão, iniciar o desenvolvimento de uma escuta clínica, baseada na teoria e prática psicanalítica, possibilita que os/as profissionais se sensibilizem para as diferentes formas de manifestações da potência e do sofrimento humano. Visa-se apresentar uma introdução geral da modalidade psicanalítica de escuta dos fenômenos humanos.
CONTEÙDO:
Partindo-se de situações clínicas, apresentadas pelo/a docente e pelos profissionais estudantes, discutiremos os seguintes pontos:
1) As entrevistas nas instituições de saúde: acolhimento e escuta;
2) Realidade psíquica e realidade clínica;
3) Conflito psíquico e resistências;
4) O papel da defesa na economia psíquica;
5) A escuta para além do sintoma;
6) A relação terapêutica e a transferência.
BIBLIOGRAFIA
CALDERONI, D. Clínicas em diálogo. In: ______. (org). Psicopatologia: clínicas de hoje. São Paulo: Via lettera, 2006. p.7-14.
COELHO JÚNIOR, N. A força da realidade na clínica freudiana. São Paulo: Escuta, 1995.
ETHEGOYEN, R.H. Fundamentos da técnica psicanalítica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
FREUD, S. (1894). As neuropsicoses de defesa: tentativa de formulação de uma teoria da histeria adquirida, de muitas fobias e obsessões e de certas psicoses alucinatórias. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Volume III. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 51-72. .
______. (1910). Cinco lições de psicanálise. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Volume XI. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 27-64.
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______. (1913). O início do tratamento. In: ______. Obras completas volume 10. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 164-192.
______. (1917). Conferências introdutórias sobre Psicanálise (Parte III). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Volume XVI. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
______. (1937). Análise terminável e interminável. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Volume XIIII. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 225-270.
______. (1938). Esboço de Psicanálise. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Volume XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 153-270.
LAGACHE, D. A transferência. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
LAPLANCHE, J; PONTALIS, J-B. Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
MENEZES, L.C. O conceito de Realidade Psíquica. In: ______. Fundamentos de uma clínica freudiana. São Paulo: Casa do Psicólogo: 2001. p. 25-30.
MEZAN, R. A transferência em Freud: apontamentos para um debate. In: SLAVUTZKY, A. (Org). Transferências. São Paulo: Escuta, 1991, p. 47-78
MINERBO, M. Transferência e contratransferência. São Paulo: Casa do psicólogo, 2012.
OCARIZ, M.C. O sintoma e a clínica psicanalítica: o curável e o que não tem cura. São Paulo: Via lettera, 2003.
ROCHA, F.J.B. Entrevistas preliminares em Psicanálise: incursões clínico-teróricas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.
ROUDINESCO, E; PLON, M. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
DISCIPLINA 14: Álcool e Drogas na Saúde Pública hoje - 14 HORAS/AULA
Responsável: GUILHERME PERES MESSAS
Psiquiatra, Doutor pela FMUSP, Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Coordenador do Curso de especialização em Psicopatologia fenomenológica
Objetivo: Apresentar as políticas públicas brasileiras e internacionais relacionadas ao uso de substâncias, lícitas e ilícitas, revelando seus fundamentos intelectuais e oferecer subsídios para melhores decisões a respeito de políticas de drogas no país.
Justificativa: A crescente prevalência do uso de drogas, lícitas e ilícitas, na população brasileira, tem levado a uma intensificação do debate acerca das políticas públicas voltadas ao enfrentamento do problema. A diversidade caracteriza esse campo sócio-político, tanto no que concerne às drogas quanto aos atores envolvidos, levando a movimentos e iniciativas por vezes de aparência contraditória. Por exemplo, enquanto restringe-se o uso do tabaco, procura-se ampliar a possibilidade legal do uso de cannabis. A aparência contraditória tem como fundamento a não explicitação das complexidades históricas e culturais que matizam o campo e determinam as necessidades de atuação pública. Este curso pretende apresentar ao aluno as diversas necessidades e posições públicas geradoras da diversidade temática, procurando discriminar as especificidades de cada droga no que tange a seus usos, problemas e políticas públicas.
Conteúdo programático:
Políticas para substâncias lícitas:
Políticas para o álcool
Políticas para o tabaco
Políticas para substâncias ilícitas:
Políticas para o crack
Políticas para a canabis
Referências bibliográficas
Babor et al.,Alcohol no ordinary commodity - Research and public policy.
Thomas Oxford University Press, 2003
Babor T et al. Drug policy and the public good. Oxford University Press, 2010
Bastos F., Bertoni N. Pesquisa nacional sobre o uso de crack. Quem são os usuários de crack e/ou similares do Brasil? Quantos são nas capitais brasileiras?. ICICT/FIOCRUZ, 2014.
Instituto Igarapé http://igarape.org.br/wp-content/uploads/2013/05/AE-16_CADERNO-DE-EXPERI%C3%8ANCIAS_24-03w.pdf
Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas – OBID
Programa Recomeço http://programarecomeco.sp.gov.br/
Room R et al. Cannabis Policy: Moving Beyond Stalemate Beckley Foundation’s Global Cannabis Commission, 2008

Secretaria Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (SENAD):
1. http://portal.mj.gov.br/senad/data/Pages/MJD0D73EAFPTBRNN.htm
2. http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/web/noticia/ler_noticia.php?id_noticia=107976

Carga Horária:

146 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 60
 
Ministrantes: Alberto Olavo Advincula Reis
David Calderoni
Douglas Rodrigo Pereira
Guilherme Peres Messas
Maria Cristina Machado Kupfer
Maria Lucia de Moraes Borges
Mauricio de Carvalho Porto


 
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