Atividade

86485 - Módulo 1 - Fundamentos da Psicopatologia e introdução histórica às políticas públicas de Saúde Mental

Período da turma: 07/03/2016 a 08/08/2016

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Descrição: Dia da semana Período
Segunda-feira 19:00 às 22:30
Quinta-feira 19:00 às 22:30


Carga Horária Ministrada
Aulas Teóricas em Sala de Aula: 146:00 hs
Aulas Práticas ou de Campo: 0hs
Seminários: 0 hs
Total Ministrado: 146:00 hs
Carga Horária Não Ministrada
Outros: 0 hs
Total não Ministrado: 0 hs

Carga Horária Total da Disciplina:
146:00 hs




DISCIPLINA 1: Introdução às concepções de saúde e doença a partir da História da Psicopatologia 20 HORAS/AULA

RESPONSÁVEL: MARIA LÚCIA DE MORAES BORGES CALDERONI

Psicóloga graduada peloInstituto de Psicologia da USP, psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do InstitutoSedes Sapientiae, ex-coordenadora de EquipeClínica da ClínicaPsicológica do InstitutoSedes Sapientiae (1994 a 2014), Professora de Introdução à História da Psicopatologia no Curso de Pós-Graduaçãoem Psicopatologia das Faculdades Tancredo Neves (2001), no Curso de Psicopatologia NAIPPE/USP (2003 a 2005), no Curso de Psicopatologia e Saúde Pública da FSP-USP (2006 a 2012) e no Curso de Psicopatologia e Saúde Pública NUPSI/USP (2013 até a presente data); pesquisadora do NUPSI/USP desde a sua fundação (2009), Professora do Praxis, Aprimoramento em Clínica Institucional do Instituto Sedes Sapientiae ministrando disciplina sobre atendimento psicanalítico grupal. Pesquisadora na área da História da Medicina e da Psicopatologia.


PROGRAMA

OBJETIVOS:
Tendo como ponto de partida elementos da história do pensamento e da medicina que foram precursores da psicopatologia, esta disciplina visa oferecer subsídios para contextualizar o seu surgimento histórico, apresentando uma visão das condições que permitiram o seu advento como um campo do saber discriminado da psicologia e da psiquiatria, além de situar os alunos quanto à origem e o sentido da psicopatologia em sua trajetória ao longo da cultura ocidental, bem como traçar um breve panorama de seu desenvolvimento até os dias de hoje, destacando as formas historicamente determinadas de atenção ao sofrimento psíquico e procurando correlacioná-las às noções de doença mental, transtorno mental e saúde mental.

JUSTIFICATIVA:
Considerando a abordagem histórica como fundamental para a compreensão do lugar que a psicopatologia ocupa no pensamento científico contemporâneo, assim como para uma reflexão sobre as concepções atuais de saúde e doença, acreditamos que é parte indispensável de um programa de formação na área, uma introdução às vicissitudes que demarcaram seu percurso histórico e determinaram a sua forma atual.
CONTEÚDO:
a) as diversas significações dos termos ‘saúde’, ‘doença’, ‘doença mental’ e ‘psicopatologia’ do ponto de vista etimológico e histórico-filosófico e a variedade de suas definições contemporâneas e suas relações com suas significações originárias, em especial quanto à problematização histórica da questão dos critérios de normalidade em psicopatologia;

c) panorâmica das antigas concepções de loucura e doença na pré-história da psicopatologia;

d) o nascimento da clínica psiquiátrica e os primórdios da psiquiatria;

e) as origens da psicopatologia;

f) as principais correntes psicopatológicas em termos de sua história e tendências:
- a corrente organicista
- a psicanálise
- a corrente fenomenológica
- a corrente psicossociológica

Bibliografia (em conformidade aos pontos programáticos da disciplina):
a) Brandão, J. S. – Mitologia GregaI, Editora Vozes, Petrópolis, 1989;
Calderoni, M.L.M.B. – As origens da História da Cura pela Palavra – algumas notas a partir de uma leitura psicanalítica, inédito, 1993;
Chauí, M. - anotações de aula do Curso sobre o IV livro da Etíca de Baruch Espinosa, Pós-Graduação, Instituto de Filosofia da USP, 1988;
Costa Pereira, M.E. – ‘Minkowski ou a psicopatologia como psicologia dos pathos humano’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol III, nº 4, Editora Escuta, São Paulo, 2000;
Lebrun, G. – ‘O Conceito da Paixão’ in Os Sentidos da Paixão, Funarte/Companhia das Letras, São Paulo, 1987;
Canguilhem, G. – O Normal e o Patológico, 5ª edição, Forense Universitária, Rio de Janeiro, 2000;
Costa Pereira, M.E. – ‘Formulando uma Psicopatologia Fundamental’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol 1, nº 1, Editora Escuta, São Paulo, 1998;
Dalgalarrondo, P. – ‘Aspectos gerais da Psicopatologia’ – 1ª Parte de Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, Editora Artes Médicas, 2000;
LaínEntralgo, P. – La relación médico-enfermo, Alianza Editorial, Madrid, 1983;
Minkowski, E. – ‘Breves reflexões a respeito do sofrimento (aspecto pático da existência) in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol III, nº 4, Editora Escuta, São Paulo, 2000.
Sonernreich, C, Estevão, G e Altenfelder Silva, L.M. – ‘Notas sobre psicopatologia’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol II, nº 3, Editora Escuta, São Paulo, 1999;

b) Calderoni, M.L.M.B – ‘As origens da Cisão entre Medicina e Palavra’ in Calderoni, D. Psicopatologia: vertentes, diálogos, Via Lettera, São Paulo, 2002
Calderoni, M.L.M.B. – As origens da História da Cura pela Palavra algumas notas a partir de uma leitura psicanalítica, inédito, 1993;
LaínEntralgo, P. – La relación médico-enfermo, Alianza Editorial, Madrid, 1983;
LaínEntralgo, P. – La Medicina Hipocrática, Alianza Editorial, Madrid, 1970;
LaínEntralgo, P. – La curación por lapalabra em laantigüedadclasica, Anthropos Editorial Del Hombre, Barcelona, 1987;
LaínEntralgo, P. – Historia de la Medicina, Editora Masson, Barcelona, 1998;
Lévi-Strauss, C. – ‘O Feiticeiro e sua Magia’ e ‘A Eficácia Simbólica” in Antropologia Estrutural, Biblioteca Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1975.

c) Beauchesne, H. – História da Psicopatologia, Martins Fontes, São Paulo, 1988;
LaínEntralgo, P. – Historia de la Medicina, Editora Masson, Barcelona, 1998;

d) Beauchesne, H. – História da Psicopatologia, Martins Fontes, São Paulo, 1988;
Foucault, M. – Doença Mental e Psicologia, Biblioteca Tempo Universitário, Edições Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1975;
Foucault, M. – História da Loucura, Editora Perspectiva, , São Paulo, 1978;
Guedez, A. – Foucault, iniciação e debate, Melhoramentos, Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1977;
Kremer-Marietti,A. – Introdução ao Pensamento de Michel Foucault, Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1977;
LaínEntralgo, P. – Historia de la Medicina, Editora Masson, Barcelona, 1998;
Pessotti, I. – Os Nomes da Loucura, Editora 34, São Paulo, 1999.

e) Beauchesne, H. – História da Psicopatologia, Martins Fontes, São Paulo, 1988
Fedida, P. - ‘De uma psicopatologia Geral a uma psicopatologia fundamentoal. Nota sobre a noção de paradigma’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol I, nº 3, Editora Escuta, São Paulo, 1998 (publicado originalmente em Fédida, P. Crise et contre-transfert, PUF, Paris, 1992);
Garcia-Roza, L.A. – Freud e o inconsciente, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1994;
LaínEntralgo, P. – Historia de la Medicina, Editora Masson, Barcelona, 1998;
Paim, I. – História da Psicopatologia, Editora Pedagógica e Universitária, São Paulo, 1993.

f) Beauchesne, H. – História da Psicopatologia, Martins Fontes, São Paulo, 1988;
- Dalgalarrondo, P. - Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, Editora Artes Médicas, 2000;
- Benedict, R. – Continuidade e Descontinuidade no Condicionamento Cultural da Personalidade in Kluckhohn, Murray & Schneider (Orgs.) Personalidade Na Natureza, na Sociedade e na Cultura, vol 2 pp. 207-219. Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1965 Benedict, R. – A sociedade e o indivíduo não são antagônicos mas interdependentes in O indivíduo e o Padrão de Cultura, pp 166-183, Lisboa
- Carvalho Tupinambá Rodrigues, A. – ‘Karl Jaspers e a abordagem fenomenológica em psicopatologia in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VIII no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2005;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Minkowski ou a psicopatologia como psicologia dos pathos humano’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol III, nº 4, Editora Escuta, São Paulo, 2000;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Formulando uma Psicopatologia Fundamental’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol 1, nº 1, Editora Escuta, São Paulo, 1998;
Costa Pereira, M.E. – ‘Bleuler e a invenção da esquizofrenia’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. III no. 1, Editora Escuta, São Paulo, 2000;
- Costa Pereira, M.E. – ‘A dor de não poder morrer. Sobre o ‘delírio das negações’ de Jules Cotard’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. I no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 1998;
- Costa Pereira, M.E. – ‘O ‘automatismo mental’ e a ‘erotomania’, segundo Clérambault’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. II no. 1, Editora Escuta, São Paulo, 1999;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Minkowski ou a psicopatologia como psicologia dos pathos humano’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol III, nº 4, Editora Escuta, São Paulo, 2000;
- Costa Pereira, M.E. – ‘A introdução do conceito de ‘estados-limítrofes’ em psicanálise: o artigo de A. Stern sobre ‘theborderlinegroupof neuroses’ ’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. II no. 2, Editora Escuta, São Paulo, 1999;
- Costa Pereira, M.E. – ‘C’esttoujourslamême-chose: Charcot e a descrição do Grande Ataque Histérico’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. II no. 3, Editora Escuta, São Paulo, 1999;
- Costa Pereira, M.E. – ‘De uma hereditariedade não-fatalista: o ‘endógeno’ e o Typusmelancolicus, segundo Tellenbach’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. II no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 1999;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Sobre os fundamentos da psicoterapia de base analítico-existencial segundo Ludwig Binswanger’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental,
Vol. IV no. 1, Editora Escuta, São Paulo, 2001;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Apresentação a ‘Da anorexia histérica’’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. I no. 3, Editora Escuta, São Paulo, 1998;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Kraepelin e a criação do conceito de ‘Demência Precoce’’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. IV no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2001;
- Costa Pereira, M.E. – ‘George Beard: neurastenia, nervosidade e cultura’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. V no. 1, Editora Escuta, São Paulo, 2002;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Henry Maudsley e a tradição psicopatológica inglesa’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. V no. 2, Editora Escuta, São Paulo, 2002;
- Costa Pereira, M.E. – ‘A “loucura circular” de Falret e as origens do conceito de “Psicose maníaco-depressiva”’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. V no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2002;
- Costa Pereira, M.E. – ‘A perda do contato vital com a realidade na esquizofrenia, segundo Eugene Minkowski’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VII no. 2, Editora Escuta, São Paulo, 2004;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Pinel – a mania, o tratamento moral e os inícios da psiquiatria contemporânea’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VII no. 3, Editora Escuta, São Paulo, 2004;
- Costa Pereira, M.E. - ‘A loucura como fenômeno transindividual: sobre a folie-à-deux, segundo Lasègue e Falret’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. IX no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2006;
- Costa Pereira, M.E. – ‘As “loucuras raciocinantes” e a constituição do campo da paranóia na psicopatologia atual’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. X no. 2, Editora Escuta, São Paulo, 2007;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Griesinger e as bases da “Primeira psiquiatria biológica”’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 10 no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2007;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Pierre Janet e os atos psíquicos inconscientes revelados pelo automatismo psíquico das histéricas’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 11 no. 2, Editora Escuta, São Paulo, 2008;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Morel e a questão da degenerescência’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 11 no. 3, Editora Escuta, São Paulo, 2008;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Kraepelin e a questão da manifestação clínica das doenças mentais’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 12 no. 1, Editora Escuta, São Paulo, 2009;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Krafft-Ebing, a PsychopathiaSexualis e a criação da noção médica de sadismo’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 12 no. 2, Editora Escuta, São Paulo, 2009;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Bayle e a descrição da aracnoidite crônica na paralisia geral: sobre as origens da psiquiatria biológica na França’ Precoce’’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 12 no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2009;
- Costa Pereira, M.E. – ‘Cullen e a introdução do termo “neurose” na medicina’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 13 no. 1, Editora Escuta, São Paulo, 2010;
- Cunha Ramos, F.A. – ‘Jean-Pierre Falret e a definição do método clínico em psiquiatria’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 13 no. 2, Editora Escuta, São Paulo, 2009;
- Dalgalarrondo, P. – ‘Aspectos gerais da Psicopatologia’ – 1ª Parte de Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, Editora Artes Médicas, 2000;
- Fedida, P. - ‘De uma psicopatologia Geral a uma psicopatologia fundamental. Nota sobre a noção de paradigma’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol I, nº 3, Editora Escuta, São Paulo, 1998 (publicado originalmente em Fédida, P. Crise et contre-transfert, PUF, Paris, 1992);
- Foucault, M. – Doença Mental e Psicologia, Biblioteca Tempo Universitário, Edições Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1975;
- Foucault, M. – História da Loucura, Editora Perspectiva, , São Paulo, 1978;
- Galdini Raimundo Oda, A. M. – ‘Passado e presente na psicopatologia da paranoia’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 12 no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2009;
- Galdini Raimundo Oda, A.M. – ‘A paranóia em 1904 – uma estapa na construção nosológica de Emil Kraepelin’ Ramos’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 13, nº 2, Editora Escuta, São Paulo, 2010;
- Garcia de Araújo, J. N. – ‘Erwin W. Straus (1891-1975)’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. III, no. 3, Editora Escuta, São Paulo, 2000;
- Garcia-Roza, L.A. – Freud e o inconsciente, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1994;
- Godoy e Silva, M.M. – ‘Sobre François Leuret e sua obra’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VIII no. 3, Editora Escuta, São Paulo, 2005;
- Guedez, A. – Foucault, iniciação e debate, Melhoramentos, Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1977;
- Gutman, G. – ‘As novidades da psicopatologia estão no século XIX? O retorno a William James e à sua “teoria das emoções”’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 10, nº 4, Editora Escuta, São Paulo, 2007;
- Gutman, G. – ‘Todas as vias levam ao hábito? Introduzindo William James” Rodrigues’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VII no. 4, Editora Escuta, São Paulo, 2004;
- Kremer-Marietti, A. – Introdução ao Pensamento de Michel Foucault, Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1977;
- Kurcgant, D. e Costa Pereira, M.E. – ‘A teoria de John Hughlings Jackson sobre evolução e dissolução do sistema nervoso: observações clínicas, influências e repercussões” in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VI no. 1, Editora Escuta, São Paulo, 2003;
- Mezan, R. – Freud, a conquista do proibido, Ateliê Editorial, São Paulo, 2000;
- Minkowski, E. – ‘Breves reflexões a respeito do sofrimento (aspecto pático da existência) in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol III, nº 4, Editora Escuta, São Paulo, 2000.
- Moreira, V. – ‘Psicopatologia, fenomenologia e cultura: a contribuição de Arthur Tatossian’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol IV, nº 3, Editora Escuta, São Paulo, 2001;
- Pincerati, W.D. – ‘Os neologismos ativos e passivos em Jules Séglas (1892)’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. 12 nº. 3, Editora Escuta, São Paulo, 2009;
- Pompêo de Camargo Pacheco, M.V. – ‘Esquirol e o surgimento da psiquiatria contemporânea’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VI, nº 2, Editora Escuta, São Paulo, 2003;
- Rosalmeida Dantas, C. e E. M. Banzato, C. – ‘Audrey Lewis e A psicopatologia do insight’ in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. VII nº. 1, Editora Escuta, São Paulo, 2004;
- Sonernreich, C, Estevão, G e Altenfelder Silva, L.M. – ‘Notas sobre psicopatologia’ in Revista Latino-Americana de Psicopatologia Fundamental, vol II, nº 3, Editora Escuta, São Paulo, 1999;
- Winnicott, D.W. – ‘Classificação: existe uma contribuição psicanalítica à classificação psiquiátrica?’ in O Ambiente e os processos de maturação, Artes Médicas, Porto Alegre, 1990;

DISCIPLINA 2: Introdução a nosologia e a semiologia psiquiátrica e a psicofarmacologia 36 HORAS/AULA
Responsáveis:
CLARICE GORENSTEIN
Psicofarmacologista; mestrado e doutorado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP; pós-doutorado no NationalInstitutesof Health, USA; Profa. Associada do Departamento de Farmacologia do ICBUSP, Pesquisadora do LIM-23, Instituto de Psiquiatria FMUSP; Professora do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia do ICBUSP e Neurociências e Comportamento do IPUSP. Pesquisadora do CNPq.

DANIELA KURCGANT
Médica graduada pelo Centro de Ciências Médicas e Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); psiquiatra com residência médica em psiquiatria no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Médico-Assistente do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, onde dá aulas sobre "Interconsulta Psiquiátrica" para os alunos de graduação e da residência médica e supervisiona o atendimento dos alunos e residentes na Interconsulta e Ambulatório; docente do Departamento de Psicodinâmica da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; mestre em História da Ciência pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

OBJETIVO
Apreender as principais funções psíquicas e seus distúrbios; desenvolver o raciocínio clínico que permita a delimitação das síndromes psicopatológicas e dos transtornos mentais; aprender a utilizar os manuais de critérios diagnósticos (CID-10 e DSM-IV); estabelecer relações entre os diagnósticos e os tratamentos psicofarmacológicos, introduzindo o aluno aos principais grupos de psicofármacos e as formas de sua utilização. Familiarizar os alunos com os conceitos básicos e aspectos principais da farmacologia de psicofármacos, considerando suas repercussões terapêuticas. Trabalhar com casos clínicos que envolvam o tratamento com psicofármacos.


JUSTIFICATIVA
A psicopatologia e a semiologia psiquiátrica são conhecimentos fundamentais da psiquiatria clínica e, como tal, são base de sustentação da formação do profissional de saúde mental. Saber observar, olhar e enxergar, ouvir, perguntar e interpretar permite o desenvolvimento do raciocínio clínico, condição essencial para se alcançar um diagnóstico e se propor tratamentos e intervenções do profissional da área de saúde mental. Além disso, para um trabalho clinico de qualidade,a totalidade dos trabalhadores da área, especialmente os que não são médicos, necessitam poder compreender os tratamentos psiquiátricos propostos e o sentido e consequências clínicas da utilização dos principais psicofármacos, uma vez que contemporaneamente esta é uma das modalidades de tratamento mais utilizadas. O arsenal terapêutico que envolve os psicofármacos tem aumentado nos últimos anos, principalmente em função dos avanços nas neurociências. Assim sendo, a introdução aos fundamentos da psicofarmacologia juntamente com o entendimento da nosologia psiquiátrica inserem-se no curso de especialização em psicopatologia e saúde pública por fornecer os subsídios necessários para a compreensão dos recursos medicamentosos disponíveis no tratamento do sofrimento psíquicos.


CONTEÚDO
Inicialmente pretende-se definir a psicopatologia psiquiátrica; apontar sua interface com outras áreas do conhecimento e expor os princípios gerais do diagnóstico psiquiátrico. Para isto serão utilizados textos de introdução ao assunto. No segundo bloco será abordada a entrevista junto ao paciente, as funções psíquicas elementares e suas alterações. Finalmente, no terceiro bloco serão abordadas as síndromes psicopatológicas. Para isto, serão utilizados textos e trechos de filmes previamente selecionados que ilustrem alguns aspectos discutidos. Na última parte será apresentada uma rápida introdução aos fundamentos da psicofarmacologia e feita uma discussão sobre os manuais de critérios diagnósticos e os tipos de tratamentos psicofarmacológicos correspondentes que serão abordados a partir dos relatos de casos desenvolvidos pelos alunos durante o curso.

BLOCO I
Definição de Psicopatologia Psiquiátrica
Princípios gerais do diagnóstico psiquiátrico

BLOCO II
Entrevista com o paciente
A consciência e suas alterações
A atenção e suas alterações
A memória e suas alterações
A orientação e suas alterações
A sensopercepção e suas alterações
A afetividade e suas alterações
O pensamento e suas alterações
O juízo de realidade e suas alterações
A psicomotricidade e suas alterações
Funções psíquicas compostas

BLOCO III
Síndromes psiquiátricas

BLOCO IV
Utilização dos manuais de critérios diagnóstico
Os psicofármacos e suas utilizações:
Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos – descrição clínica da ansiedade, bases biológicas da ansiedade, tipos de tratamentos medicamentosos, mecanismos de ação, efeitos colaterais, interação medicamentosa; descrição clínica da insônia, farmacologia dos medicamentos usados na insônia.
Farmacologia dos Antidepressivos – descrição clínica dos transtornos de humor, hipóteses biológicas dos transtornos afetivos; teorias da ação de antidepressivos; farmacologia dos antidepressivos clássicos (inibidores da MAO e antidepressivos tricíclicos); farmacologia dos inibidores seletivos de recaptação de noradrenalina e serotonina, farmacologia de outros antidepressivos.
Drogas Estabilizadoras do Humor – farmacologia do lítio; farmacologia dos anticonvulsivantes; outras drogas utilizadas no tratamento do transtorno bipolar.
Farmacologia dos Antipsicóticos – descrição clínica das psicoses; bases biológicas da esquizofrenia; mecanismos da ação dos antipsicóticos típicos, principais efeitos colaterais; mecanismos de ação dos antipsicóticos atípicos, principais efeitos colaterais.


Bibliografia
ALONSO FERNANDES, F. Fundamentos de la psiquiatria actual. Madrid,
Paz Montalvo, 1977, volume 1.
BERRIOS, G. E. The history of mental symptoms. Cambridge, Cambridge
University Press, 1996.
BLEULER, E. Tratado de psiquiatria. 10ª ed. Trad. castelhana de Alfredo
Guerra Miralles. Madrid, Espasa-Calpe, 1967.
CABALEIROS GOAS, M. Temas psiquiátricos. Madrid, Paz Montalvo, 1959.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos
Mentais, Porto Alegre, Artmed, 2000.
HIRSCH, S. R. & SHEPERD, M. Themes and variations in european
psychiatry. Bristol, John Wright & Sons, 1974.
JASPERS, K. Psicopatologia geral. Trad. brasileira Samuel Penna Reis. Rio
de Janeiro, Atheneu, 2000.
JOSEPH, R. Neuropsychiatry, Neuropsychology, and Clinical Neuroscience.
2ª ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1996.
KAPLAN, H. I. & SADOCK, B. J. Tratado de psiquiatria. 3ª ed. Porto
Alegre, Artmed, 1995.
KRAEPELIN, E. Clinical psychiatry. Fac-simile. Nova Iorque, Scholars’
Facsimiles & Reprints, 1981.
LUDWIG, A. M. Principles of Clinical Psychiatry. 2ª ed. Londres, Collier
MacmillanPublishers, 1987.
NOBRE DE MELO, A. L. Psiquiatria. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
1979.
PAIM, I. Curso de Psicopatologia. 11ª ed. São Paulo, Pedagógica e
Universitária, 1993.
PAIM, I. Estudos psiquiátricos. Campo Grande, Solivros, 1998.
SCHNEIDER, K. Psicopatologia clínica. São Paulo, Mestre Jou, 1976.
CID 10 e DSM IV -
GORENSTEIN C., MARCOURAKIS T. Princípios Gerais da Ação de Psicofármacos. Em: T.A. Cordás& R.A. Moreno (eds.): Condutas em Psiquiatria. Consulta Rápida. Armed Editora S.A, Editorial, Porto Alegre, p. 13-31, 2008.
GRAEFF, F.G.; GUIMARÃES F.S. Fundamentos da Psicofarmacologia. Editora Atheneu, São Paulo, 2005.
LEONARD, B. Fundamentos em Psicofarmacologia; Livraria e Editora Revinter Ltda, 2006
OLIVEIRA I.R., Sena, E.P. Manual de Psicofarmacologia Clínica. 2ª. ed, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2006.
STAHL S. - Psicofarmacologia - bases neurocientíficas e aplicações práticas. 2ª. ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2002.
FILMES
"A Excêntrica Família de Antonia"
" Melhor é Impossível"
" Ciúme - Inferno de Amor Possessivo"
"O Pescador de Ilusões"
"Mr. Jones"
"Tempo de Despertar"
"Máfia no divã"


DISCIPLINA 3: Fundamentos da psicopatologia psicanalítica -24 HORAS/AULA
Responsáveis:
ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS
Psicólogo e Psicanalista. Professor Livre-Docente Associado do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP. Coordenador do Curso de Psicopatologia e Saúde Pública FSP-USP e Coordenador Científico do NUPSI-USP (Núcleo de Psicopatologia, Políticas Pública em Saúde Mental e Ações Comunicativas em Saúde Pública.

RENATA UDLER CROMBERG
Psicanalista, formada em filosofia, professora-convidada do curso de especialização em Teoria Psicanalítica na PUC, doutora em psicologia social pelo Instituto de Psicologia da USP, autora de "Cena Incestuosa e Paranóia", pela Ed. Casa do Psicólogo. Supervisora clínica e institucional.

OBJETIVOS
Trabalhando essencialmente com o texto freudiano, esta disciplina visa oferecer uma introdução a conceitos fundamentais da teoria psicanalítica com vistas a permitir uma compreensão da psicanálise como teoria psicopatológica, além de situar os alunos quanto à gênese e constituição da técnica psicanalítica, demonstrando, na obra de Freud, a relação necessária entre experiência clínica, investigação científica e reflexão e produção teóricas. Para tal, seu objetivo é:

1) introduzir o conceito de inconsciente e as formulações freudianas à cerca da estrutura e funcionamento do aparelho psíquico com o objetivo de apresentar o campo psicanalítico de modo análogo à forma como é apresentado por Freud na sua principal obra (A Interpretação dos sonhos), isto é, não tanto a partir da sua dimensão meramente técnica, mas sim, a partir de uma atitude singular do autor diante de suas ocorrências psíquicas e que se caracteriza por ser reflexiva. Por isso, também será objetivo do curso perguntar pelas especificidades do ato reflexivo psicanalítico: o que ocorre quando se vai em busca de si mesmo no campo psicanalítico? A proposta é a de transmitir uma psicanálise desprovida de uma suficiência dogmática e também mostrar que não existe psicanálise sem biografia: a psicanálise é uma ciência do singular, uma ciência do microcosmo pessoal;
2) introduzir a teoria da pulsão em Freud, demonstrando o lugar e a importância da sexualidade na constituição da mente humana partindo da leitura do Três ensaios sobre uma teoria da sexualidadee outros textos freudianos e pós freudianos que abordem a hipótese etiológica sexual na constituição dos sintomas psíquicos.

3) introduzir a 2ª. tópica e a 2ª. teoria das pulsões em Freud a partir das suas formulações sobre o narcisismo e das modificações teóricas introduzidas na década de 1920 a partir de ‘Além do Princípio do Prazer’ e ‘O Ego e o Id’.

JUSTIFICATIVA
Considerando a importância da psicanálise na história do pensamento e das ciências em geral, especialmente no campo da psicopatologia, considerando que a dimensão das contribuições psicanalíticas para este campo científico só pode ser alcançada a partir do conhecimento de seu arcabouço teórico-clínico fundamental e, por fim, considerando que a melhor e mais clara introdução ao campo psicanalítico é exatamente a obra de seu fundador, acreditamos que um percurso através dos escritos de Freud é essencial para qualquer estudioso da área, sendo, portanto, indispensável em um curso de formação em psicopatologia e saúde pública. Para introduzir as contribuições freudianas fundamentais pode ser extremamente rico e produtivo começar com a obra que o fundador da psicanálise considerou a sua contribuição mais importante para o campo da ciência psicopatológica, ou seja, a Interpretação dos Sonhos, na qual somos introduzidos tanto ao conceito de inconsciente como ao percurso genético de constituição do aparelho psíquico tal como proposto pela teoria psicanalítica, pilares básicos desta abordagem psicopatológica. Também consideramos fundamental a apresentação da teoria das pulsões que, além de ser um dos pilares clássicos dessa abordagem teóricade Freud, é base de toda a psicopatologia psicanalítica, uma vez que é dos destinos da dualidade pulsional, como base do conflito psíquico, que se delineiam os quadros psicopatológicos vistos a partir dessa perspectiva teórica. Ou seja, para conhecer e trabalhar com esta psicopatologia é fundamental percorrer o caminho teórico freudiano, partindo da pulsão como esta foi pré-figurada com os conceitos de libido, libido psíquica, quantum de excitação, excitação exógena e endógena em direção à descoberta de um inconsciente baseado no recalque de fantasias sexuais infantis que forçou Freud a conceituar aquilo que ele chamará posteriormente de mitologia psicanalítica: o conceito de pulsão como conceito limite entre o físico e o psíquico. E por fim, consideramos que os desdobramentos teóricos desses dois pilares da Psicanálise que culminaram na 2ª. tópica freudiana e na introdução da pulsão de morte são indispensáveis para uma fundamentação de uma nosologia psicanalítica.


CONTEÚDO
Parte I
a) a noção de inconsciente: sua gênese e desenvolvimento em Freud; discussão das noções fundamentais conexas de processo primário e secundário, condensação e deslocamento;
b) o aparelho psíquico e seu funcionamento, 1ª e a 2ª. tópicas freudianas; a questão do conflito psíquico como imanente à constituição do psiquismo; os conceitos de defesa e recalque;

Roteiro de leitura de A Interpretação dos Sonhos

I Flectere si nequeosuperos, Acherontamovebo (Virgílio)
Por em evidencia a singularidade formal da Interpretação dos Sonhos: autor e personagem
envolvidos como Dante na Divina Comédia. Para atravessar o inferno, Dante estende a mão
a Virgílio: a auto-análise de Freud (a relação de Freud com Flies).

II A Literatura Cientifica que trata dos Problemas de Sonhos
A nossa intimidade concebida como sonho:
“na vigília pensamos com conceitos ao sonhar com imagens”
Fisiologia psíquica ou o estudo da mecânica da intimidade;
Para que nos aproximamos da intimidade do outro?
O que é um mecanismo psíquico?

III O Método de Interpretar Sonhos: O sonho de Irma
O sintoma histérico.
A experiência de Freud com Charcot: o fenômeno psíquico e seu impacto corporal;
Nossa intimidade: uma construção em confronto com o mundo externo?
O modelo catártico.

IV Um sonho é a Realização de um Desejo
O que orienta nossa intimidade?
O que organiza nossa intimidade?
O sonho é uma manifestação orgânica ou psíquica ou psíquica/orgânica ou orgânica/psíquica?
O que desejamos intimamente? Falar do que normalmente não falamos;
A ambição, a inveja, a necessidade, o prazer, o desejo;
A intimidade é um estado conflitivo?
A intimidade sepultada no mutismo.

V O material e as fontes dos Sonhos
Tempo, memória e desejo: os espelhos reflexivos da nossa intimidade
As vozes da intimidade
Voz interna e consciência
O que impulsiona nossa voz?
Existe algo para além da voz? O pressentimento.
O silencio na intimidade.
Do que se alimenta nossa intimidade?

VI A Elaboração dos Sonhos
Condensação, deslocamento e elaboração secundária: a expressão;
Formas expressivas na arte;
A linguagem da intimidade se manifesta na intimidade da linguagem; isto é, no interior da língua;
A estranha materialidade de nossa intimidade: a lei;
Não se trata de formular uma teoria geral das emoções, mas de escutar na emoção o efeito
necessário da comunicação do corpo com a alma e da alma com o corpo.

VII A Psicologia dos Processos Oníricos
O que é um modelo?
Do que precisa dar conta um modelo da alma psicanalítico?
A mecânica da alma;
O modelo freudiano da alma humana: a primeira tópica.
Parte II
a) a formulação do dualismo pulsões de auto conservação vs pulsão sexual

b) a transformação em dualismo pulsões do eu versus pulsão sexual

c) o momento monista libido do eu versus libido do objeto

Parte III
a) a última teoria pulsional: pulsões de vida versus pulsões de morte.

b) a 2ª. tópica freudiana: id, ego e superego

Bibliografia
Esta matéria terá como bibliografia básica as obras completas de Sigmund Freud (versão
brasileira, Editora Imago, Rio de Janeiro), das quais destacaremos, em função dos pontos
programáticos, alguns textos essenciais, que serão trabalhados no todo ou em parte e não
obrigatoriamente na ordem aqui apresentada:

A Interpretação dos Sonhos (1900)
Formulações sobre os dois princípios do funcionamento mental (1911)
Sobre a transmutação das pulsões em especial do erotismo anal (1917)
Pulsões e suas vicissitudes (1914)
Para uma introdução ao Narcisismo (1914)
Tres Ensaios para uma Teoria da Sexualidade (1905)
O inconsciente (1915) Suplemento metapsicológico à teoria dos sonhos (1915)
Uma nota sobre o bloco mágico (1925)
O Ego e o Id (1923)
Psicologia de grupo e a análise do ego (1921)
Repressão (1915)
Inibições, sintoma e angústia (1926)
Conferências Introdutórias à Psicanálise – nº XXV – A angústia (1917)
Além do Princípio do Prazer (1920)
Mezan, R. Freud, Pensador da Cultura. Editora Companhia das Letras, SP, 2006
Masson, R. (org.) A correspondência Completa de Sigmund Freud para Wilhelm Fliess(1887-1904). Ed. Imago, RJ, 1986.
Garcia-Roza, L A Freud e o Inconsciente. Ed. Zahar, Rio de Janeiro.

DISCIPLINA 4: Políticas Públicas de Saúde Mental: uma abordagem histórico-crítica
20 HORAS/AULA
RESPONSÁVEL: Cleusa Pavan

Filósofa pela FFLCH da Universidade de São Paulo, psicanalista e analista institucional, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, Consultora da Política Nacional de Humanização do SUS/MS.

OBJETIVOS:
1) Desnaturalizar os conceitos de Doença Mental e Saúde Mental, situando-os como instituições criadas historicamente.

2) Situar historicamente o Movimento da Reforma Psiquiátrica,
a. No mundo,
b. No Brasil.

3) Situar historicamente a Reforma Sanitária Brasileira e o Sistema Único de Saúde (SUS).

4) Apresentar a Política Nacional de Humanização do SUS: princípios, método, diretrizes e dispositivos de intervenção. PNH como estratégia de interferência no SUS rumo a mudanças nos modos de atenção e gestão da saúde no Brasil.

5) Apresentar a atual Política Nacional de Saúde Mental no Brasil, problematizá-la em vista de sua implementação no Brasil e, particularmente em São Paulo, com a proposta da RAPS elaborada pela Secretaria Municipal de Saúde de SP. Atenção especializada: Infância e adolescência; Políticas para a questão do álcool e outras drogas.

6) Problematizar as práticas psi como práticas de controle social e/ou como práticas de agenciamentos coletivos de produção de modos singularizantes de subjetivação. A noção de clínica ampliada. A questão da medicalização. Desafios para a implementação das políticas contemporâneas em Saúde Mental: qual é a Clínica da Reforma Psiquiátrica? Quais as boas práticas em Saúde Mental para a atenção às várias formas de sofrimento psíquico não enquadráveis nos quadros dos transtornos graves e persistentes?

JUSTIFICATIVA:
A proposta desta disciplina é construir ferramentas conceituais que possibilitem a análise crítica das práticas em saúde mental, suas opções clínico-ético-políticas, suas funções e objetivos no cuidado com o sofrimento psíquico no campo da Saúde Pública. Para tanto, optou-se por recorrer à história do movimento da reforma psiquiátrica no mundo e no Brasil, delas extraindo os processos coletivos de produção de novos paradigmas de cuidado que culminaram na lei 10.216 de Abril de 2001 – a lei da Reforma Psiquiátrica – e nas diretrizes atuais do Ministério da Saúde para as Políticas Públicas em Saúde Mental.

CONTEÚDO:
O percurso proposto parte da problematização do “objeto” das práticas psi, desnaturalizando os conceitos de doença mental e saúde mental, e percorre um caminho histórico-conceitual até chegar à proposição do conceito de subjetividade como a matéria prima das práticas psi. Este percurso se fará acompanhando diversos autores de diferentes áreas do conhecimento – filosofia, psiquiatria, psicanálise – tais como M. Foucault, F. Guattari, G. Deleuze, Jurandir Freire Costa, Joel Birman, Benilton Bezerra Jr., Abílio da Costa Rosa, Paulo Amarante e outros, bem como textos do próprio Ministério da Saúde. Tal percurso justifica-se pela mudança de paradigma operada pela Reforma Psiquiátrica Brasileira e seus efeitos nas atuais Políticas Públicas em Saúde Mental, temas que são parte constitutiva da disciplina.

Os alunos serão convidados também a conhecer e apresentar seminários e/ou trabalhos sobre os diferentes equipamentos/dispositivos da rede de atenção à Saúde Mental, suas práticas e redes de cuidado: PSF/NASF, CAPS adulto, CAPSi, CAPS ad, Residência Terapêutica, Enfermaria psiquiátrica em Hospital Geral, Consultório na rua, Redes de Economia Solidária – Ecosol.

BIBLIOGRAFIA:
Amarante, Paulo (coord.). Loucos pela vida – A Trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Fiocruz, RJ, 1995.
Amarante, Paulo; Torre, Eduardo H. G. “Protagonismo e subjetividade: a construção coletiva no campo da saúde mental” in Ciência e Saúde coletiva, v. 6, RJ, 2001.
Amarante, Paulo (org.). Ensaios: Subjetividade, Saúde Mental, Sociedade. Fiocruz, RJ, 2000.
Amarante, Paulo (org.). Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica. Fiocruz, RJ, 1994.
Assis, Machado – O Alienista - Ática, SP, 1991.
Basaglia, Franco. “As instituições da violência”, in Basaglia, Franco. A Instituição Negada. Graal, RJ, 1985.
Birman, Joel – “Freud e a crítica da razão delirante”, in Freud - 50 anos depois - org. Joel Birman. Relume- Dumará, RJ, 1989.
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: as novas fronteiras da Reforma Psiquiátrica - Consolidação do Modelo Territorial de Atenção Intersetorialidade Drogas & Vulnerabilidade Formação e Produção de Conhecimento para a Saúde Mental Pública -Relatório de Gestão 2007-2010 Ministério da Saúde – Janeiro de 2011 www.ccs.saude.gov.br/SAUDEMENTAL/INDEX.PHP
Brasil. Ministério da Saúde. Relatório Final da IV Conferência Nacional de Saúde Mental Intersetorial.
Brum, Eliane – “Escutem o louco”. Opinião/Edição Brasil no El País. 03/03/2014.
- “Como se fabricam crianças loucas”. Opinião/Edição Brasil no El País. 17/03/2014.
Costa, Jurandir Freire. História da Psiquiatria no Brasil: um corte ideológico. Xenon, RJ, 1989.
Cunha, M. Clementina Pereira. A Doença Mental na República. Brasiliense, SP, 1989.
Delgado, Pedro Gabriel. “Saúde mental e pública para todos”. O Globo, 27/07/06.
Foucault, Michel – História da Loucura na Idade Clássica . Perspectiva, SP, 1978.
Foucault, M. “A loucura só existe em uma sociedade”, in Ditos e Escritos...
Foucault, Michel. Microfísica do Poder. Graal, RJ, 1979.
Jerusalinsky, Alfredo e Fendrik, Silvia (orgs). O livro negro da psicopatologia contemporânea. São Paulo: Via Lettera, 2011.
Lancetti, Antonio. Clínica Peripatética
Machado, Roberto. Ciência e Saber – A Trajetória da Arqueologia de Foucault. Graal, RJ, 1988.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e outras drogas. Saúde mental em dados 8 – 2003-2010 – Governo Lula. Ano VI, no. 8, janeiro de 2011.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Série B. Textos Básicos em Saúde. Caminhos para uma Política de Saúde Mental Infanto-Juvenil. Brasília. DF. 2005
Ministério da Saúde – Legislação em Saúde Mental – 1990-2002 – Brasília, DF
Ministério da Saúde – A Declaração de Caracas.
Ministério da Saúde – Portal da Saúde – Rede de Atenção Psicossocial.
Pelbart, Peter Pál. “O normal e o patológico”, in Pelbart, Da clausura do fora ao fora da clausura.
Rosa, Abílio da Costa. “O Modo psicossocial: Um paradigma das práticas substitutivas ao modo asilar”; in Amarante, Paulo (org.) – Ensaios: subjetividade, saúde mental, sociedade. Fiocruz, RJ, 2000.
Santa Cruz, M. Angela. ‘Desafios da Clínica Contemporânea: Novas formas de “manicomialização”; in Fuks, Lucia B; Ferraz, Flávio, C. - O Sintoma e suas faces. SP: Escuta/FAPESP, 2006.
- “O sujeito silenciado, uma crítica às práticas em Saúde Mental”; in Percurso, Revista de Psicanálise, no.9, Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. São Paulo, 1992.
- Texto inédito: Colóquio PP/FSP – 2008
- “Avanços e desafios da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial”, in “IV Conferência Nacional de Saúde Mental – I Intersetorial e a participação do Sedes”, 2010. www.sedes.org.br
Tenório, Fernando. A psicanálise e a clínica da reforma psiquiátrica. Marca d’Água, RJ, 2001.

DISCIPLINA 5: Redes de atenção e redes de produção de saúde – nas perspectivas da Inteligência Coletiva e da Política Nacional de Humanização28 HORAS/AULA
RESPONSÁVEL: RICARDO RODRIGUES TEIXEIRA
Professor Doutor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985); doutorado (2003) em Medicina Preventiva pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; especialista (1995) em Gestão de Processos Comunicacionais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Médico sanitarista da Universidade de São Paulo, desenvolvendo atividades de assistência, docência e pesquisa junto ao Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa (Butantã) (1989-2011). Consultor da Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, coordenando, de 2008 a 2015, a Rede HumanizaSUS. Trabalha na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Atenção Primária à Saúde, atuando nos seguintes temas: saúde pública, medicina, filosofia, tecnologias e práticas de saúde, organização dos processos de trabalho em saúde, comunicação e educação em saúde, tecnologias relacionais, acolhimento, humanização, redes sociais e inteligência coletiva.
OBJETIVOS:
O objetivo da disciplina é realizar uma introdução geral ao tema das redes na saúde, fazendo uma distinção conceitual entre o problema das redes de atenção e o problema das redes de produção de saúde e assumindo a primazia deste último. Sendo assim, a disciplina focará no problema das redes de produção de saúde, adotando um caminho teórico-metodológico que objetiva produzir novas percepções e sensibilidades, bem como uma construção conceitual que abra para novos sentidos não apenas da noção de “rede”, mas também do que entendemos por “saúde” e “produção de saúde”.
JUSTIFICATIVA:
O tema das redes, em sentido amplo, responde a uma série de problemas que se colocam como que em camadas, indo das chamadas “redes frias”, aquelas do gerenciamento formal e funcional de uma dada estrutura e/ou sistema de relações, atividades, serviços, insumos e recursos (físicos, humanos, econômico-financeiro etc.), até as camadas relacionais e conversacionais implicadas na constituição de “redes quentes”, nas quais os conhecimentos e afetos transitam, aumentando ou diminuindo a potência de ação coletiva frente a determinados objetivos e condições concretas. Os desafios postos pela necessidade de se ativar e aquecer uma rede de produção de saúde tornam fundamental ampliar a compreensão e a capacidade de atuação nessas últimas camadas relacionais e conversacionais. Aqui, posições, sentidos, valores, atitudes, formas de vida e de cognição inspiram e dão norte à produção e à produtividade da rede, em função de compromissos pactuados e da capacidade para gerar sinergia entre os atores e coletivos implicados. E é esse o modo de se colocar e enfrentar o problema da constituição/ativação das redes na perspectiva da Inteligência Coletiva: trata-se, fundamentalmente, do problema da ampliação da potência de ação coletiva, da potência de ação dos coletivos, da constituição de coletivos inteligentes.
CONTÉUDO:
O curso será desenvolvido em duas vertentes:
- Trabalho conceitual que permita a percepção e o enfrentamento de novos problemas no campo. Nesse sentido, serão trabalhados, destacadamente, os conceitos de redes de atenção à saúde, redes de produção de saúde, trabalho em saúde, trabalho cognitivo-afetivo, comunicação, produção de comum, produção de saúde, produção de potência, potência de ação coletiva, produção de redes, redes sociais, comunidades virtuais, inteligência coletiva.
- Trabalho analítico que permita exercitar os conceitos acima diante de algumas experiências concretas no campo. Serão propostos dois “casos” para análise: o do “acolhimento” pensado no cotidiano de trabalho dos serviços de saúde entendidos como grandes redes de conversação; e o das “redes de produção de saúde” segundo a perspectiva da Política Nacional de Humanização, com destaque para o exame do dispositivo Rede HumanizaSUS.

1 – Introdução geral ao tema das redes na saúde: das Redes de Atenção à Saúde às Redes de Produção de Saúde‏.
2 – Comunicação em Saúde e Inteligência Coletiva‏: o problema da produção do comum.
- Aproximação do tema da Comunicação na Saúde.
- Comunicação e o problema da produção do comum.
- A ampliação da Inteligência Coletiva e a Saúde.
3 – O trabalho em saúde como trabalho cognitivo-afetivo:
- O conceito de produção de saúde.
- O que produz esse trabalho.
- Como produz esse trabalho.
4 – As Redes de Produção da Saúde 1:‏ O acolhimento num serviço de saúde entendido como uma rede de conversação e de trabalho cognitivo-afetivo.
- O substrato conversacional do trabalho em saúde.
- As técnicas de conversação do trabalho em saúde.
- O acolhimento como uma “técnica de conversação”.
5 – As Redes de Produção da Saúde 2:‏ A Política Nacional de Humanização e a Rede HumanizaSUS.
- Curadoria de narrativas de experiências do trabalho compartilhadas em redes sociais.
- Política pública em rede.
- A produção de comum nas redes sociais‏.
- Estratégias de ativação de redes.
BIBLIOGRAFIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 4. ed., 2008.
BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Redes de produção de saúde / Ministério da saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2. ed. 5. reimp., 2010.
Costa, R. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, vol.9, n.17, pp. 235-248. Botucatu: 2005.
Costa, R. Inteligência coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica. Revista FAMECOS nº 37. Porto Alegre: 2008.
Costa, R. Os afetos de rede: individualismo conectado ou interconexão do coletivo? Iara – Revista de Moda, Cultura e Arte, v.4, n°1 São Paulo: abril 2011.
Cyrino, A.P.P. e Teixeira, R.R. Saúde Pública, mudança de comportamento e criação: da Educação Sanitária à emergência da Inteligência Coletiva. In: Bertucci, L.M.; Mota, A.; Schraiber, L.B. Saúde e Educação, um encontro plural. 2015 (no prelo).
Hardt, M.; Negri, A. Multidão: guerra e democracia na era do império. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2005.
Lazzarato, M.; Negri, A. Trabalho imaterial. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
Lima, J.C.; Rivera, F.J.U. Redes de conversação e coordenação de ações de saúde: estudo em um serviço móvel regional de atenção às urgências. Cadernos de Saúde Pública, 26(2): 323-336. Rio de Janeiro: fev. 2010.
Merhy, E. E. Saúde: a cartografia do trabalho vivo. São Paulo: Hucitec, 2002.
Oliveira, G. N. Devir apoiador: uma cartografia da função apoio. Tese de doutorado. Departamento de Saúde Coletiva. Universidade Estadual de Campinas. Campinas: [s.n.], 2011.
Oliveira, G. N. O apoio institucional aos processos de democratização das relações de trabalho na perspectiva da humanização. Tempus: Actas de Saúde Coletiva, v. 6, p. 223-235. Brasília: 2012.
Teixeira, R. R. O desempenho de um serviço de atenção primária à saúde na perspectiva da Inteligência Coletiva. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v.9, n.17, p.219-34. Botucatu: 2005.
Teixeira, R.R. Humanização e Atenção Primária à Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 10(3): 585-597. Rio de Janeiro, 2005.
Teixeira, R. R. O acolhimento num serviço de saúde entendido como uma rede de conversações. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. (Orgs). Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. 4.ed. Rio de Janeiro: IMS-UERJ/Abrasco, 2007. p. 91-113.
Teixeira, R.R. As dimensões da produção do comum e a saúde. Saúde e Sociedade, v.24, supl. I, p. 14-31. São Paulo: 2015.
Teixeira, R.R. Mostras e redes sociais: a função curatorial no aprimoramento das práticas de saúde (Prefácio na forma de um breve ensaio). In: BRASIL. Memorial da IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família. Da experiência ao relato da experiência: histórias de um evento vivo e coletivo. 2015 (no prelo).
DISCIPLINA 6: Experiências e Reflexões em Serviços de Saúde Mental (1ª. parte)

18 HORAS/AULA

RESPONSÁVEIS:

DAVID CALDERONI
Pós-Doutor pelo Instituto de Psicologia da USP. Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Fundador do Nupsi e do Curso de Psicopatologia e saúde Pública. Autor de O Caso Hermes: a dimensão política de uma intervenção psicológica em creche - um estudo em psicologia institucional (Casa do Psicólogo/Fapesp, 2004) e de O silêncio à luz - ensaios para uma ciência do singular (Via Lettera, 2006). Organizador e co-autor de Psicopatologia: vertentes, diálogos, psicofarmacologia, psiquiatria, psicanálise (Via Lettera, 2002 e de Psicopatologia: clínicas de hoje (Via Lettera, 2006).

RAFAELA ARRIGONI
Terapeuta Ocupacional CAPS ad II Infanto-Juvenil Vila Mariana - Projeto Quixote. Formada na Universidade de Sao Paulo - USP RP. Especialista em Terapia Ocupacional e Saúde Mental pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Especialista em Gestão de Saúde - SENAC/SP. Especialista em Terapia Ocupacional Dinâmica pelo CETO. Formanda em Psicanálise no Instituto Sedes Sapientiae.


OBJETIVOS

Oferecer aos alunos:
A) a possibilidade de acompanhar e participar de entrevistas com membros de equipes multiprofissionais e com usuários de Serviços de Saúde Mental;
B) a possibilidade deobservar e de participar de atividades e reuniões nestes serviços;
C) espaço para discussões e reflexões críticas sobre as experiências ocorridas e
D) espaço para realizar uma comparação entre os diversos equipamentos e serviços.


JUSTIFICATIVA
O conhecimento prático de como estão estruturados os serviços públicos de saúde mental em nossa realidade, assim como o contato com as formas pelas quais trabalhadores e usuários vivenciam os serviços ofertados são indispensáveis para uma especialização na área de Psicopatologia e Saúde Pública. Esta disciplina visa oferecer tanto a experiência presencial em equipamentos da Rede Pública de Saúde Mental na cidade como a reflexão teorico-crítica sobre as práticas observadas e/ou vivenciadas. Consideram-se as atividades propostas como ocasião prática e teórica para alcançar parte dos objetivos do Curso de Psicopatologia e Saúde Pública, em especial o último: “proporcionar experiências clínico-institucionais em serviços multiprofissionais de saúde mental, bem como a elaboração crítica dessas experiências, através de entrevistas supervisionadas com usuários e com agentes institucionais e através da participação em reuniões clínicas.”

CONTEÚDO
A disciplina incluirá diversas atividades distribuídas ao longo do ano letivo:
a) Visitas a diversos equipamentos da Rede de Saúde Mental Pública;
b) Participação em reuniões de serviço das equipes multiprofissionais;
c) Observação e participação em atividades oferecidas aos usuários;
d) Entrevistas e conversas com trabalhadores e usuários dos serviços;
e) Reuniões com os professores responsáveis para discussão das atividades e experiências realizadas e para comparação das diversas estratégias e dispositivos utilizados nos diversos equipamentos da Rede de Saúde Mental e
Reunião final para avaliação das atividades.

Carga Horária:

146 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 60
 
Ministrantes: Alberto Olavo Advincula Reis
Clarice Gorenstein
Cleusa Pavan
David Calderoni
Maria Lucia de Moraes Borges
Renata Udler Cromberg
Ricardo Rodrigues Teixeira


 
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Créditos
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