Atividade

77346 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL, REGULAÇÃO MÉDICA E ATENDIMENTO À MÚLTIPLAS VÍTIMAS 2.

Período da turma: 27/04/2017 a 29/11/2017

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Descrição: O atendimento pré-hospitalar (APH) é o conjunto de procedimentos técnicos realizados no local da emergência/urgência e durante o transporte das vítimas até a chegada no hospital de referência. Objetiva estabilizar as condições vitais, evitando a morbimortalidade, por meio de condutas adequadas durante a fase de estabilização e transporte.
No Brasil, a Portaria n° 2.048 do Ministério da Saúde, de novembro de 2002, estabeleceu o regulamento técnico do atendimento das urgências e emergências, com as definições dos componentes de atendimento pré-hospitalar fixo (unidades básicas de saúde [UBS] e unidades não hospitalares de pronto atendimento (UPAs) e móvel (unidades de suporte básico e avançado), classificou as unidades hospitalares e introduziu a Regulação Médica como o elemento ordenador e orientador dos Sistemas de Urgência e Emergência.
Com esta opção brasileira por um sistema de atendimento pré-hospitalar (APH) contando com a presença do médico (medicalizado) e da enfermeira na unidade de suporte avançado e na regulação médica, abriu-se um grande e relativamente novo mercado de trabalho para esta categoria profissional. No entanto, com a heterogeneidade de implantação deste sistema em todo o país, ainda se tem pouco conhecimento e muita resistência da classe médica a este tipo de serviço.
A ideia deste curso é que os graduandos em medicina e enfermagem, bem como os profissionais já formados conheçam o ambiente de trabalho e vivenciem os diferentes papéis desta atuação profissional no cenário pré-hospitalar móvel no atendimento em cena e os critérios de triagem para despacho de ambulâncias e encaminhamentos dos casos a serem adotados pela Central de Regulação de Urgências.

Temas a serem debatidos em cada reunião
1) A Organização da Rede de Urgência e Emergência no Brasil – Acertos e equívocos ao longo deste processo histórico – Armando De Negri Filho (RBCE)
Debatedora: Gisele O’dwyer (Fiocruz/RJ)

2) Acesso ao sistema de urgência e emergência e Critérios para triagem de gravidade dos casos traumáticos e não traumáticos para acionamento da equipe (critérios de despacho) e em cena – Clovis França (SAMU-SE)
Debatedor: Armando De Negri Filho (RBCE)

3) Atendimento em cena – Rotinas para transporte até a cena/Quantificação da cinemática do trauma/Comunicação na equipe multiprofissional no APH/Registro do atendimento/Interação com equipe hospitalar – Rosane Ciconet (SMS-POA/RS)
Debatedor: Flávia Saraiva Leão Fernandes (SAMU-SP)

4) Procedimentos avançados na cena x transporte precoce I:
a) vias aéreas – quando partir para via aérea definitiva? Quais as outras alternativas? – Andrea Regner (SMS-POA/RS)
b) tipo de ventilação (manual, mecânica não invasiva e invasiva) e monitorização de O2 e CO2
c) punção, drenagem pleural e pericardiocentese– Federico Garcia (HC-Ribeirão Preto)
Debatedor: Aécio Freitas (GRAU-RP)

5) Procedimentos avançados na cena x transporte precoce II:
a) acesso vascular– periférico, intraósseo e central – Anazilda Carvalho da Silva (SAMU-RP)
b) infusão volêmica – Gerson Alves (FMRP-USP)
- tipos de soluções endovenosas
- quantidade
- controle da infusão
- aquecimento
c) paciente em choque circulatório – Gerson Alves (FMRP-USP)
- tipos e classificação do choque
- avaliação na suspeita de sangramento interno
- medidas efetivas para minimização do sangramento no APH
d) papel da coleta de exames point of care – Cesar Pedersoli (SAMU-RP)
Debatedor: Andrea Regner (SMS-POA/RS)

6) Processo de trabalho na Central de Regulação Médica/Critérios para encaminhamento de pacientes para as UPAs ou rede hospitalar/Interface entre o APH e a retaguarda hospitalar/Vaga Zero – Armando De Negri Filho (RBCE)
Debatedor: Clovis França (SAMU-SE)

7) Parada cardiorrespiratória no APH – Leandro Moreira Peres (SAMU-RP)
a) quando iniciar e parar as manobras? Quais as rotinas de uso de drogas e procedimentos?
b) diferenças na abordagem do paciente pediátrico?
c) diferenças na abordagem da mulher gestante?
d) diferenças na abordagem do paciente afogado?
e) diferenças na abordagem do paciente traumatizado?
Debatedor: Cesar Pedersoli (SAMU-RP)

8) Avaliação da gravidade e condutas em situações específicas – Marcos Antônio Marton Filho (SAMU-RP)
a) traumatismo cranioencefálico
b) queimados
c) suspeita de uso de drogas ilícitas
d) suspeita de doenças infecciosas altamente transmissíveis
Debatedor: Andrea Regner (SMS-POA/RS)

9) Acidentes com múltiplas vítimas – Qual a conduta atual e o que pode ser melhorado? – Cap. Rodrigo Quintino (COBOM-DF)
Debatedor: Cabo Viana (COBOM-RP)

10) Formação e Trabalho interprofissional para atendimento de urgência – como estamos? – Rosane Ciconet (SMS-POA/RS)
Debatedor: Alessandra Mazzo (EERP)

Referências Bibliográficas:
American College of Surgeons.Committee on Trauma. Resources for optimal care of the injured patient: 1-135, 2005.
American College of Surgeons - ACS. Comittee on Trauma. Advanced Trauma Life Support. Student manual. 6 ed. Chicago; 2013.
Brasil. Comissão Intergestores Tripartite. Implementação das redes de atenção às urgências/ emergências – RUE. Nota Técnica da CIT. 19/05/11. 2011b.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2.048 de 05 de novembro de 2002. Estabelece o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Brasília, 2002. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM 1020 de 13 de maio de 2009. Estabelece diretrizes para a implantação do componente pré-hospitalar fixo para a organização de redes locorregionais de atenção integral às urgências em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências. Brasília, 2009a.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM 1863 de 29 de setembro de 2003. Diário Oficial da União nº 193, de 6 de outubro de 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM 2970 de 08 de dezembro de 2008. Institui diretrizes técnicas e financeiras de fomento à regionalização da Rede Nacional SAMU. Brasília, 2008b.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279 de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília, 2010a.
Brasil. Ministério da Saúde. Regulação médica das urgências. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006d. 126 p.: il.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.
Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 84 p. :il.
Comissão Intergestores Tripartite. Implementação das redes de atenção às urgências/ emergências – RUE. Nota Técnica da CIT 19 maio 2011b.
CONASEMS. Reflexões sobre a Política Nacional de Atenção Integral às Urgências e Emergências. http://www.conasems.org.br/site/index.php/comunicacao/artigos/1337-reflexoes-sobre-a-politica-nacional-de-atencao-integral-as-urgencias-e-emergencias?format=pdf
NAEMT - National Association of Emergency Medical Technicians in Cooperations with the Comittee on Trauma of the American College of Surgeons.PHTLS basic and advanced prehospital trauma life support. Elsevier. 7 ed. Ohio; 2012.

Carga Horária:

30 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 200
 
Ministrantes: Aécio Freitas Souza
Alessandra Mazzo
Cesar Eduardo Pedersoli
Flávia Saraiva Leão Fernandes
Gerson Alves Pereira Junior
Gisele O'Dwyer de Oliveira
Rosane Mortari Ciconet


 
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