31713 - Módulo 2: Aprofundamentos em Psicopatologia e Introdução Histórica às Legislações em Saúde Mental |
Período da turma: | 04/03/2010 a 15/12/2011
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Descrição: | DISCIPLINA 16: Propostas Atuais para o Tratamento das Psicoses
OBJETIVOS: Situar a constituição, desde meados dos anos 1930, de uma tradição comum aos tratamentos que podemos chamar de “atuais” no campo das psicoses. Cotejado por algumas modalidades de tratamento que tem sido propostas nos últimos 10 a 15 anos, dentro do campo da saúde mental na cidade de São Paulo, no atendimento a adultos, crianças e adolescentes, ressaltar elementos significativos da clínica que permeia estas “propostas atuais”. JUSTIFICATIVA: Propostas de tratamento das psicoses que vem sendo realizadas há pelo menos uma década no campo da saúde mental são o desdobramento de experimentações que se acumulam desde o início do século XX. A reunião destas experimentações resulta em uma concepção de tratamento das psicoses e uma prática clínica que se orienta por problematizar a produção dos modos de relação entre os indivíduos na realidade do mundo, já desde a própria realidade da instituição de tratamento, seja em sua face de exclusão e de reclusão, quanto em sua face de adaptação ativa e de composição das possibilidades de existir e agir. Investigar estes modos de relação e de produção aprimora o pensamento a respeito das estratégias para lidar com a problemática psicótica, tanto nos adultos, quanto nos adolescentes e nas crianças. CONTEÚDO: As referências teórico-práticas da disciplina serão: a Psicanálise, o Movimento Institucionalista e a Reforma Psiquiátrica. As aulas consistirão em apresentações teóricas, discussão de textos e relatos de experiências institucionais feita por profissionais convidados, sempre pretendendo criar disparadores para discussões do grupo de alunos. O programa da disciplina se divide em dois momentos.: Primeiro momento: As formas para a Reforma psiquiátrica. Partindo de experimentações feitas desde meados dos anos 1930 no interior dos hospitais psiquiátricos e das descobertas psicofarmacológicas a partir dos anos 1950, na Europa e nos Estados Unidos da América, foi se estabelecendo um outro paradigma, em relação à psiquiatria clássica, para tratar os estados psicóticos - primeiro nos adultos, e depois nas crianças e nos adolescentes. A constituição desse outro paradigma produziu efeitos na América Latina a partir dos anos 1960. Desse movimento surgiram, no Brasil, desde o final dos anos 1970, as novas estratégias de tratamento propostas pelos profissionais da saúde mental. Segundo momento: Elementos de uma clínica atual para tratar as psicoses. Tendo por referência algumas experiências que tem sido realizadas na cidade de São Paulo no contato com o universo das psicoses, podemos explorar alguns elementos significativos da clínica das psicoses; elementos significativos na medida em que se tornaram férteis mobilizadores dos processos analíticos nos tratamentos das psicoses, e que levaram, inclusive, à problematização daquilo que pode ultrapassar estes próprios tratamentos. Além dos relatos de experiências, busca-se aprofundar os conceitos de tratamento, transferência e regressão no tratamento. Bibliografia Geral (em conformidade aos pontos programáticos da disciplina): Basaglia, Franco, “A instituição negada - Relato de um hospital psiquiátrico”, Rio de Janeiro: Editora Graal, 1995. Bezerra Jr., Benilton e Amarante, Paulo (org.), “Psiquiatria sem hospício - Contribuições ao estudo da reforma psiquiátrica”, Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1992. Castel, Robert, “La gestion de los riesgos - De la anti-psiquiatria al post-análisis”, Barcelona: Editorial Anagrama, 1984. Cytrynowicz, Mônica, “Criança/Enfance - Uma trajetória de psiquiatria infantil”, São Paulo: Editora Narrativa Um, 2002. Freud, Sigmund, “Recordar, repetir y reelaborar”, in Obras completas, vol. XII, Buenos Aires, Ed. Amorrortu, 1986, pg. 145-157. Julien, Philippe, “As psicoses - Um estudo sobre a paranóia comum”, Rio de Janeiro: Editora Companhia de Freud, 1999. Lancetti, Antonio (org.), “SaúdeLoucura”, vol. 4, São Paulo: Editora Hucitec, 1994. Langer, Marie (org.), “Questionamos - A Psicanálise e suas instituições”, Petrópolis: Editora Vozes, 1973. Melo, Walter, “Nise da Silveira”, Rio de Janeiro: Imago Editora, 2001. Oury, Jean, “Il, donc”, Paris: Union Générale d'Éditons, 1978. Pichon-Rivière, Enrique, “El proceso grupal - Del psicoanálisis a la psicología social”, 3 vol., Buenos Aires: Editora Nueva Visión, 1983. Winnicott, Donald W. (1967). O conceito de regressão clínica comparado com o de organização defensiva. In Explorações Psicanalíticas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994, pg. 151-156. Revista Internacional da História da Psicanálise, número 1, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1990. DISCIPLINA 17: Espinosa contra Aristóteles: Ciência do Singular e Ciência do Universal na Psicopatologia do Autismo e da Psicose Infantil OBJETIVOS: A ciência do universal de Aristóteles circunscreve o conhecimento científico à investigação e à demonstração da inclusão necessária do indivíduo na espécie e da espécie no gênero e considera aquilo que o indivíduo tem de singular como acidente não-científico. Em contrapartida, Espinosa concebe a essência singular de cada homem como passível de conhecimento científico, definindo-a pelo poder de fazer certas coisas que só podem ser conhecidas pelas leis de sua própria natureza. Centrando a bibliografia de apoio nas reflexões clínicas sintetizadas nos trabalhos de mestrado e doutorado do docente (“O Caso Hermes: a dimensão política de uma intervenção psicológica em creche – um estudo em psicologia institucional” e “Memorial de Nair: hipóteses sobre a gênese da simbolização à luz de um suposto caso de psicose e autismo”), a disciplina propõe-se a confrontar as perspectivas científicas de Aristóteles e Espinosa quanto às suas conseqüências para a psicopatologia do autismo e da psicose infantil. JUSTIFICATIVA: Considerar a singularidade como acidente não-científico, conforme o ponto de vista aristotélico implica excluir, em nome do genérico e do universal, a possibilidade de um conhecimento e de um tratamento rigoroso do caso psicopatológico concreto, objeto final da intervenção na área da saúde mental. Disso resulta o sacrifício epistemológico e ético do único ao múltiplo, do qualitativo ao quantitativo, do irrepetível ao estatístico. Ora, não se pode nem conhecer, nem beneficiar uma classe de casos, sem fazê-lo com cada caso. Na medida em que a perspectiva espinosana permite fundamentar filosoficamente uma teoria e uma prática psicopatológica que tem como princípio a irredutibilidade e a cognoscibilidade científica do singular, oferece a perspectiva de superar o impasse ético e epistemológico já referido, alicerçando na força singular de cada sujeito a revelação dos princípios práticos e teóricos envolvidos no estabelecimento ou no restabelecimento da sua saúde mental, tal como evidenciado pelas reflexões clínico-teóricas já mencionadas. CONTEÚDO: O programa da disciplina terá como instrumento de estudo literaturas filosóficas e psicopatológicas que permitam fundamentar o acompanhamento das conseqüências teóricas, diagnósticas, institucionais, éticas e clínicas das perspectivas de Aristóteles e de Espinosa, conforme os seguintes pontos programáticos: I) a Ciência, o Universal e o Singular na Metafísica e na Lógica de Aristóteles; II) privação e negação na crítica espinosana das definições genéricas: a carta a Blyenbergh; III) singularidade e generalidade no papel das reações frente ao paciente em Bergeret, Minkowski e Sacks; IV) O Caso Hermes: da alienação institucional à singularidade instituinte; V) O Caso de Nair: a recusa da razão universal como condição existencial. BIBLIOGRAFIA (em conformidade aos pontos programáticos da disciplina): ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco (Os Pensadores). São Paulo, Abril Cultural, l973. ARISTÓTELES. La Métaphysique (Tome I et II). Paris, Librairie Philosophique J. Vrin, 1953. ARISTÓTELES. The Ethics of Aristotle - The Nichomachean Ethics. Middlesex (England), Penguin Books, 1976. BERGERET, J. Personalidade Normal e Patológica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988. BOVE, L. "Hilaritas et Acquiescentia in se ipso" [Hilaridade e Contentamento íntimo], texto apresentado oralmente na 4ª Conferência "Spinoza by 2000", Jerusalém, l993, mimeo. CALDERONI, D. “A prisão de dores e para além". Laboratório de Psicopatologia Fundamental, PUC/SP, 05/99, mimeo. CALDERONI, D. Memorial de Nair – hipóteses sobre a gênese da simbolização à luz de um suposto caso de psicose ou autismo. São Paulo, 2001, Tese (Doutorado). Instituto de Psicologia. Universidade de São Paulo. CALDERONI, D. O Caso Hermes: a Dimensão Política de uma Intervenção Psicológica em Creche - Um Estudo em Psicologia Institucional. Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 1994. CASTORIADIS, C. "A Descoberta da Imaginação" in As Encruzilhadas do Labirinto II - Os Domínios do Homem. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987, p. 335-372. CHAUÍ, M. “A Lógica ou Órganon” in Introdução à História da Filosofia - Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo. Editora Brasiliense, 1994. CHAUÍ, M. "Elementos de lógica" e "A Metafísica de Aristóteles" in Convite à Filosofia. São Paulo. Ática. 1994. CHAUÍ, M. "O Contradiscurso de Baruch Espinosa" in Da realidade sem mistérios ao mistério do mundo - Espinosa, Voltaire, Merleau-Ponty. São Paulo. Editora Brasiliense, 1983. CHAUÍ, M. S. A Nervura do real – imanência e liberdade em Espinosa. São Paulo, Companhia das Letras, 1999. COSTA PEREIRA, M. E. “O Geral das Estruturas Clínicas e a Singularidade do Sofrimento: encontros e desencontros” in QUINET, A. Psicanálise e Psiquiatria – controvérsias e convergências. Rio de Janeiro, Rios Ambiciosos, 2001, p. 55-68. CRESSON, A. Aristóteles (contendo extratos da obra de Aristóteles). Lisboa, Edições 70, l981. DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artes Médicas, 2000. ESPINOSA, B. “Carta nº 21 de Espinosa a Blyenbergh (Provavelmente entre 21 de janeiro e 19 de fevereiro de 1665)” in Espinosa - Os Pensadores, vol 1, São Paulo. Nova Cultural, 1989. ESPINOSA, B. "Ética" in Espinosa - vol. II (Os Pensadores), Nova Cultural, São Paulo, 1989. FÉDIDA, P. "Auto-erotismo e autismo: condições de eficácia de um paradigma em psicopatologia" in Nome, figura, memória. A linguagem na situação psicanalítica. São Paulo, Escuta, 1991, p. 149-170. FÉDIDA, P. "De uma psicopatologia geral a uma psicopatologia fundamental. Nota sobre a noção de paradigma" in Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol. I, nº 3, setembro de 1998, p.107-121 (publicado originalmente em Pierre Fédida. Crise et contre-transfert. Paris, PUF, 1992, p. 287-301). HELLER, A. - Aristóteles y el mundo antiguo. Barcelona, Ediciones Península, l983. MERLEAU-PONTY, M. 'O Filósofo e sua Sombra' " in Merleau-Ponty (Os Pensadores). Nova Cultural, São Paulo, 1989, p. 187-188. MINKOWSKI, E... El tiempo Vivido. Fondo de Cultura Económica, México, 1973. SACKS, O. Tempo de Despertar. Cia. das Letras, São Paulo, 1997. DISCIPLINA 18: Drogas, AIDS e a Clínica Psiquiátrica: da Adolescência à Idade Adulta. OBJETIVOS: O uso de drogas é hoje um fenômeno mundial que, nos últimos vinte anos, ultrapassou todas as fronteiras sociais, econômicas, políticas e nacionais. Estudos em diversas regiões do mundo confirmaram a possibilidade de rápida transmissão do HIV na população de usuários de drogas injetáveis e não injetáveis. No Brasil, alguns estudos apontam para alta prevalência da infecção pelo HIV em usuários de drogas injetáveis. Esta prevalência varia de 36 a 57% em grandes cidades da região sudeste do país. Este curso tem como objetivo discutir os principais aspectos relacionados à interface entre a infecção pelo HIV e o uso de drogas, familiarizando o aluno com as pesquisas mais recentes no campo da AIDS e psiquiatria. JUSTIFICATIVA: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é um problema de saúde pública em vários países do mundo, incluindo o Brasil. A AIDS tem se tornado objeto de interesse por parte de profissionais de saúde mental essencialmente por duas razões: o tropismo do HIV pelo SNC e o impacto psicológico do diagnóstico e da evolução da infecção nos indivíduos afetados. Acrescenta-se a estes fatores, o fato dos pacientes comumente serem jovens e pertencerem a grupos estigmatizados e marginalizados socialmente. Diante disso, desenvolveram-se duas grandes áreas de interesse. A primeira situa-se nos limites da psiquiatria e neurologia e tem como foco de interesse as conseqüências clínicas da ação do HIV e de outras patologias associadas (como por exemplo, neurotoxoplasmose e neurocriptococose) no cérebro. A segunda situa-se nos limites entre a psiquiatria e a psicologia e estuda as reações psicológicas e as complicações psiquiátricas da infecção. A saúde mental é hoje um fator extremamente importante na abordagem dos indivíduos infectados pelo HIV devido à cronicidade de sua doença, o estigma, as dificuldades terapêuticas e a potencial letalidade. Os profissionais de saúde devem estar instrumentalizados para atenderem tais indivíduos, justificando, portanto, disciplinas desta natureza. CONTEÚDO: Drogas 1. Conceitos gerais: uso, abuso e dependência. 2. Etiologia, fisiopatologia e diagnóstico. O papel da família no desenvolvimento do consumo de drogas. 3. Prevenção do consumo de álcool e drogas na adolescência. 4. Tratamento da dependência de drogas e álcool em adolescentes e adultos. 5. Seminário. O Uso de drogas e álcool durante a gravidez. AIDS 1. Definição e epidemiologia. 2. Fatores de risco. 3. Alterações psicológicas e psiquiátricas na AIDS. 4. A relação entre o profissional de saúde mental e paciente com AIDS. 5. AIDS e drogas. A clínica Psiquiátrica: integrando o diagnóstico dos principais transtornos psiquiátricos ao tratamento 1. Transtornos depressivos. 2. Psicoses e esquizofrenia. 3. Transtorno afetivo bipolar. 4. Transtornos alimentares. 5. Transtornos ansiosos. 6. Seminário. BIBLIOGRAFIA (em conformidade aos pontos programáticos da disciplina): 1. ARAÚJO, A.Q.C.; ARAÚJO, A.P.Q.C.; NOVIS, S.A.P. A neuropatogenia do vírus da imunodeficiência humana. Arquivo de Neuropsiquiatria, v. 54, p. 335-345, 1996. 2. ATKINSON, J.H.; GRANT, I.; KENNEDY, C.J.; RICHMAN, D.D.; SPECTOR, S.A.; McCUTCHAN, A. Prevalence of psychiatric disorders among men infected with human immunodeficiency virus. A controlled study. Archives of General Psychiatry, v. 45, p. 859-864, 1988. 3. ATKINSON, J.H.; GRANT, I. Natural history of neuropsychiatric manifestations of HIV disease. Psychiatric Clinics of North America, v. 17, p. 17-33, March 1994. 4. BELLINI, M.; BRUSCHI, C. HIV infection and suicidality. Journal of Affective Disorders, v. 38, p. 153-164, 1996. 5. BIALER, P.A.; WALLACK, J.J.; PRENZLAUER, S.L.; BOGDONOFF, L.; WILETS, I. Psychiatric comorbidity among hospitalized AIDS patients vs. Non-AIDS patients referred for psychiatric consultation. Psychosomatics, v. 37, p. 469-475, 1996. 6. CATALÁN, J.; BURGESS, A.; KLIMES, I.; GAZZARD, B. Psychological Medicine of HIV infection. Oxford, Oxford University Press, 1995. 179p. 7. DEW, M.A.; BECKER, J.T.; SANCHEZ, J.; CALDARARO, R.; LOPEZ, O.; WESS, J.; DORST, S.K.; BANKS, G. Prevalence and predictors of depressive, anxiety and substance use disorders in HIV-infected and uninfected men: a longitudinal evaluation. Psychological Medicine, v. 27, p. 395-409, 1997. 8. DILLEY, J.W.; OCHTILL, H.N.; PERL, M.; VOLBERDING, P.A. Findings in psychiatric consultations with patients with acquired immune deficiency syndrome. American Journal of Psychiatry, v. 142, p. 82-86, 1985. 9. DILLEY, J.W.; FORSTEIN, M. Psychosocial aspects of the human immunodeficiency virus (HIV) epidemic. In: TASMAN, A.; GOLDFINGER, S.M.; KAUFMANN, C.A., ed. Review of Psychiatry. Washington, DC, American Psychiatric Press, Inc., 1990. v. 9, p. 631-655. 10. FERRANDO, S.J.; GOLDMAN, J.D.; CHARNESS, W.E. Selective serotonin reuptake inhibitor treatment of depression in symptomatic HIV infection and AIDS. Improvements in affective and somatic symptoms. General Hospital Psychiatry, v. 19, p. 89-97, 1997. 11. FULLILOVE, M.D. Anxiety and stigmatizing aspects of HIV infection. Journal of Clinical Psychiatry, v. 50, p. 5-8, 1989. Supplement. 12. GALA, C.; PERGAMI, A.; CATALÁN, J.; DURBANO, F.; MUSICCIO, M.; BALDEWEG, T.; INVERNIZZI, G. The psychosocial impact of HIV infection in gay men, drug users and heterosexuals. British Journal of Psychiatry, v. 163, p. 651-659, 1993. 13. HARRIS, M.J.; JESTE, D.V.; GLEGHORN, A. SEWELL, D.D. New-onset psychosis in HIV-infected patients. Journal of Clinical Psychiatry, v. 52, p. 369-376, 1991. 14. JOHNSON, J.G.; WILLIAMS, D.S.W.; RABKIN, J.G.; GOETZ, R.R.; REMIEN, R.H. Axis I psychiatric symptoms associated with HIV infection and personality disorder. American Journal of Psychiatry, v. 152, p. 551-554, 1995. 15. LIMA, A.L.M.; KIFFER, C.R.; UIP, D.E.; OLIVEIRA, M.S.; LEITE, O.M. HIV/AIDS. Perguntas e Respostas. São Paulo, Editora Atheneu, 1996. 351p. 16. LIPSITZ, J.D.; WILLIAMS, J.B.W.; RABKIN, J.G.; REMIEN, R.H.; BRADBURY, M.; SADR, W. EL.; GOETZ, R.; SORREL, S.; GORMAN, J.M. Psychopathology in male and female intravenous drug users with and without HIV infection. American Journal of Psychiatry, v. 151, p. 1662-1668, 1994. 17. LYKETSOS, C.G.; HANSON, A.L.; FISHMAN, M.; ROSENBLAT, A.; McHUGH, P.R.; TREISMAN, G.J. Manic syndrome early and late in the course of HIV infection. American Journal of Psychiatry, v. 150, p. 326-327, 1993. 18. MALBERGIER, A.; PANNUTI, D. Alterações psicopatológicas em indivíduos infectados pelo vírus da AIDS: revisão da literatura. Revista ABP-APAL, v. 15, p. 128-134, 1993. 19. MALBERGIER, A. AIDS in the injecting drug population: a public health challenge. Drugs: Education, Prevention and Policy, v. 1, p. 259-273, 1994. 20. MALBERGIER, A.; STEMPLIUK, V.A. Os médicos diante do paciente com AIDS: atitudes, preconceitos e dificuldades. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 46, p. 265-273, 1997. 21. MALBERGIER, A. AIDS e Psiquiatria. Um guia para os profissionais de saúde. Editora Revinter, Rio de Janeiro, 2000. 22. PERRY, S.; FISCHMAN, B. Depression and HIV. How does one affect the other? JAMA, v. 270, p. 2609-2610, 1993. 23. RABKIN, J.G.; GOETZ, R.R.; REMIEN, R.H.; WILLIAMS, J.B.W.; TODAK, G.; GORMAN, J.M. Stability of mood despite illness progression in a group of homosexual men. American Journal of Psychiatry, v. 154, p. 231-238, 1997. DISCIPLINA 19: LINGUAGEM E PSICOPATOLOGIA OBJETIVOS Apresentar e conceituar a linguagem humana e suas relações com a psicopatologia em seus eixos fundamentais (o linguístico, o cerebral e o mental); Desenvolver relações entre psicopatologia e linguagem a partir do enfoque fenomenológico-estrutural; Correlacionar os conceitos de psicopatologia fenomenológica-estrutural, lesão cerebral e linguagem a partir da epilepsia. JUSTIFICATIVA: A linguagem é objeto de estudo no vasto campo das ciências que se ocupam da mente humana, seja na vertente em que se evidencia a mente em detrimento do corpo seja naquela em que se valoriza a relação com o cérebro. A adoção de uma postura sobre o conhecimento da linguagem que escape dos limites impostos pelas duas visões antagônicas colocadas acima possibilita ceder lugar à própria linguagem, em sua natureza essencial. Ao fazê-lo deparamo-nos, inevitavelmente, com a tarefa de percorrer as interrelações de espírito e matéria, saber valioso para a formação crítica do aluno que pretende assumir uma postura dialógica em psicopatologia. CONTEÚDO: Os temas nucleares na constituição da disciplina: Linguagem e pensamento: a formação do humano pela linguagem e da linguagem pelo humano. As relações da linguagem e o, no e apesar do cérebro (as visões de Broca, Jackobson, Goldstein, Freud); As estruturas temporal e espacial, na visão de Minkowski, e a linguagem; Conceituação de personalidade epiléptica na abordagem fenomenológica estrutural; Estudos contemporâneos de epilepsia e linguagem. BIBLIOGRAFIA: BELL, B. D.; DAVIES, K. G.; HERMANN, B. P.; WALTERS, G. Confrontation naming after anterior temporal lobectomy is related to age of acquisition of the object names. Neuropsychologia , 38:83-92, 2000. BINSWANGER, L. Sobre el problema del lenguaje y del pensamiento. In: Artículos y conferencias escogidas. Madrid: Editorial Gredos, S.A.; 1973. FREUD, S. La Afasia. Buenos Aires: Nueva Visión; 1987. GOLDSTEIN, K. Language and Language disturbances, New York: Grune &Stratton; 1948. _______________La actitud abstracta y el lenguaje. In: La naturaleza humana a la luz de la psicopatologia. Buenos Aires: Editorial Paidos; 1961. MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes; 1999. HERMANN, B. P.; WYLER, A. R.; SOMES,G: Language function following temporal lobectomy .Journal of Neurosurgery., 74: 560-566, 1991 LAGFITT, J; RAUSCH, R. Word-finding persist after anterotemporal lobectomy. Archives of Neurology. Vol.53:72-76, 1996. MACKAY, D.G.; BURKE, D.M.; STEWART, R. HM’s language production deficits: Implications for relations between memory, semantic binding and the hippocampal system. Journal of Memory and Language (38) :28-69, 1998 MESSAS, CS. Linguagem e estrutura mental na epilepsia. In: Messas, G. Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea, São Paulo, Ed Roca, 2008. MESSAS, CS; MANSUR, LL; CASTRO, LH. Semantic memory impairment in temporal lobe epilepsia associated with hipocampal sclerosis . Epilepsy & Behavior 12 (2008): 311-316. MESSAS, CS. Processo Orgânico: um caso de afasia. In: Messas, G. As formas da alteração mental: estudos psicopatológicos, São Paulo. Ed. Casa do Psicólogo, 2007. MESSAS, G. Psicopatologia e Transformação: um esboço Fenômeno-Estrutural, São Paulo. Ed. Casa do Psicólogo, 2004. MINKOWSKI, E. El tiempo vivido: estudios fenomenológicos y psicológicos, México: Fondo de Cultura Económica; 1973. RAUSCH, R: Effects of temporal lobe surgery on behavior. Advances in Neurology, vol.55: 279-92, 1991. SAWRIE, S.M.; MARTIN, R.C.; GILLIAM, F.G.; FAUGHT, E.; MATON, B; HUGG, J.W.; BUSH, N.;SINCLAIR, K.; KUZNIECKY, R.I. Visul confrontation naming and hipocampal function - A neural network study using quantitative 1H magnetic resonance spectroscopy. Brain, 123:770-780, 2000. SAYKYN, A., J.; STAFINIAK, P.; ROBINSON, L. J.; FLANNERY, K. A.; GUR, R. C.; O’CONNOR, M. J.; SPERLING, M. R. Language before and after temporal lobectomy: specificity of acute changes and relation to early risk factors. Epilepsia.36(11): 1071-77, 1995. VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem, São Paulo: Martins Fontes; 1998. DISCIPLINA 20: Melancolia e Depressão OBJETIVO Retomar, no contexto da metapsicologia freudiana e de alguns autores pós-freudianos a problemática dos estados e fenômenos depressivos e sua circunscrição em relação à melancolia. Retomar o concito de depressão articulando-o não só a patologia mas também a movimentos de elaboração e saúde. JUSTIFICATIVA Os quadros depressivos constituem a corrente central de demanda de tratamento junto à psiquiatria e têm movimentado o consumo mais significativo de remédios na vida contemporânea. Observa-se também como fenômeno contemporâneo uma espécie de estado maníaco de evitação da depressão o que leva a um excesso de medicalização. O que interroga a psicanálise em sua prática e seu pensamento. CONTEÚDO O exame da depressão no projeto metapsicológico freudiano manterá uma interlocução com correntes e autores pós-freudianos. Percurso acompanhado de ilustrações clínicas e discussão com a literatura psicopatológica (psicanalítica e não-psicanalítica). O programa da disciplina incluirá a abordagem dos seguintes temas: Depressão e psicopatologia. Eixo narcísico das depressões. A depressão e a posição depressiva em Melanie Klein A depressão em Winnicott Depressão e desamparo. BIBLIOGRAFIA BÁSICA Bleichmar H.(1982) Depressão; um estudo psicanalítico, Porto Alegre, Artes médicas, 1983 Freud S. (1917) “ Luto e Melancolia” in Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. XIV, Rio de Janeiro, Imago Editora 1974 Green A. (1983) Narcisismo de Vida, Narcisismo de Morte, São Paulo, Escuta, 1988. Klein M. (1935) "Uma contribuição sobre a psicogênese dos estados maníaco- depressivos", In: Amor, culpa e reparação e outros trabalhos 1921-1945, Vol. 1 das Obras completas, Rio de Janeiro, Imago, 1996. Winnicott D.W. (1956) "Preocupação materna primária" in: Winnicott, (1968) Da pediatria à psicanálise, São Paulo, F.Alves, 1988. (1963) "O medo de desmoronamento in: Explorações Psicanalíticas, São Paulo, Martins Fontes, 1997. (1963) "O valor da depressão" in: Tudo começa em casa, Porto alegre, Artes Médicas, 1995. Tanis, B.(2003) Circuitos da Solidão, São Paulo; Ed. Casa do Psicólogo, 2003 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Abraham K. (1924) Teoria Psicanalítica da Libido - Sobre o caráter e o desenvolvimento da libido. Rio de Janeiro, Imago.1970. Alvarez, Anne (1994) Companhia Viva, Porto Alegre, Artes Médicas 1994 Delouya D. (2000) Depressão. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2000. Steiner, J.(1997) “Refúgios Psíquicos”, Rio de Janeiro, 1997 |
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Carga Horária: |
120 horas |
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Tipo: | Obrigatória | ||||
Vagas oferecidas: | 75 | ||||
Ministrantes: |
André Malbergier Audrey Setton Lopes de Souza Cristiane Stravino Messas David Calderoni Mauricio de Carvalho Porto Ricardo Abrantes do Amaral |
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