Atividade

133682 - Capacitação dos profissionais da saúde do Complexo HCFMRP-USP para o Atendimento da Parada Cardiorrespiratória adulto, pediátrico e neonatal T1

Data da turma: 07/04/2025

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Descrição: Programa Detalhado:
O Curso de Capacitação em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) será baseado nas etapas da Simulação Clínica: pré-simulação, pré-briefing/briefing, participação e debriefing. Etapa 1 - Planejamento e divulgação (Preenchimento da Ficha de Inscrição, com divulgação no HCFMRP-USP); Etapa 2 - Pré-Simulação (Atividade não presencial, durante 3 horas, de preparo prévio dos participantes acerca do tema proposto: "Ressuscitação Cardiopulmonar em ambiente hospitalar". O material de leitura e vídeos será disponibilizado na Plataforma e-disciplinas da USP); Etapa 3 - Presencial (Atividade na EERP-USP em sala de aula, durante 30 minutos, de recepção dos participantes na sala de aula. Na realização do Pré-Teste, os estudantes responderam a um questionário sobre o tema RCP, com 25 questões de múltipla escolha, com o valor sendo de zero a 10); Etapa 4 - Presencial (Atividade na EERP-USP, durante 3 horas, no Laboratório de Simulação Clínica - baixa, média e alta fidelidade. Haverá o treinamento de habilidades em Suporte Básico de Vida - SBV - junto aos simuladores de baixa e média fidelidade; Etapa 5 - Presencial (Atividade na EERP-USP, durante 1 hora, no Laboratório de Simulação Clínica de Alta Fidelidade. Com o pré-briefing/briefing haverá a execução de um cenário de atendimento de uma vítima em Parada Cardiorrespiratória - PCR - em ambiente hospitalar realizada por uma equipe multiprofissional e o debriefing; Etapa 6 -Presencial (Atividade na EERP-USP em sala de aula, durante 30 minutos, haverá a realização do Pós-Teste). Serão realizados 6 cursos de capacitação, sendo 4 para atendimento dos adultos e 2 para atendimento pediátrico e neonatal, cada curso com total de 8 horas.

Ementa:

A American Heart Association (AHA) atualiza frequentemente as diretrizes para Suporte Básico e Avançado de Vida Cardiovascular, destacando a importância da educação continuada e capacitação de profissionais em emergências cardiovasculares. A prática deliberada é essencial para aprimorar habilidades em situações críticas. A simulação clínica se destaca como uma metodologia eficaz para desenvolver habilidades técnicas e não técnicas, como comunicação e tomada de decisão, proporcionando um ambiente seguro e controlado que melhora a retenção de conhecimento e reduz riscos ao paciente. Os programas de simulação aumentam significativamente o conhecimento, desempenho e confiança de profissionais de saúde em ressuscitação cardiopulmonar. A simulação clínica promove maior confiança e satisfação dos participantes. Além disso, o uso de dispositivos de feedback em tempo real aprimora parâmetros técnicos, como profundidade e frequência das compressões torácicas. A implementação de programas baseados em simulação, combinados com tecnologias de feedback e treinamentos híbridos, é essencial na educação em saúde, promovendo desfechos melhores para o paciente e a adesão dos profissionais às melhores práticas baseadas em evidências. Este estudo trata-se de uma intervenção educativa sobre ressuscitação cardiopulmonar sem grupo controle que avaliará o conhecimento pré e pós-teste de profissionais de saúde de um complexo hospitalar de ensino. A habilidade Fração de Compressões Torácicas (FCT) será mensurada após a simulação clínica e comparada aos valores recomendados pelas diretrizes da AHA. Espera-se que os resultados contribuam para a prática clínica e políticas de saúde baseadas em evidências, aprimorando a qualidade dos cuidados, reduzindo custos e melhorando os desfechos do paciente. A simulação não apenas reduz a lacuna entre pesquisa e prática, mas também fortalece o preparo contínuo dos profissionais para lidar com emergências de forma eficaz e segura. A implementação de programas de capacitação por meio de intervenção educativa utilizando simulação clínica, alinhados às diretrizes atualizadas da American Heart Association (Olasveengen et al., 2020) para Suporte Básico e Avançado de Vida Cardiovascular, promove uma melhora significativa na competência técnica e não técnica dos profissionais de saúde no atendimento a emergências cardiovasculares, resultando em maior aderência às melhores práticas e aumento das chances de sobrevivência dos pacientes. Ressalta-se que a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade é crucial para aumentar as chances de sobrevivência em uma parada cardiorrespiratória (PCR). A RCP é considerada de alta qualidade e efetiva, quando a execução e a frequência de Compressão Torácica Externa (CTEs) ocorra de 100 a 120 movimentos por minuto e a profundidade das compressões de 5 a 6 centímetros em adultos, priorizando a importância da boa qualidade da RCP e que seja efetuada o mais breve possível após a PCR (Olasveengen et al., 2020). Assim, para que a RCP seja eficaz recomenda-se fortemente cinco componentes essenciais: compressões torácicas eficazes, minimizar interrupções, ventilações adequadas, uso precoce do Desfibrilador Externo Automático (DEA) e evitar ventilação excessiva (McInnes et al., 2012; Meaney et al., 2013; Sandroni; Nolan, 2011; Sheak et al., 2015; Wik et al., 2005). As diretrizes da AHA destacam a importância da formação e capacitação dos profissionais para a realização de RCP de alta qualidade, essencial para melhorar os desfechos clínicos. Nesse contexto, enfatizam a necessidade de atingir uma Fração de Compressão Torácica (FCT) ideal entre 60-80%, como parâmetro fundamental para a eficácia da RCP. A FCT é o percentual de tempo durante um ciclo de RCP em que compressões torácicas efetivas são realizadas. Estudos mostram que uma FCT alta está associada a melhores taxas de retorno da circulação espontânea e recuperação neurológica. Para otimizar a FCT, deve-se evitar pausas desnecessárias, sincronizar intervenções e usar feedback em tempo real, estratégias que têm mostrado melhorar a aderência às diretrizes da AHA e, consequentemente, os desfechos clínicos. O cenário seguro e controlado da simulação clínica proporciona confiança aos profissionais, aumentando suas habilidades e melhorando sua capacidade de responder eficazmente em emergências. O cenário da simulação clínica proporciona confiança aos profissionais, aumentando suas habilidades e melhorando sua capacidade de responder eficazmente em emergências. Tal fato, promove uma melhora significativa na competência técnica e não técnica dos profissionais de saúde no atendimento a emergências cardiovasculares, resultando em maior aderência às melhores práticas e aumento das chances de sobrevivência dos pacientes. Os estudos têm apontado que capacitar os profissionais de saúde com simuladores que oferecem feedback em tempo real obtêm resultados melhores na retenção de conhecimento e aquisição de habilidades. Dessa forma, se espera que o ensino por simulação clínica baseado nessas diretrizes contribua para a melhoria do conhecimento e das habilidades dos profissionais e estudantes da área da saúde, resultando em um atendimento da parada cardiorrespiratória mais eficaz e baseado em evidências. A equipe proponente é interdisciplinar, o que possibilita a complementação e transposição entre os saberes das ciências da saúde. Assim, para o desenvolvimento do projeto de pesquisa sobre simulação em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), a capacitação da equipe e as competências necessárias são fundamentais para garantir a qualidade dos resultados e a implementação eficaz das intervenções. A equipe possui conhecimento aprofundado das diretrizes atualizadas de RCP, habilidades pedagógicas e metodológicas em simulação, bem como experiência em pesquisa científica. A capacitação dos membros participantes envolve treinamentos teóricos e práticos no uso de simuladores de alta, média e baixa fidelidade, além de técnicas de feedback em tempo real e habilidades não-técnicas, como comunicação e trabalho em equipe. A equipe é capaz de conduzir cenários simulados realistas, aplicar instrumentos de avaliação de desempenho, fornecer feedback estruturado e promover a aprendizagem significativa dos participantes. Além disso, a equipe tem competências em análise e gerenciamento de dados, uso de tecnologias de feedback e domínio das metodologias de ensino em saúde. Além da comunicação clara, da capacidade de facilitação de treinamentos e o trabalho colaborativo para garantir o sucesso do projeto. A capacitação contínua, com atualizações frequentes sobre avanços tecnológicos e novas práticas, também é fundamental para manter a equipe preparada e alinhada às melhores evidências e diretrizes disponíveis.

Referência Bibliográfica
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PANCHAL, A. R.(et-al.) Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group (2020). Part 3: Adult Basic and Advanced Life Support: 2020 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation, 142(16_suppl_2), S366–S468.

Carga Horária:

8 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 30
 
Ministrantes: Andréia Cristina Barbosa Costa
Denise Ferreira Gomide Batista
Jordana Luiza Gouvêa de Oliveira
Julia Pereira Soares Bitar
Juliane Zagatti Alves Pereira Mioto
Letícia Genova Vieira
Livia Gomes Rosa de Sousa
Marcelo Donizeti Silva
Maria Celia Barcellos Dalri
Mauricio da Silva de Assis
Renata Cristina de Campos Pereira Silveira
Ricardo Augusto Barbieri
Samia Hussein Barakat


 
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