130519 - Roda de Conversa: Como resistir as políticas educacionais paulista em tempos de Novo Ensino Médio e plataformização da educação? |
Data da turma: | 16/01/2025
|
||||
|
|||||
Descrição: | "Todo o processo de centralização curricular evidencia uma clara tendência para a redução da autonomia dos professores na elaboração e implementação do currículo e das propostas pedagógicas, prejudicando, assim, iniciativas de projetos coletivos e engajamento político com o público local atendido pela escola. Associada à política de centralização curricular em São Paulo, a Resolução SE 74[1] institui o Programa Qualidade da Escola. Esse programa foi responsável por estruturar a implementação do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo, o IDESP.
Dentro desse escopo de diretrizes, o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP) passa a ser empregado como referência para a formação do IDESP, que rege o cálculo do bônus por desempenho, remunerando anualmente os profissionais da área da educação e estabelecido pela Lei complementar nº 1.078[2].Com essas diretrizes, as metas, os indicadores, os números de matrículas, as transferências e a evasão dos estudantes se tornam elementos integrantes do cálculo do IDESP. Essas métricas são apresentadas como direcionamento para o currículo e as atividades do dia a dia nas escolas da rede estadual de São Paulo, formando um sistema orientador para o trabalho dos gestores e professores com base no desempenho e nos resultados alcançados. Em síntese, em São Paulo, o governo implementa um modelo educacional que se baseia na padronização do currículo e na avaliação dos resultados por meio de exames regulares, gerando rankings e índices das escolas, que são características das políticas neoliberais, como apontado por Pierre Dardot e Christian Laval (2016). Nesse cenário, a prioridade na escola é o direito à aprendizagem, configurando uma gestão focada em resultados, em detrimento do direito à educação, buscando, assim, transformar os professores em meros cumpridores de metas e os estudantes em bons aprendizes e consumidores passivos (JACOMINI & STOCCO, 2023). Diante deste cenário gostaria de encontrar outros pares para coletivamente discutirmos estratégias de resistências as políticas educacionais implantadas no Estado de São Paulo nos últimos anos. O objetivo é problematizar e analisar criticamente as políticas educacionais vigentes, produzir cartografias que evidenciem as táticas locais de resistência e inventar novas estratégias educacionais capazes de enfrentar os desafios contemporâneos da educação no Estado de São Paulo, incidindo sobre o currículo, as práticas pedagógicas, o processo de formação e a educação continuada de professores." |
||||
Carga Horária: |
1 horas |
||||
Tipo: | Optativa | ||||
Vagas oferecidas: | 40 | ||||
Ministrantes: |
Nathalia de Oliveira |
![]() |
Créditos © 1999 - 2025 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP |