130511 - Roda de Conversa: Encontrando a voz da pedagogia |
Data da turma: | 14/01/2025
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Descrição: | Justificativa
Nas discussões que são feitas hoje sobre a educação escolar, seja entre os especialistas, seja entre o público em geral, há um tipo de reclamação que sempre se repete. Trata-se da afirmação de que a escola parece estar sempre defasada, sempre em descompasso em relação ao ritmo das mudanças que acontecem no restante da sociedade, sempre incapaz de acompanhar as modificações nos modos de interação dos seus alunos com a dinâmica da circulação das informações e com a intensa e diversificada produção cultural voltada para a infância e a juventude. A escola aparece em muitas descrições como uma instituição caduca, arcaica, lenta, aferrada a práticas ditas tradicionais, trabalhando com tarefas repetitivas, que exigem muita concentração e que não despertam a atenção das crianças e jovens que formam o seu alunado. A dinâmica das mudanças tecnológicas, econômicas, culturais e sociais, que corre hoje em alta velocidade, não é trazida para dentro das escolas e das tarefas escolares, o que levaria inevitavelmente ao desinteresse e, no limite, a uma irrelevância da escola como instituição formadora da infância e da juventude. Ao mesmo tempo, as soluções propostas para essa defasagem passam invariavelmente por uma crítica dos professores, descritos como profissionais com deficiências de formação, como pessoas conservadoras, apegadas às tradições e às rotinas do seu trabalho cotidiano, muito resistentes às mudanças. Já há algum tempo, no entanto, alguns professores e pedagogos têm se ocupado da defesa da escola e do papel importante dos professores e professoras para que ela cumpra verdadeiramente o seu papel. Podem ser lembrados autores como Jorge Larrosa, Jan Masschelein, Maarten Simons, José Sérgio Fonseca de Carvalho e Julio Groppa Aquino, para citar apenas alguns. Embora com posições diversas, esses autores trazem em comum a ideia de que as ciências da educação não conseguiram até agora examinar a escola e a pedagogia com uma voz especificamente pedagógica, que parta da experiência escolar concreta vivida diariamente por professores e professoras, alunos e alunas. Até agora, a escola, a pedagogia, a didática, enfim, se ocuparam de ouvir as vozes externas, da psicologia, da economia, da sociologia, da biologia, das neurociências. Vozes que acabam representando a experiência pedagógica ou escolar como um processo natural ou social, que independe das ações concretas efetivadas em cada sala de aula, em cada turma, por meios especificamente pedagógicos, didáticos. Meios esses que se expressam na aula e na produção do ensino, por meio de um conjunto de artifícios, saberes profissionais e ferramentas pedagógicas que professores e professoras mobilizam diariamente na realização do seu ofício. |
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Carga Horária: |
1 horas |
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Tipo: | Optativa | ||||
Vagas oferecidas: | 40 | ||||
Ministrantes: |
Jaime Francisco Parreira Cordeiro Juliana de Souza Silva Patrícia Aparecida do Amparo |
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