Atividade

129851 - O SAMBA DE SÃO PAULO: HISTÓRIAS, MEMÓRIAS, TERRITORIALIDADES E IDENTIDADES

Período da turma: 23/10/2024 a 27/11/2024

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Descrição: ÁREA DE CONHECIMENTO: História Social do Samba
CONTEÚDO: Samba, História Social e Patrimônio Cultural.
METODOLOGIA: Bibliografia recomendada, experiência dos participantes e
construção dialógicas
PROGRAMA COMPLETO (AULA A AULA)
Aula 1: 23 de Outubro de 2024 | Das 18h00 às 20h00
Samba, resistência e direito ao enraizamento: do quilombo Saracura ao Movimento Saracura Vai-Vai | com Tabata Luz e Marilia Belmonte

Aula 2: 30 de Outubro de 2024 | Das 18h00 às 20h00
Disputas, resistências e conquistas: As Escolas de Samba entre a marginalidade e a oficialização | com Bruno Baronetti

Aula 3: 6 de Novembro de 2024 | Das18h00 às 20h00
Lavapés: teve começo, mas nunca terá fim! | Com Rose Marcondes e Tiago Bosi

Aula 4: 13 de Novembro de 2024 | Das 18h00 às 20h00
O legado do samba de São Paulo entre a resistência e a indústria cultural: Adoniran Barbosa e Geraldo Filme | Com Tiago Bosi e Bruno Baronetti

Aula 5: 27 de Novembro de 2024 | Das 18h00 ás 20h00
Cultura de um povo: O Samba enquanto fundamento sócio-político cultural, preservação e memória | Com Harry de Castro e Sidnei França


LOCAL DE REALIZAÇÃO: CPC-USP – Dona Yayá
CARGA HORÁRIA – 10h de aula
PERIODICIDADE E DURAÇÃO –1 aulas semanais
EMENTA – O samba é resistência e (re)existência – e isso nunca foi tão verdadeiro em uma metrópole historicamente excludente, racista e avessa à sua história afro-diaspórica. A proposta deste curso é analisar e revisitar diversas fontes e atores sociais para compreendermos o percurso do samba enquanto gênero musical, ritmo aglutinador de sociabilidades, identidades e formas de resistência na cidade de São Paulo.
Partindo das disputas sociais sempre presentes na cidade, o curso abordará os aquilombamentos urbanos, revoltas sociais, crenças populares, redes de solidariedade e musicalidades, tangenciando a questão da formação dos cordões até as Escolas de Samba e os blocos afro-afirmativos.
Serão exploradas as memórias que ainda resistem e disputam as narrativas e os territórios dessa urbe. A velha guarda do Vai-Vai, o processo recente de direito ao território como espaço de resistência e conexão com a ancestralidade do Movimento Saracura Vai-Vai, os achados arqueológicos abaixo da Capela dos Aflitos na Liberdade, o movimento Samba da Madrinha Eunice na Liberdade, o reconhecimento recente a monumentalização pública com as estátuas de Madrinha Eunice e Geraldo Filme, e a importância indiscutível do samba para a formação da Casa Verde e da Zona Norte sob a égide de Seu Carlão do Peruche. Todos esses fatores nos levam a repensar a cidade em sua construção de memórias, sociabilidades, territorialidades e identidades.
Nesse sentido, o curso também se propõe a refletir sobre o espaço social, político, cultural e de resistência do samba em nossa metrópole e como refletir sobre esse “objeto celebrado” e seus “sujeitos celebrantes” na atualidade.

Bibliografia Base

AMERICANO, Jorge. São Paulo naquele tempo: 1853-1915. São Paulo: Editora Saraiva,1957.
AMARAL, Raul Joviano. Os pretos do Rosário de São Paulo. 2ªed. São Paulo: João Scortecci Editora, 1991
ALEXANDRE, Cláudia Regina. Exu e Ogum no terreiro do samba – um estudo sobre a religiosidade da escola de samba Vai-Vai. Dissertação de Mestrado. São Paulo: PUC- SP, 2017
ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. Metrópole e Cultura: São Paulo no meio século XX. Bauru: Edusc, 2001
BOSI, Eclea. Memória e sociedade. Lembrança de Velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994
ARAUJO, Ligia Fernandes. A Escola de Samba Lavapés: Um Patrimônio Cultural no Glicério. Trabalho de Conclusão de Curso. 2012.
BARONETTI, Bruno Sanches. Espaços de sociabilidade das populações negras em São Paulo: as escolas de samba e suas intersecções com os movimentos associativos (1949-1978). Tese de Doutorado. FFLCH- USP. 2021.
BARONETTI, Bruno Sanches. Da Oficialização ao Sambódromo: Um Estudo Sobre as Escolas de Samba de São Paulo (1968-1996). Dissertação de Mestrado. FFLCH – USP. 2013.
BARONETTI, Bruno Sanches. O cardeal do samba. Memórias de Seu Carlão do Peruche. São Paulo: Liber Ars, 2019.
CANDIDO, Antonio. Os Parceiros do Rio Bonito. Estudos sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. 9ª ed. São Paulo: Duas Cidades; Ed.34, 2001.
CASTRO, Márcios Sampaio de. Bexiga: Um bairro afro-italiano. São Paulo:
Annablume, 2008.
CONTI, Ligia Nassif. Título: A Memória do Samba na Capital do Trabalho: os sambistas paulistanos e a construção de uma singularidade para o samba de São Paulo (1968-1991). Tese de Doutorado. FFLCH- USP. 2021.
CUÍCA, Osvaldinho da & DOMINGUES, André. Batuqueiros da Paulicéia. São Paulo: Barcarolla, 2009.
D’ANDREA, Tiarajú Pablo. A formação dos sujeitos periféricos: Cultura e Política na Periferia de São Paulo. Tese de Doutorado. São Paulo: FFLCH/USP, 2013.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Ática, 1978.
FERREIRA, Ábilio (org). Tebas. Um negro arquiteto na São Paulo escravocrata (abordagens). São Paulo: IDEA, 2018.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Modernidade e Dupla Consciência. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora 34/UCAM, 2012.
KAÇULA, Tadeu. Uma pequena África Paulistana. São Paulo: Liber Ars ,2021.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. São Paulo: N-1 edições, 2018
MORAES, Wilson Rodrigues. Escolas de Samba de São Paulo. São Paulo: IMESP, 1978.
MORAES, José Geraldo Vinci de. As sonoridades paulistanas: a música popular na cidade de São Paulo – final do século XIX ao início do século XX. Rio de Janeiro: Funarte,1995.
MUNIZ, J. Júnior. Do batuque à escola de samba. São Paulo: Símbolo, 1976.
NAPOLITANO, Marcos. Síncope das ideias: a questão da tradição na música popular brasileira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2007.
PRADO, Bruna Queiroz. A passagem de Geraldo Filme pelo samba paulista:
narrativas de palavras e músicas. Campinas: Dissertação de Mestrado:
IFCH/UNICAMP, 2013.
RIBEIRO, Ana Paula Alves, CID, Gabriel da Silva Vidal e VARGUES, Guilherme
Ferreira. Memórias, territórios, identidades: diálogos entre gerações na região da grande Madureira. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

ROLNIK, Raquel. A cidade e a lei. Legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. São Paulo Fapesp/Studio Nobel, 1999.
SANTOS, André. A. de Oliveira. Os musicais engraxates ambulantes paulistanos: imagens e memórias de dois representantes. Revista Escrita da História , v. 2, p. 13, 2015.
SANTOS, Carlos José Ferreira dos. Nem tudo era italiano: São Paulo e pobreza (1980-1915). São Paulo: Annablume, 1998.
SILVA, Salloma Salomão Jovino da. A polifonia dos protestos negros. MovimentosCulturais e Musicalidades Negras Urbanas nos anos 70/90 em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. São Paulo: PUC-SP, 2000.
SILVA, Vagner Gonçalves da et al. Madrinha Eunice e Geraldo Filme: memórias do carnaval e do samba paulistas. Artes do corpo : memória afro-brasileira. Tradução . São Paulo: Selo Negro, 2004.
SIMSON, Olga Rodrigues de Moraes Von. Carnaval em branco e negro: Carnaval Popular Paulistano--1914-1988. Campinas: Ed. Unicamp; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Imprensa Oficial de São Paulo, 2 007. v. 1, 250p.
TINHORÃO. José Ramos. Pequena História da Música Popular: da modinha a canção de protesto. Rio de Janeiro: Vozes, 1975.

Carga Horária:

10 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 35
 
Ministrantes: Bruno Sanches Baronetti
Tiago Antonio Bosi Concagh


 
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