Atividade

127814 - Antropologia, Arte e Educação: narrativas, cantos, danças e instrumentos ameríndios

Período da turma: 02/08/2025 a 20/12/2025

Selecione um horário para exibir no calendário:
 
 
Descrição: Antropologia, Arte e Educação:
narrativas, cantos, danças e instrumentos ameríndios.


Aula 1: Introdução à antropologia da música
O que entendemos por música e como cada sociedade conceitua e pratica música define diferentes formas do musicar. Discutiremos o conceito de música e os fazeres musicais a partir de leituras na área da Etnomusicologia, e abordaremos etnografias do aprendizado musical: imersão, mímesis e corporalidades.

Aula 2: Vozes e gestos de tradições indígenas.
Ouvindo, conhecendo e praticando cantos e danças das culturas Juruna, Kisedjê, Kamayurá, Djereomitxi, Palikur, Xavante e Terena. Uma abordagem musical de repertórios corporais e vocais em trânsito.

Aula 3: Instrumentos sonoros indígenas: cosmologia, materialidade e sonoridade.
A partir de uma introdução à cosmologia dos instrumentos musicais e sonoros de povos indígenas do Brasil, realizar experiências de escuta, descrição e criação instrumental, desenvolvendo transposições didáticas. Abordaremos também os modos de classificação de instrumentos indígenas, desde Sachs e Hornbostel até as categorias nativas.

Aula 4: Artes indígenas, coleções etnográficas e museus
Na aula procuraremos apresentar, em um primeiro momento, o que se entende por colecionismo, coleção e objeto etnográfico. Depois, se buscará compreender o que se define, na atualidade, como indigenização dos museus. Este conteúdo será trabalhado a partir da bibliografia e de relatos de experiência. O objetivo é mostrar: 1) como se dá a significação e apropriação das artes indígenas – pelos indígenas e não-indígenas – no âmbito dos museus antropológicos; e 2) de que modo a apropriação indígena dos objetos e da instituição museológica está relacionada com os processos de construção da identidade e da memória indígenas.

Aula 5: Introdução às narrativas ameríndias
A aula tratará de oferecer uma introdução ao estudo das narrativas ameríndias das terras baixas da América do Sul. Serão abordados alguns de seus principais aspectos linguísticos, poéticos e culturais, a partir da leitura e interpretação de traduções selecionadas.

Referências Bibliográficas:

ALMEIDA, Berenice de e PUCCI, Magda. A floresta canta! Uma expedição sonora por terras indígenas do Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2014.
AYTAI, Desidério. Cartilha Etnomusicológica. Museu de Antropologia. PUC Campinas, 1976. (Classificação da música Xavante, p. 5 – 9; coreografia, 18 – 19; partitura, p. 46; 18-19).
BARCELOS NETO, A. Visiting the Wauja Indians: masks and other living objects from Amazonian collection. Lisboa: Museu Nacional de Etnologia/Assírio e Alvim, 2004.
BASTOS, Rafael José de Menezes. A musicológica Kamayurá. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999. (“A Noção de IHU”, pag. 129 e 130; e “Sobre a execução”, p.186 a 191.
BASTOS, Rafael. Musicológica Kamayurá. Florianópolis: UFSC, 1999.
BLACKING, John. “Música, cultura e experiência”. In Cadernos de Campo, n. 16, p. 201-218, 2007. http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/50064
CESARINO, Pedro N. Oniska - poética do xamanismo na Amazônia. São Paulo: Perspectiva/FAPESP, 2011.
__________________. Quando a Terra deixou de falar - cantos da mitologia marubo. São Paulo: Editora 34, 2013.
__________________. Cartografias do cosmos: conhecimento, iconografia e artes verbais entre os Marubo. Mana (UFRJ. Impresso), v. 19, p. 437-471.
CUNHA, Manoela Carneiro e CESARINO, Pedro Niemeyer de (ORGs.), Políticas culturais e Povos indígenas. CAPIBERIBE, Artionka, texto 6, Não cutuque a cultura com vara curta: os Palikur e o projeto Ponte entre Povos. Campinas: Editora UNESP, 2014, p.186-191.
HIKIJI, Rose Satiko Gitirana. A música e o risco. Etnografia da performance de crianças e jovens. São Paulo, EDUSP, 2006. Capítulos 2, 3, 4 e 5.
HIKIJI, Rose Satiko. “Das possibilidades de uma audição da vida social”. In HIKIJI, R.S.G. A música e o risco. São Paulo, Edusp/Fapesp, 2006, p. 47-70.
MIRANDA, Marlui (Org.) Ponte entre Povos. São Paulo: SESC Editora, 2005. p.193 - 195.
MIRANDA, Marlui. IHU, Todos os Sons, Livro de Partituras. (Música e dança Tche Nane – Djereomitxi, p. 18 e p. 55 a 59).
OLIVEIRA PINTO, Tiago de. “Som e música: questões de uma antropologia sonora”. In Revista de Antropologia. São Paulo, USP, v. 44, n.1, 2001. http://www.scielo.br/pdf/ra/v44n1/5345.pdf
ROCA, A. Acerca dos processos de indigenização dos museus: uma análise comparativa. Mana, 21(1):123-155. 2015.
________. Museus indígenas na Costa Noroeste do Canadá e Estados Unidos: colaboração, colecionamento e autorrepresentação. Revista de Antropologia, 58(2):117-142. 2015.
SALLES, Pedro P. Adjurona: percursos simbólicos da trompa Karajá. Anais do V ENABET - Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, Belém, 2011, p. 563-575.
SEEGER, Anthony, Porque cantam os Kĩsẽdjê. Uma antropologia musical de um povo amazônico. Cosac e Naif, São Paulo, 2015. p.67 a 79, 181 a 186.
SEEGER, Anthony. “Novos horizontes na classificação dos instrumentos musicais”. In: RIBEIRO, Darcy (ed.) e RIBEIRO, Berta (coord.). Suma Etnológica Brasileira. Volume 3: Arte Índia. Petrópolis: FINEP/Vozes, 1987, p. 173-179.
SILVA, F. A. e GORDON, Cesar. Anthropology in the Museum: Reflections on the curatorship of Xikrin Colletion. Vibrant (Florianópolis), 10:425-468, 2013.
SILVA, F.A. Os Asurini do Xingu no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP). In: CURY et ali. Questões indígenas e museus. Debates e possibilidades. Brodowski: Secretaria de Estado e Cultura/ACAM Portinari/Museu de Arqueollogia e Etnologia. 2012. Pp.163-172.
TERENA, Naine de Jesus, Kohixotí-Kipáe - A Dança da Ema: Memória, Resistencia e Cotidiano Terena. Tese de Mestrado, UNB, Instituto de Artes. Brasília, 2007.
THOMAS, N. The museum as method. Museum Anthropology, 33(1):6-10. 2010.
VELTHEM, L.H. van, O objeto etnográfico é irredutível? Pistas sobre novos sentidos e análises. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi (Ciências Humanas), 7(1):51-66. 2012.
VIDAL, L.B. Kuahí. The indians of the lower Oiapoque and their museum. Vibrant, 10 (1): 387-423. 2013.

Filmes:
O Arco e a Lira. Direção: Priscila Ermei. LISA-USP, 2001
Iburi: trompete dos Tikuna: Direção: Edson Tosta Materezio Filho. São Paulo, PAM, LISA-USP, 2014.
Pulso, um vídeo com Alessandra. Direção: Rose Satiko Gitirana Hikiji. São Paulo: LISA/USP, 2006, 32 min.

Gravações:
CD: Fala de Bicho, Fala de Gente – SESC, SP, 2014.
CD: Etenhiritipá – A’Uwe. Quilombolo Música e Warner Music Brasil Ltda. Núcleo de Cultura Indígena e Associação Xavante de Pimentel Barbosa e Núcleo de Cultura Indígena, São Paulo 1994.
CD: Ponte entre Povos, SESC, SP, 2005.
CD: IHU, Todos os Sons. Pau Brasil, São Paulo, 1995.

Carga Horária:

20 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 60
 
Ministrantes: Marlui Nobrega Miranda
Pedro Paulo Salles


 
 voltar

Créditos
© 1999 - 2025 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP