Atividade

125404 - Curso: A africanidade: empoderando jovens e adultos negros através de canções e da Lei 10.639

Período da turma: 15/07/2024 a 19/07/2024

Selecione um horário para exibir no calendário:
 
 
Descrição: Sinopse: Pensando em ampliar os conceitos de cultura, identidade e educação, que muitas vezes causam confusões e conflitos, especialmente entre a população negra, por serem bastante amplos e poucos discutidos de forma clara, eficaz e eficiente, nos apoiamos na lei 10.639/2003, dividimos o curso em três momentos quando apresentamos fotos e imagens de pessoas comuns e famosas, canções conhecidas ou não, personagens históricos nacionais e internacionais que fazem parte de nosso cotidiano para discutir sobre a formação de nossa identidade, cultura e educação, buscando meios para difundir o conhecimento, esclarecer dúvidas e ampliar o poder de decisão da população negra que ainda sofre com o preconceito, o racismo e a discriminação, em grande parte de sua trajetória. Para melhorar o desenvolvimento do curso uma avaliação é feita ao final de cada momento e ao final concluímos o processo com uma roda de conversa para que cada participante possa contribuir com suas reflexões sobre o desenvolvimento das atividades propostas.

Programa: CRONOGRAMA
O curso está dividido em 4 módulos com carga horária de 5 (cinco) horas cada para as discussões dos conceitos e dos textos que serão indicados no início de cada módulo. As leituras serão de fundamental importância para o bom desenvolvimento de cada momento do curso e ampliação dos conhecimentos dos participantes, além da possibilidade das relevantes contribuições que possam surgir.
1º MOMENTO – QUESTIONAMENTO DA POSTURA SOCIAL (IDENTIDADE) (5h)
• Apresentação Inicial – Dinâmica de apresentação (Nomes, gostos e preferências)
• Vídeos: Vista minha pele / El dueño de los caminos.
• Fala: A importância de “ser”.
– Somos o que acreditamos ser;
– Se não há uma postura social, não há um ser, existe apenas “alguém que sobrevive”;
– É importante ter opinião, posicionar-se na escola, na rua, em casa, na vida...
– Para tanto é preciso “ser alguém”... Só posso me posicionar se me expresso de acordo com um comportamento adequado;
– Até quando? Até quando manterei uma postura “aquém” ao meio em que vivo?
• Discussão orientada pelas problemáticas: Quem somos? Onde vamos? Do que fazemos parte? O que queremos?
• Fala: Problemática: Estamos fazendo parte de algo? Contribuindo para algo?
2º MOMENTO – ESCOLA PARA A POPULAÇÃO NEGRA (EDUCAÇÃO) (5h)
• As relações interpessoais no ambiente escolar.
• Os conteúdos abordados e as forma de abordagem de questões problemáticas.
• Violência física e psicológica no ambiente escolar.
• Assédio moral
• Fala: O diálogo entre escola, família e comunidade.
– Produtividade e interesse dos estudantes durante as aulas.
– Afetividade e empatia no desenvolvimento sociocognitivo dos envolvidos no processo educacional.
– O papel do professor e sua influência na vida dos estudantes e de suas famílias.
– A relação professor/estudante no ambiente escolar e fora dele.
– Há empatia entre os colegas de trabalho? A relação com os estudantes se dá de forma clara, objetiva e eficiente?
• Discussão orientada pelas problemáticas: O que realmente ensinamos/aprendemos na escola? O conteúdo trabalhado condiz com a realidade da comunidade escolar? Quais as contribuições da comunidade para o desenvolvimento social, cultural, ético, étnico e línguístico dos estudantes?
• Fala: Problemática: Como diminuir as distâncias entre os conteúdos e a realidade da comunidade escolar? É possível recuperar valores perdidos com o tempo? Onde está o equilíbrio entre o processo de ensino/aprendizagem e a criação de indivíduos socialmente críticos?
3º MOMENTO – A RELEVÂNCIA DO CONHECIMENTO HISTÓRICO/CULTURAL (CULTURA) (5h)
• A história que não contaram.
• O valor dos saberes na formação dos indivíduos.
• Respeitar o que é do outro, valorizando o que é seu.
• A construção de práticas antirracistas.
• Fala: A resolução de problemas e conflitos nos ambientes de convivência.
– O dilema de avançar com o conteúdo e as discussões sobre africanidade
– A busca pelo conhecimento das raízes
– Humanizando as relações interpessoais no ambiente escolar
– A formação da identidade e consciência coletiva de uma sociedade
– Quais as transferências culturais e históricas podem ocorrer no ambiente escolar? Seguir com o conteúdo ou atender as demandas dos estudantes? Como a escola vê o papel da comunidade escolar e vice versa?
• Discussão orientada pelas problemáticas: Como minimizar os impactos da discriminação, do preconceito e do racismo? É possível valorizar o do outros sem desvalorizar o que é seu? Por onde começar?
• Fala: Problemática: Basta com apresentar os conteúdos e não discuti-los de forma aprofundada? Como chamar a atenção dos estudantes para o que se propõe? A escola e o professor estão preparados para lidar com situações de conflito que envolvem etnia?
4º MOMENTO – AVALIAÇÃO DO CURSO E DEVOLUTIVA
Todos os envolvidos terão um momento para trazerem suas contribuições e análises do curso, avaliando os pontos positivos e negativos. A observância de suas ações será de grande valia para a devolutiva de seu progresso no decorrer do curso.


Referências: BIDART, Claire. Estudiar las redes sociales: Aportes y perspectivas para las ciencias sociales. Miríada: Investigación en Ciencias Sociales, 2009. p. 199–212.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2000. 109 p.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 120 p.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 144p.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação), 2019.
BRONCKART, Jean-Paul; DOLZ, Joaquim. A noção de competência: qual é a sua pertinência para o estudo da aprendizagem das ações de linguagem? In: DOLZ, Joaquim; OLLAGNIER, Edmée (col). O enigma da competência em educação. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004. p. 29-46.
CASSIANO, Célia Cristina de Figueiredo. O mercado do livro didático no Brasil do século XXI: a entrada do capital espanhol na educação nacional. São Paulo: UNESP, 2013.
CHAUÍ, Marilena. A ideologia da competência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo/Autêntica, 2014.
FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso. Construindo o conceito de competência. Revista de Administração Contemporânea, v. 5, n. esp., p. 183-196, 2001.
FREIRE, Paulo. Política e Educação: Ensaios. 5a Ed. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa. O neoliberalismo em ataque ao ensino público. São Paulo: Boitempo, 2019.
MOTA, M. C. A.; OLIVEIRA, T. A.; MONTEFUSCO, Carla. A educação no contexto do neoliberalismo: Reflexões contemporâneas. In: Poison. (Org.). Série Educar - Volume 20 - Políticas Públicas Gestão Escolar - Reflexões. 1ed. Belo Horizonte: Poison, 2020, v. 20, p. 155-161.
SANTOS, William Soares dos. O que é ler e o que é ler literatura?. In: Antonio Andrade. (Org.). Leitura literária em línguas estrangeiras/adicionais: perspectivas sobre ensino e formação de professores. 1ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022, v. 1, p. 19-40.
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria da educação. Currículo Paulista: Educação Infantil e Ensino Fundamental. 2019, 526p.
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria da educação. Currículo Paulista: Ensino Médio. 2020. 301p.
SILVÉRIO, Bruna Maria Silva. Entre o apagamento das diferenças e o sonho da imigração: uma análise discursiva de identidades nos livros didáticos de espanhol. 2019. 378 f. Tese (Doutorado em Estudos de Linguagem) – Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.

Carga Horária:

30 horas
Tipo: Optativa
Vagas oferecidas: 8
 
Ministrantes: Rogério Alexandre das Dores


 
 voltar

Créditos
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP