Atividade

124952 - Desigualdades de gênero na formação e na prática das mulheres-professoras que ensinam Matemática

Período da turma: 28/05/2024 a 08/10/2024

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Descrição: Eixo Transversal (comum a todos os módulos):
● Compreender os diferentes enfoques no ensino de Matemática e analisar criticamente suas bases teóricas e práticas, visando a promoção da justiça social e da equidade educacional.
● Desenvolver a capacidade de escolher abordagens pedagógicas adequadas para diferentes contextos, considerando os aspectos éticos, políticos, culturais e de gênero envolvidos na Educação Matemática.
● Promover uma abordagem inclusiva e livre de estereótipos de gênero no ensino da Matemática, criando um ambiente de aprendizagem igualitário e acolhedor para quem estuda, independentemente de sua identidade de gênero.
● Desenvolver a compreensão sobre a relação entre os conceitos de gênero e as desigualdades no processo de ensino e aprendizagem da Matemática, visando a desconstrução de normas e expectativas de gênero e a promoção da igualdade de oportunidades para quem está na escola.
● Promover a reflexão sobre os papéis sociais atribuídos aos gêneros na construção das identidades matemáticas da pessoa que estuda e sobre o impacto dessas expectativas e experiências no desempenho e na autoestima das crianças.
● Promover uma Educação Matemática baseada na equidade de gênero, estimulando a participação ativa e o empoderamento de todas as crianças, independentemente de seu sexo biológico.

Módulo 1 - Sistema de Numeração Decimal e Números
● Reconhecer como o ensino do Sistema de Numeração Decimal pode ser contextualizado e problematizado em situações do cotidiano, visando não apenas a compreensão dos conceitos matemáticos, mas também a conscientização sobre as estruturas sociais e econômicas que influenciam nossa relação com os números.
● Desenvolver a habilidade de ensinar os conceitos de números, operações e propriedades de forma crítica, incentivando quem estuda a questionar as normas estabelecidas e a explorarem diferentes perspectivas sobre a Matemática e seu papel na sociedade.
● Questionar e analisar criticamente informações numéricas e estatísticas, reconhecendo os vieses e as limitações dos dados apresentados e promovendo uma postura crítica em relação à sua interpretação e uso na tomada de decisões, tanto no âmbito pessoal quanto no coletivo.
● Promover o pensamento crítico ao explorar a relação entre números, estatísticas e a tomada de decisões, estimulando quem estuda a considerar não apenas os aspectos técnicos, mas também os impactos sociais, políticos e éticos das escolhas baseadas em dados numéricos.

Módulo 2 - Resolução de problemas e Cálculos
● Compreender os Campos Conceituais em Matemática de forma crítica, questionando as construções teóricas estabelecidas e explorando alternativas que considerem as diferentes perspectivas e contextos culturais dos estudantes.
● Analisar e elaborar atividades de resolução de problemas baseadas na Teoria dos Campos Conceituais, promovendo uma abordagem que valorize a diversidade de saberes e experiências e que os estimule a exploração de diferentes estratégias.
● Discutir intervenções potentes que contribuam na resolução de problemas, questionando as práticas tradicionais e buscando estratégias pedagógicas mais inclusivas e emancipatórias que promovam o pensamento crítico, a autonomia e o empoderamento durante as aulas de Matemática.
● Promover a análise e a resolução crítica de problemas matemáticos, incentivando e questionando as premissas e os pressupostos subjacentes aos problemas propostos, considerando diferentes pontos de vista na busca por soluções.
● Desenvolver habilidades de resolver diferentes tipos de cálculos de forma crítica, estimulando a compreensão não apenas os procedimentos matemáticos, mas também os significados e as aplicações desses cálculos em diferentes contextos.
● Desenvolver práticas de cálculo mental e algorítmico em sala de aula de forma crítica, destacando não apenas a eficiência dos métodos, mas também os aspectos éticos, sociais e culturais envolvidos na sua utilização.
● Explorar algoritmos matemáticos como uma das ferramentas para a tomada de decisões informadas.
● Compreender a Educação Matemática como uma estratégia de formação para a cidadania crítica, capaz de formar quem estuda a utilizar o conhecimento matemático como uma ferramenta para a compreensão e a transformação das estruturas sociais e políticas que permeiam suas vidas.

Módulo 3 – Medidas e Relações Espaciais
● Formar às professoras para desenvolverem em quem estuda uma compreensão significativa e contextualizada de medidas e relações espaciais, considerando os contextos sociais, culturais e políticos que permeiam o ensino da Matemática.
● Promover o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, através da resolução de problemas relacionados a medidas e relações espaciais.
● Proporcionar às professoras ferramentas que estimulem a habilidades de observação, comparação e classificação de objetos e formas no espaço, visando uma aprendizagem significativa, emancipadora que questione possíveis preconceitos e estereótipos presentes na construção do conhecimento matemático
● Formar às professoras para promoverem a comunicação objetiva e inclusiva das ideias Matemáticas, incentivando o uso de múltiplas linguagens, como oralidade, representações gráficas e linguagem corporal, de modo a ampliar as formas de expressão e participação da pessoa que estuda na construção do conhecimento matemático de forma crítica e democrática.

Módulo 4 – Jogos e Investigação Matemática
● Apresentar jogos e atividades de investigação Matemática de forma a desafiar os estereótipos de gênero, étnico-raciais e socioeconômicos presentes na seleção tradicional de jogos, promovendo uma abordagem inclusiva e diversificada que reflita a realidade sociocultural dos estudantes.
● Desenvolver a habilidade de utilizar jogos não apenas como ferramenta de ensino, mas como instrumento de resistência e transformação social, proporcionando oportunidades para que quem ensina questionem o status quo, explorem diferentes perspectivas e construam conhecimentos de forma crítica e emancipadora.
● Promover a compreensão sobre a investigação Matemática como estratégia para o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia, fortalecendo a capacidade dos estudantes de questionar, argumentar e tomar decisões informadas em relação a questões sociais e políticas, contribuindo para a formação crítica.
● Proporcionar recursos e estratégias para avaliar não apenas o resultado, mas também o processo de aprendizagem durante atividades de jogos e investigação Matemática, valorizando a reflexão crítica, a colaboração e a busca por soluções criativas e socialmente relevantes.

BIBLIOGRAFIA:
Educação Matemática Crítica:
SKOVSMOSE, O. Um convite à educação matemática crítica. Campinas: Papirus, 2014.

VALLE, Júlio César Augusto do (Org.). Paulo Freire e a Educação Matemática: Há uma Forma Matemática de Estar no Mundo. São Paulo: Livraria da Física, 2023.
Gênero e Educação Matemática:
BARBOSA, L. A. L. Masculinidades, feminilidades e educação matemática: análise de gênero sob ótica discursiva de docentes matemáticos. Educação e Pesquisa [S.l], v. 42, n. 3, p. 697- 712, 2016.

BARROS, D. D. Da comunidade LGBT+ para as aulas de matemática: que interlocuções são possíveis? Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, v. 11, n. 2, p. 91- 104, 2021.

CASAGRANDE, L. S.; CARVALHO, M. G. Educando as Novas Gerações: Representações de gênero nos livros didáticos de matemática. 29ª Reunião da ANPEd, Caxambu, Anais, Caxambu, M.G., 2006.

GODOY, E. V.; MUSHA, F. D.; LIMA, Y. C.; SILVA, M. A. Gênero na matemática escolar: um ato de resistência política. Ensino em Re-Vista, [S. l.], v. 27, n. 3, p. 979–1004, 2020.

LOURO, G. L. Gênero, história e educação: construção e desconstrução. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 101-132, 1995.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 2020.
SOUZA, M. C. R. F; FONSECA, M. C. F. R. Conceito de gênero e educação matemática. Bolema, Rio Claro, v. 22, n. 32, p. 29-45, 2009.
Práticas de ensino e aprendizagem de Matemática:
COLL, César. Construtivismo na sala de aula. 6 ed. - São Paulo. Ática, 2009.

BROUSSEAU, G. Introdução ao estudo das situações didáticas: conteúdos e métodos de ensino. São Paulo, Ática, 2008.

HADJI, C. Ajudar os alunos a fazer a autoregulação de sua aprendizagem: por quê? Como? Trad. Laura Pereira. Pinhais: Melo, 2011.

HADJI, C. Avaliação Desmistificada. Trad. Patrícia C. Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

PANIZZA, M. Ensinar matemática na educação infantil e nas séries iniciais. Porto Alegre: Artmed, 2005.

PARRA, C. S. I. (Org.). Didática da Matemática. Reflexões psicopedagógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 17-31, 2009.

PERRENOUD, P. A Prática Reflexiva no Ofício do Professor: Profissionalização e Razão Pedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.

PERRENOUD, P. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

PERRENOUD, P. A Pedagogia na Escola das Diferenças. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2001.

Módulo 1
28/05 – terça-feira – 14h30 às 17h30
04/06 – terça-feira – 14h30 às 17h30
Atividades práticas: 2 horas

Módulo 2
11/06 – terça-feira – 14h30 às 17h30
25/06 – terça-feira – 14h30 às 17h30
Atividades práticas: 2 horas

Módulo 3
06/08 – terça-feira – 14h30 às 17h30
20/08 – terça-feira – 14h30 às 17h30
Atividades práticas: 2 horas

Módulo 4
03/09 – terça-feira – 14h30 às 17h30
17/09 – terça-feira – 14h30 às 17h30
01/10 - terça-feira – 14h30 às 17h30
Atividades práticas: 2 horas

Oficina de encerramento
05/10 – sábado – 9 às 14h
Atividades práticas: 2 horas

Carga Horária:

42 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 30
 
Ministrantes: Maria Ester Duarte Pedrosa Rechi
Vinicio de Macedo Santos


 
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