Apolo

Atividade

122687 - CIRURGIA DE TRANSPLANTE DE FÍGADO

Período da turma:

01/05/2024 a 30/04/2026

Selecione um horário para exibir no calendário:

Descrição:

Ementa:
A proposta da Disciplina está baseada no fato de que atualmente apesar de o transplante de fígado ser a única forma de tratamento dos pacientes com doença hepática crônica, progressiva, irreversível e fatal e dos doentes com insuficiência hepática aguda grave (hepatite fulminante), sua prática ainda é inexistente na maioria dos Estados da Federação Brasileira.

Conteúdo Programático:
Os temas a serem tratados abrangerão os seguintes aspectos relacionados ao transplante de fígado:
1. Organograma e logística do transplante de fígado no Brasil, destacando-se: políticas públicas, legislação, indicações, critérios de inclusão na lista de candidatos e de alocação do enxerto.
2. Problemática do doador de órgãos e da logística da captação.
3. Técnicas da cirurgia do doador falecido e do doador vivo do enxerto hepático.
4. Preservação do enxerto hepático e lesão de isquemia e reperfusão. Disfunção e não- funcionamento primário do enxerto.
5. Técnicas da cirurgia do receptor do transplante de fígado de doador falecido e de doador vivo.
6. Imunologia e imunossupressão.
7. Complicações técnicas, imunológicas e infecciosas do transplante de fígado.
8. Recidiva da doença hepática após o transplante de fígado.
9. Impacto dos fatores de risco na fisiopatologia das complicações do transplante de fígado, destacando-se: condições especiais do doador, do enxerto, do receptor e da doença primária do fígado.
10. Análise da sobrevida do doente e do enxerto e estudo dos fatores prognósticos.
11. Controvérsias e linhas de pesquisa clínica e experimental.

Este conteúdo será desenvolvido através de aulas teóricas, aulas práticas e seminários, da seguinte forma:
Aulas teóricas:
1. O transplante de fígado no Brasil. Legislação e ética dos transplantes.
2. Seleção do doador e do enxerto. Logística da captação de órgãos.
3. Cirurgia do doador e preservação do enxerto hepático. Fatores de risco e fisiopatologia da disfunção e do não-funcionamento primário do enxerto.
4. Critérios de inclusão na lista de candidatos e de alocação de enxertos hepáticos: impacto na mortalidade na lista de espera e nos resultados do transplante de fígado.
5. Fatores de risco com impacto na conduta anestésica do transplante de fígado.
6. Técnicas cirúrgicas do transplante de fígado com doador falecido. Fatores de risco e complicações cirúrgicas associadas.
7. Técnicas cirúrgicas do transplante de fígado inter-vivos. Fatores de risco e complicações cirúrgicas associadas.
8. Patologia do transplante de fígado: correlação com a fisiopatologia das complicações e com os resultados.
9. Risco imunológico e fisiopatologia da rejeição. Imunossupressão.
10. Risco de infecção no transplante de fígado.
11. Hepatite auto-imune, cirrose biliar primária, colangite esclerosante primária: análise da sobrevida, fatores prognósticos e risco de recidiva após o transplante de fígado.
12. Controvérsias e linhas de pesquisa clínica e experimental em transplante de fígado.

Seminários:
1. Hepatites virais B e C e transplante de fígado: análise da sobrevida, fatores prognósticos e risco de recidiva.
2. Câncer do fígado e transplante de fígado: análise da sobrevida, fatores prognósticos e risco de recidiva.
3. Hepatite fulminante e transplante de fígado: etiopatogenia, análise da sobrevida e fatores de risco e prognósticos.
Aulas práticas:
Serão desenvolvidas através de visitas clínicas à enfermaria; participação em reuniões científicas e de discussão de casos clínicos; observação de cirurgias e de atendimento ambulatorial; e observação de atividades experimentais no laboratório de investigação médica.

Bibliografia:
Baseada em artigos originais e de revisão publicados em revistas científicas internacionais indexadas que serão atualizados através de consultas ao PubMed e ao Portal Periódicos – CAPES.
BIBLIOGRAFIA
1. Bacchella T e Machado MCC – The first clinical liver transplantation of Brazil revisited. Transplant Proc 36(4):929-930, 2004.
2. Bacchella T, Figueira ERR, Makdissi FF, Rocha-Santos V, Martino RB, Andraus W, Canedo LF, Machado MAC e Machado MCC. Biliary reconstruction without T – tube in liver transplantation. Transplant Proc 36(4):931-932, 2004.
3. Bacchella T, Pugliese V, Herman P, Monteiro da Cunha JE e Machado MCC. Transplante de Fígado - In Tópicos em Gastroenterologia 5. Castro LP, Savassi-Rocha PR e Cunha-Melo JR. MEDSI Editora Médica e Científica Ltda. Rio de Janeiro, 1994, p.613.
4. Busuttil RW, Tanaka K. The utility of marginal donors in liver transplantation. Liver Transpl.2003 Jul;9(7):651-63.
5. Cattral MS, Lilly LB, Levy GA. Immunosuppression in liver transplantation. Semin Liver Dis.2000;20(4):523-31.
6. Colardyn F. Organizational and ethical aspects of living donor liver transplantation. Liver Transpl. 2003 Sep;9(9):S2-5.
7. Conti F, Morelon E, Calmus Y. Immunosuppressive therapy in liver transplantation.J Hepatol. 2003 Nov;39(5):664-78.
8. Freeman RB Jr, Wiesner RH, Roberts JP, McDiarmid S, Dykstra DM, Merion RM. Improving liver allocation: MELD and PELD. Am J Transplant. 2004;4 Suppl 9:114-31.
9. Freeman RB Jr. MELD and liver allocation: continous quality improvement. Hepatology 40(4):787-789, 2004.
10. Freman RB. The impact of the model for end-stage liver disease on recipient selection for adult living liver donation. Liver Transpl. 2003 Oct;9(10 Suppl 2):S54-9.
11. Kanazawa A, Platt JL.Prospects for xenotransplantation of the liver. Semin Liver Dis.2000;20(4):511-22.
12. Kim WR, Dickson ER. Timing of liver transplantation. Semin Liver Dis.2000;20(4):451-64.
13. Malago M, Testa G, Marcos A, Fung JJ, Siegler M, Cronin DC, Broelsch CE. Ethical considerations and rationale of adult-to-adult living donor liver transplantation. Liver Transpl. 2001 Oct;7(10(:921-7.
14. Merion RM.When is a patient too well and when is a patient too sick for a liver transplant? Liver Transpl. 2004 Oct;10(10 suppl 2): S69-73
15. Neuberger J. Developments in liver transplantation. Gut. 2004 May;53(5):759-68.
16. Neuberger JM, Lucey MR. Living-related liver donation: the inevitable donor deaths highlighted the need for greater transparency. Transplantation. 2004 Feb 27; 77(4):489-90.
17. Ohkohchi N. Mechanisms of preservation and ischemic/reperfusion injury in liver transplantation. Transplant Proc. 2002 Nov;34(7):2670-3.
18. Sauer P, Schemmer P, Uhl W, Encke J.Living-donor liver transplantation: evaluation of donor and recipient. Nephrol Dial Transplant. 2004 Jul;10 Suppl 4:iv11-5
19. Starzl TE, Demetris AJ, Van Thiel D. Liver Transplantation (1) N Engl J Med. 1989 Oct 12;321(15):1014-22.
20. Starzl TE, Demetris AJ, Van Thiel D. Liver Transplantation (2) N Engl J Méd. 1989 Oct 19;321(16):1092-9.
21. Sugawara Y, Makuuchi M. Advances in adult living donor liver transplantation: a review base don reports from the 10th anniversary of the adult-to-adult living donor liver transplantation meeting in Tokyo. Liver Transpl. 2004 Jun;10(6):715-20.
22. Tanaka K, Kiuchi T, Kaihara S. Living related liver donor transplantation: techniques and caution. Surg Clin North Am. 2004 Apr;84(2):481-93.
23. Van Thiel DH, Nadir A, Shah N. Liver transplantation: who and when? Transplant Proc 2002 Sep;34(6):2465-7.
24. Wang VS, Saab S. Liver Transplantation in the era of model for end-stage liver disease. Liver Int. 2004 Feb;24(1):1-8.
25. Wiklund RA. Preoperative preparation of patients with advanced liver disease. Crit Care Med. 2004 Apr;32(4Suppl):S106-15.

Carga Horária:

1920 horas

Tipo:

Obrigatória

Vagas oferecidas:

Ministrantes:

Paulo Herman

voltar