Atividade

121847 - Introdução à Psicofarmacologia Clínica EaD 2024

Período da turma: 25/03/2024 a 13/05/2024

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Descrição: Desde tempos imemoriais sabe-se que substâncias químicas introduzidas no organismo podem modificar estados psíquicos. Álcool, ópio, haxixe, cocaína e alucinógenos foram amplamente utilizados pelas mais diversas civilizações, associados as práticas de cura, de união com os deuses e com o sagrado, de revelações e puramente hedonistas.
Em 1860, o químico alemão Albert Nieman extraiu da folha de coca seu alcaloide, a cocaína, que foi comercializada 20 anos depois, e seus efeitos terapêuticos como estimulante e no tratamento da dependência a morfina foram sugeridos. Em seguida foi utilizada nas patologias psiquiátricas mais diversas, como para combater a histeria, a hipocondria, os distúrbios da melancolia e o estupor.
Todavia, somente na década de 1950 o uso de fármacos com eficácia no tratamento psiquiátrico foi comprovado dando início a moderna Psicofarmacologia.
A introdução da Clorpromazina por Delay e Denicker em 1952 foi o início da moderna Psicofarmacologia e o marco de uma revolução na terapêutica psiquiátrica que acabou por afetar o conjunto das ciências e a visão que o Homem tem de si mesmo.
Em 1960, com a introdução do clordiazepóxido iniciava-se a era dos benzodiazepínicos que vieram a substituir, com grandes vantagens, os barbitúricos no tratamento farmacológico dos estados de ansiedade.
Na década de 70 ocorreu a difusão do uso de sais de lítio e de medicações inicialmente utilizadas na epilepsia (carbamazepina e ácido valpróico) como estabilizadores do humor.
Nos anos 80 foram introduzidos na terapêutica os neurolépticos chamados atípicos e uma nova classe de antidepressivos, os ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina).
Nos anos 90 proliferaram os ISRS e foram lançados os IRSN (inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina) e os ISRN (inibidores seletivos de recaptação da noradrenalina).
O uso de fármacos no tratamento de distúrbios psiquiátricos tem se tornado mais preciso com a evolução e precisão dos diagnósticos clínicos. Também, o conhecimento dos mecanismos moleculares envolvidos nas ações dos psicotrópicos tem contribuído para o entendimento das bases neuroquímicas destes distúrbios, o que levou a criação das disciplinas de Biologia Psiquiátrica e Psicofarmacologia.
Todos estes fármacos serão abordados em nosso curso enfatizando seus mecanismos moleculares e suas aplicações clínicas.
Referências bibliográficas
-Aizenstein, M.L.- Introdução a Psicofarmacologia Clínica, 2ª edição, Clube de
Autores, São Paulo, 2019.
-Brunton, L. et al. - In: Goodman & Gilman Manual de Farmacologia e Terapêutica,
Artmed, Porto Alegre, 2010.
-Ferreira, P.E.M.; Martinib, R.K.- Cocaína: lendas, história e abuso. Rev. Bras.
Psiquiatr., 23(2):96-9, 2001.
-Graeff, F.G. & Guimarães F.S.- Fundamentos da Psicofarmacologia 2ª edição
Atheneu, São Paulo, 2012.
-Khaderi, S.A. Alcohol and Alcoholism. Clin Liver Dis 23: 1–10, 2019.
https://doi.org/10.1016/j.cld.2018.09.009
-Zuardi, A.W. History of cannabis as a medicine: a review. Rev. Bras. Psiquiatr.
28(2):153-7, 2006.

Carga Horária:

32 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 200
 
Ministrantes: Moacyr Luiz Aizenstein


 
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