Atividade

115860 - NEPF - Gerenciamento dos distúrbios da comunicação nas fissuras labiopalatinas e disfunção velofaríngea

Período da turma: 01/03/2024 a 28/02/2026

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Descrição: EMENTA
A promoção da saúde, assim como a prevenção, o diagnóstico e a intervenção nos distúrbios da comunicação em pacientes com síndromes genéticas e anomalias craniofaciais é mais eficiente e eficaz quando envolve interdisciplinaridade entre a fonoaudiologia e demais áreas da saúde e educação. Para que as intervenções tenham impacto positivo e custo-benefício otimizados é importante um treinamento especializado do fonoaudiólogo. Esta disciplina propõe oferecer ao residente a oportunidade de participar dos atendimentos fonoaudiológicos voltados para o gerenciamento dos distúrbios da comunicação nas fissuras labiopalatinas e disfunção velofaríngea, visando prevenção, diagnóstico e tratamento dos distúrbios da comunicação.

OBJETIVO
Desenvolver habilidades e competências para o gerenciamento dos distúrbios da comunicação nas fissuras labiopalatinas e disfunção velofaríngea com enfoque na prevenção, diagnóstico e reabilitação fonoaudiológica.

PROGRAMA DE ATIVIDADES
O programa de atividades clínicas para gerenciamento dos distúrbios da comunicação envolverá atividades na Seção de Fonoaudiologia e, quando pertinente, em demais setores do HRAC-USP onde o fonoaudiólogo atua, tendo enfoque na documentação e gerenciamento da comunicação (desenvolvimento e distúrbios). As atividades que serão realizadas pelos residentes incluem:
1. Avaliação de audição e fala em atendimento ambulatorial pré e pós palatoplastia primárias e secundárias (avaliação ambulatorial preventiva, de controle e pré e pós internações).
2. Avaliação de fala em atendimento ambulatorial pré e pós próteses de palato e obturadores faríngeos.
3. Documentação e análise da fala para estabelecimento de indicadores do resultado do gerenciamento da fissura e da disfunção velofaríngea.
4. Avaliação nasofaringoscópica e videofluoroscópica para o gerenciamento da disfunção velofaríngea e indicação da melhor conduta de tratamento (conduta cirúrgica, protética, fonoterapêutica ou aguardar evolução do caso).
5. Planejamento e implementação da terapia fonoaudiológica, incluindo atendimentos presenciais e telemonitoria e teleassistência fonoaudiológica.
6. Realização de orientação de pais e cuidadores sobre alimentação, fala e audição por meio da atuação na Fono-Preventiva.
7. Estudo de caso e preparo de relatórios fonoaudiológicos para profissionais que realizam o tratamento fonoaudiológico na cidade de procedência.
8. Discussão de casos clínicos com equipe interdisciplinar.
9. Participação em reuniões de estudos com apresentação e discussão de casos clínicos e temas de interesse na área, refletindo sobre a prática profissional do fonoaudiólogo em ambiente hospitalar.
10. Participação em atividades de elaboração de materiais multimídia para ensino e para orientação e treinamento de cuidadores.
11. Realização de atendimentos no Plantão Fonoaudiológico.

METODOLOGIA
Os residentes serão distribuídos nos vários setores do HRAC-USP onde são realizadas as atividades fonoaudiológicas e terão oportunidades para observar e executar o gerenciamento dos distúrbios da comunicação, incluindo: avaliação clínica da fala e audição; avaliação instrumental da fala e audição; discussão de casos para estabelecer o diagnóstico e definição da melhor conduta para o tratamento; realização do planejamento terapêutico para prevenção e reabilitação de distúrbios da comunicação; realização da fonoterapia (presencial e remota); participação em atividades de gerenciamento dos dados e documentação dos resultados do tratamento.
Recursos audiovisuais: multimídia e/ou ferramentas de tecnologia educacional (moodle: E-Disciplina / USP Extensão).

SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Tanto o processo ensino-aprendizagem quanto o residente serão avaliados de forma interativa por meio de observações e discussões das práticas e interações entre o residente e seus preceptores, pacientes, familiares e demais profissionais do HRAC-USP. Esta disciplina clínica envolverá atividades práticas, observacionais, documentais, de pesquisa e em modalidade de telessaúde.

BIBLIOGRAFIA
FERNANDES, F. D. M.; MENDES, B. C. A.; NAVAS, A. L. P. G. P. (Org.). Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca; 2010. 864p.
FERREIRA, L. P.; LOPES, D. M. B.; LIMONGI, S. C. O. (Org.). Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca; 2004. 1104p.
JESUS, M. S. V.; DI NINNO, C. Q. M. S. (Org.). Fissura labiopalatina: Fundamentos para a prática fonoaudiológica. São Paulo: Roca, 2009. 258p.
SILVA, H. J.; TESSITORE, A.; MOTTA, A. R.; CUNHA, D. A.; BERRETIN-FELIX, G.; MARCHESAN, I. Q. (Org.). Tratado de Motricidade Orofacial. 1ed. São José dos Campos-SP: Pulso Editorial, 2019. 848p.
TRINDADE, I. E. K.; SILVA FILHO, O. G. (Org.). Fissuras labiopalatinas: uma abordagem interdisciplinar. São Paulo: Editora Santos; 2007. 337p.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ACPA (2017). Parameters for evaluation and treatment of patients with cleft lip/palate or others craniofacial anomalies. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1055665617739564. American Cleft Palate-Craniofacial Association (ACPA). Acesso em: 29 ago. 2022.
BZOCH, K. R. (Ed.) Communicative disorders related to cleft lip and palate. 5th.ed. Austin: Proed; 2004. 866p.
GOLDING-KUSHNER, K. J. Therapy techniques for cleft palate speech and related disorders. San Diego: Singular, 2001. 175p.
KUMMER, A W. Cleft palate and craniofacial anomalies: the effects on speech and resonance. Delmar Cengage Learning; 3rd edition; 2013. 768p.
KUMMER, A. W.; MARSHALL, J. L.; WILSON, M. M. Non-cleft causes of velopharyngeal dysfunction: Implications for treatment. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology. 2015;79:286-295.
PEGORARO-KROOK, M. I.; DUTKA-SOUZA, J. C. R.; MARINO, V. C. C. Nasoendoscopy of velopharynx before and during diagnostic therapy. J Appl Oral Sci. 2008;16(3):181-8.
PETERSON-FALZONE, S. J.; TROST-CARDAMONE, J.; KARNELL, M. P.; HARDIN-JONES, M. A. The clinician´s guide to treating cleft palate speech. St Louis: Mosby; 2016. 336p.
SCARMAGNANI, R. H.; BARBOSA, D. A.; FUKUSHIRO, A. P.; SALGADO, M. H.; TRINDADE, I. E. K.; YAMASHITA, R. P. Correlação entre o fechamento velofaríngeo, hipernasalidade, emissão de ar nasal e ronco nasal em indivíduos com fissura de palato reparada. CoDAS 2015;27(3):267-72.

Carga Horária:

2304 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 4
 
Ministrantes: Adriana Guerta de Souza
Andrea Cristina de Almeida Santos Farah
Cristina Guedes de Azevedo Bento Gonçalves
Daniela Maria Cury Ferreira Ruiz
Giovana Rinalde Brandão
Haline Coracine Miguel
Maria Daniela Borro Pinto
Melina Evangelista Whitaker Siécola
Melissa Zattoni Antoneli
Renata Paciello Yamashita
Rosana Prado de Oliveira
Sílvia Helena Alvarez Piazentin Penna
Tatiane Totta Salgado


 
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