Atividade

113898 - O caminho do Alabê - Metodologia de Raquel Trindade

Período da turma: 17/08/2023 a 23/11/2023

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Descrição: Aula 1
Família Solano Trindade:
A casa de Raquel, a casa de Solano e Margarida. Legados e métodos de defesa antirracista por meio da cultura ancestral. O ensino pela convivência ancestral dos ritmos e danças brasileiras.

Aula 2
Organização da religião dos Orixás no Brasil.
O negro no continente africano, a escravização, a travessia e a criação do Candomblé.

Aula 3
Os Orixás:
Quem são os Orixás e o que eles querem de nós em 2023. Para onde ir e quais os nossos anseios de oração.

Aula 4
Sincretismo e intolerância na religiosidade brasileira:
A necessidade de se buscarem caminhos para a sobrevivência da religião. Resistência e rendição.

Aula 5
Vá cuidar de sua vida:
Os sacerdotes. Babalorixás, Yalorixás, Ekedjis e Ogas. A chegada da pessoa branca no mundo dos Orixás: mudanças, problemáticas e benefícios.


Aula 6
As influências da música nos Orixás na música brasileira:
Lobo de Mesquita, Padre José Mauricio Nunes Teixeira, Maestro Abigail Moura, Moacir Santos, Pixinguinha, Bosco e Blanc, Gil e a baianidade nagô, blocos afro e bailes funk.

Aula 7
Ogas
Sacerdote ou músico. O profissional e o amador, Alabes, Axoguns, Colofes, funções no Ilê, o Oga na rua.

Aula 8
Ogas II - Instrumentação
Tambores, agogôs, agbês, e outros instrumentos rituais. História, sonoridades, manutenção.

Aula 9
Ogas III
Ritmos dos Orixás

Aula 10 (com Elis Trindade)
Sobre Margarida Trindade:
Terapeuta Ocupacional que trabalhou no Centro Psiquiátrico Pedro II como apoio da psiquiatra Nise da Silveira. Co-criadora do Teatro Popular Brasileiro. Professora de danças brasileiras da Mestra Raquel Trindade.

Aula 11 (com Vitor e Elis Trindade)
Ogas IV
Coreografia dos Orixás

Aula 12 (com Vitor e Elis Trindade)
Ogas V
Maracatus, cocos, samba rural e de lenço, jongo mineiro e fluminense, guerreiros de Alagoas


Os mestres:
Vitor da Trindade
Nos seus mais de 50 anos como artista, Vitor apresenta-se em várias cidades do Brasil e também pelas Américas do Sul e Central, Europa, África e Ásia mostrando as várias linguagens de seu trabalho, que passa além dos shows, pelos palcos do teatro, cinema e circo, como compositor, músico, professor e dançarino e atualmente como escritor, palestrante e pesquisador.
O artista também é Ogan Alabê Omoloyê do Ilê Axé Jagun, iniciado por Pai Kilombo há 35 anos. Foi iniciado artisticamente na adolescência como músico e dançarino do Teatro Popular Brasileiro fundado por seus avós e onde continua até hoje no agora renomeado Teatro Popular Solano Trindade (TPST) onde Vitor é herdeiro, presidente e diretor artístico desde 2018, ano de falecimento de sua mãe. O TPST é formador de profissionais que divulgam este trabalho dentro e fora do Brasil, praticando, estudando e ensinando os ritmos e danças da cultura negra apoiados no mote de Solano; “Pesquisar na fonte de Origem e Devolver ao Povo em Forma de Arte”.
Vitor tem 66 anos, é casado com a bailarina Elis Trindade, tem seis filhos carnais e um adotivo. Seu trabalho é extremamente envolvido com as tradições familiares. Representante da cultura dos griots, sobas e djelis africanos como seus antepassados, traz em sua bagagem um repertório muito grande como artista da música preta.
Trabalha como percussionista com Mateus Aleluia, Revista do Samba e outros, é compositor com trabalhos como Pregões do Rio, do álbum “Novo, mais e melhor”, de David Byrne, e nos seus sete álbuns próprios que se iniciam em 2001 com o projeto Ayrá Otá com Carlos Caçapava. Segue entre projetos brasileiros e europeus com o trio Revista do Samba e outros artistas, finalizando com seu álbum solo Ossé – Vitor da Trindade em 2015, quando envereda pelo mundo acadêmico pesquisando sobre os músicos do Candomblé e escrevendo o livro “Oganilu, O Caminho do Alabê” editado e lançado em 2019, quando inicia seu mestrado em etnomusicologia pela ECA-USP, defendido em 2021, que será livro lançado em julho de 2023. Ainda em 2022 edita “A Vela Branca de Oxalá”, livro de crônicas e poesias. Em 2023 segue em projeto de doutorado em filosofia com o mesmo tema na Universidade de Weimar na Alemanha, país onde viveu de 2001 a 2006 e foi pela primeira vez convidado a oferecer workshop de música brasileira em 1998 no Festival Samba Syndrom da Landesmusikakademie (Academia Federal de Música) em Berlim.
O artista também é Ogan Alabê Omoloyê do Ilê Axé Jagun, iniciado por Pai Kilombo há 35 anos. Foi iniciado artisticamente na adolescência como músico e dançarino do Teatro Popular Brasileiro fundado por seus avós e onde continua até hoje no agora re-nomeado Teatro Popular Solano Trindade (TPST) onde Vitor é herdeiro, presidente e diretor artístico desde 2018, ano de falecimento de sua mãe. O TPST é formador de profissionais que divulgam este trabalho dentro e fora do Brasil, praticando, estudando e ensinando os ritmos e danças da cultura negra apoiados no mote de Solano; “Pesquisar na fonte de Origem e Devolver ao Povo em Forma de Arte”.



ELIS TRINDADE
Trabalha na Escola de Bailado da Secretaria de Cultura de Taboão da Serra, em curso regular de Dança Afro-brasileira Contemporânea e também com dança inclusiva para deficientes visuais e Mentais em parceria junto à Secretaria de Saúde do mesmo município. Coreógrafa e coordenadora cultural do Teatro Popular Solano Trindade.
Seu trabalho é focado em aulas que contemplem e reforcem a ideia da dança contemporânea afro-brasileira. Um grupo de aulas que mostram as várias vertentes possíveis trazidas pela cultura afrodescendente, que inclui as danças populares e as coreografias ancestrais trazidas pelas danças religiosas, tanto no contexto da tradição africana quanto no encontro em solo brasileiro com as culturas indígenas e a cultura europeia. Ekedji Abian do Ilê Axé Jagun.
Tem como referência principal o Teatro Popular Solano Trindade. Raquel Trindade a instruiu como sua substituta na direção coreográfica do grupo que existe desde 1974, e que tem como raiz o Teatro Popular Brasileiro formado por Solano Trindade e Dona Margarida da Trindade desde 1950. No repertório o maracatu do Recife, o jongo mineiro e fluminense, os guerreiros de Alagoas e outras danças tradicionais, incluindo movimentos dos Orixás que fazem referencias aos elementos da natureza
Trabalhou como camareira e supervisora de governança em um resort de Porto de Galinha Pernambuco, distrito de sua cidade natal Ipojuca. Em São Paulo trabalhou como garçonete e recepção de eventos do Restaurante Buenos Aires em Embu das Artes. Em seguida foi assessora e secretária de Matilde Ribeiro ministra chefe da SEPPIR , como apoiadora em seu trabalho com a CONAQ- Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas e também com o Movimento Negro na Assembléia Legislativa em São Paulo. Foi recepcionista da Secretaria de Saúde de Taboão da Serra. Durante este tempo graduou-se em Artes com habilitação em dança na Faculdade Paulista de Artes oferecendo aulas de dança nos Caps ,CECO e UBSs pelo SUS em Taboão da Serra. Em 2019 presta concurso para a Secretaria de Cultura e ainda atua nas UBS, Caps e Polos de Cultura de Taboão. Em 2020 é convidada a estar como Coordenadora da CEPIR (Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial).

Bibliografia e referências:

BARROS, José Flávio Pessoa de. Olubajé, Uma Introdução à Música Sacra Afro-brasileira – Intercom-UERJ. Rio de Janeiro, 1999.

DA TRINDADE, Vitor - Oganilu, O Caminho do Alabê . São Paulo, Independente,2019.

DE YEMANJÁ - Mãe Beata. Caroço de Dendê - A Sabedoria dos Terreiros - como Yalorixás e Babalorixás passam conhecimento a seus filhos. RJ, Pallas Editora, 2008.

GOLDMAN, Marcio. Do outro Lado do tempo - Sobre Religiões de Matriz Africana. RJ, Editora Sete Letras (Viveiros de Castro), 2023.

NASCIMENTO, Abdias do. O Quilombismo – Documentos de uma Militância Pan-africanista. Brasília, Fundação Cultural Palmares, 2002.

OLIVEIRA, Lulla, VICENTE, Tânia e DE SOUZA, Ogan Raul. Ritmos do Candomblé – Songbook. RJ, Abbetira Artes e Produções, 2008.
OMINARÊ, Babalorixá (Wilton do Lago Vialle). Candomblés de Keto – Quarta Edição. RJ, Editora Pallas,1985.

PINTO,Tiago de Oliveira. Music as Living Heritage and Essay on Intangible Culture. Weimar, Edition Emwas – University of Music Franz List, 2018.

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. SP, Companhia das Letras, 2007.

SILVA, Vagner Gonçalves. Caminhos da Devoção Brasileira. São Paulo, Edições Selo Negro, 2005.

SMALL, Christopher. Musicking, The Meanings of Perfoming and Listening. New England, London, Wesleyan University Press, 1998.

SOUZA, Vitor Israel Trindade de. O Ogan Otum Alabê – Sacerdote e Músico no Ilê Axé Jagun – Dissertação de Mestrado – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021.

SOUZA, Vitor Israel Trindade de. O RAP da Felicidade e o Rap do Silva: Música de Protesto. Revista da Tulha Volume 06 num 02, São Paulo, USP, 2020.

SOUZA, Vitor Israel Trindade de. O ritual de Candomblé Refletido na Sala de Espetáculo: Troca de Ideias Sobre e Com O Texto “O caráter Social da música de Cristopher Small. Revista da Tulha Volume 06 num 01. São Paulo, USP, 2020.

TRINDADE, Solano. Cantares ao Meu Povo. São Paulo, Editora fulgor. 1961.

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. São Paulo, Editora Corrupio – Quarta edição, 1993.

Carga Horária:

36 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 120
 
Ministrantes: Elis Sibere dos Santos Monte Trindade de Souza
Vitor Israel Trindade de Souza


 
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