Atividade

113560 - Aspectos de sociabilidade na contemporaneidade digitalizada

Período da turma: 13/08/2024 a 29/08/2024

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Descrição: Na contemporaneidade permeada por contextos digitais diversos, o individual e o social, o humano e o não-humano estão crescentemente imbricados em redes relacionais e sociotécnicas de ação, mediação e delegação. Atentar para as interações que perfazem estas redes nos leva a refletir sobre as características de persistência, replicabilidade, escalabilidade e buscabilidade e nas modulações nas subjetividades e nos modos de sociabilidade que elas ensejam.

Objetivos (até 10 linhas)
Esta disciplina discute as transformações em andamento nos modos de ser e de estar juntos em um mundo crescentemente mediado por tecnologias e ambientes digitais. Objetiva-se constituir uma compreensão adensada e crítica em relação à participação dos dispositivos comunicacionais na organização semiótica da atenção; a complexidade da modulação fina da exposição de si nas diversas interações em sites de rede social e serviços de comunicação instantânea; o coaching midiático das subjetividades; as dinâmicas do entretenimento na convocação do consumidor conectado, dentre outras questões candentes do contemporâneo. Urge repensar e desconstruir mitos que equacionam juventude e tecnologias, naturalizam competências, promovem o determinismo tecnológico, o imperativo das performances ultra-humanas, o show do eu e novas formas de bullying social.

Conteúdo
Aula 1 – Transformações nos regimes de atenção; a convocação do consumidor conectado às redes de comunicação, sociabilidade e negócios; entretenimento e lógicas de consumo; apropriações mercantis do user-generated content e o mito do consumidor ‘empoderado’.
Aula 2 – O coaching midiático das subjetividades; a estetização do cotidiano; as dinâmicas de regulação da exposição de si e o imperativo das performances ultra-humanas.
Aula 3 – Da sociedade disciplinar à sociedade de controle: o show do eu e a imersão 24/7 como nova forma de superego institucional.
Bibliografia
AIDAR PRADO, J. L. (2015). Convocações biopolíticas dos dispositivos comunicacionais. S. Paulo: Educ, Fapesp.
BOYD, D. (2011). Social Network Sites as Networked Publics: Affordances, Dynamics, and Implications. In Z. Papacharissi (Org.), A networked self: identity, community and culture on social network sites (p. 39–58). New York: Routledge.
BOYD. D.; ELLISON. N. (2008) Network Sites: Definition, History, and Scholarship Social. Journal of Computer-Mediated Communication 13(1), 210-230.
BOYD, D. (2014). It's Complicated: The Social Lives of Networked Teens. New Haven: Yale University Press.
CASTRO, G. G. S. (2012). Entretenimento, Sociabilidade e Consumo nas Redes Sociais: cativando o consumidor-fã. Revista Fronteiras - estudos midiáticos, vol. 14, nº 2, p. 133-140.
CRARY, J. (2013). 24/7 - Late capitalism and the ends of sleep. Londres e Nova York: Verso.
CRAWFORD, M. (2015). The Cost of Paying Attention. The New York Times, Opinion, 07/03/2015. Disponível em http://www.nytimes.com/2015/03/08/opinion/sunday/the-cost-of-paying-attention.html?_r=0 (último acesso em 22/10/2016).
DELEUZE, G. (1992) Post-scriptum sobre a sociedade de controle. In: Conversações: 1972 –1990. Rio de Janeiro: Ed. 34.
DUARTE, G. C. A.; CASTRO, G. G. S. (2016). A Constituição do Consumidor Conectado na Comunicação Mercadológica Contemporânea: reflexões sobre estratégias publicitárias online. Disponível em http://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0238-1.pdf (último acesso em 22/10/2016).
Ellison, N. B.; Boyd, D. M. (2013). Sociality Through Social Network Sites. In W. H. Dutton (Org.), The Oxford Handbook of Internet Studies (p. 151‐ 172). Oxford: Oxford University Press.
FERRIER, M. (2016). After Fomo: five more feelings of angst in the social media age. The Guardian. Fashion Shortcuts. 18/01. Disponível em https://www.theguardian.com/fashion/shortcuts/2016/jan/18/fomo-five-more-feelings-angst-social-media-acronyms (último acesso em 22/10/2016).
PRIMO, A. (2014). Industrialização da amizade e a economia do curtir: estratégias de monetização em sites de redes sociais. In: Lídia Oliveira; Vania Baldi. (Orgs.). A insustentável leveza da web: retóricas, dissonâncias e práticas na sociedade em rede. Salvador: EDUFBA, p. 109-130. Disponível em http://www.academia.edu/13208711/Industrializa%C3%A7%C3%A3o_da_amizade_e_a_economia_do_curtir_estrat%C3%A9gias_de_monetiza%C3%A7%C3%A3o_em_sites_de_redes_sociais (último acesso em 22/10/2016).

SIBILIA, P. (2016). O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.

Leituras Complementares:
CASTRO, G. G. S.; JUNQUEIRA, A. H. (2014). Metodologias de pesquisa em Internet. In: D. Pedemonte (Org.), Comunicación Aplicada: teoria y método. Saragoza: Comunicación Social.
DANS, E. (2014). El absurdo e infundado mito del nativo digital. Descarregado de https://www.enriquedans.com/2014/06/el-absurdo-e-infundado-mito-del-nativo-digital.html (último acesso em 22/10/2016).
SCHNEIER, B. (2015). How we sold our souls – and more – to the internet giants. The Observer. Big Data. 15/05/2015. Disponível em https://www.theguardian.com/technology/2015/may/17/sold-our-souls-and-more-to-internet-giants-privacy-surveillance-bruce-schneier (último acesso em 22/10/2016).
SEVCENO, N. (2001), Virando séculos: a corrida para o século XXI no loop da montanha russa. São Paulo: Cia das Letras.

SEVCENKO, N. (1998). O grande motim. Folha de S.Paulo, Caderno Mais, 20/09/98. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs20099805.htm (último acesso em 22/10/2016).

SIBILIA, P. (2012) Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro:

Carga Horária:

20 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 50
 
Ministrantes: Amanda Chevtchouk Jurno
Maria Clotilde Perez Rodrigues


 
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