Atividade

113270 - Tramas: Umberto Eco entre Semiótica e Literatura

Período da turma: 05/09/2023 a 31/10/2023

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Descrição: Irônico e rigoroso, erudito e popular, escritor de ficção e professor de semiótica, autor de televisão e
crítico cultural, medievalista e teórico de vanguarda: Umberto Eco foi isso e muitas outras coisas, e
seus escritos, com sua variedade temática e estilística, fizeram dele um dos mais ecléticos e
influentes intelectuais italianos da segunda metade do século XX.
Este percurso não pretende percorrer todo o arco da sua pesquisa intelectual, mas antes dirigir a
atenção para alguns pontos particularmente significativos que têm atravessado transversalmente
tanto o seu ensaio como a sua ficção: o problema da interpretação e os seus limites (quando é que
uma interpretação pode ser considerado razoável? Quais são as condições que o tornam possível?
Existem interpretações mais razoáveis ​​do que outras?); suas teorias sobre storytelling (quais
características definem literatura “baixa” e “alta”? Qual é a importância da literatura de consumo?
Quais são as especificidades da escrita ficcional?); e prática narrativa, seus pastiches e romances
(que papel eles desempenham na obra geral de Eco? Qual a importância da ironia? E o que seria o
pós-modernismo para Eco?). São temas que, recorrentes com frequência, permitem não só traçar um
percurso específico dentro da obra do autor, mas também devolver uma imagem global do que Eco
foi para a cultura italiana da época.

Nos últimos anos de sua vida, Eco dedicou-se com bastante frequência ao exame de teorias da
conspiração e sua disseminação. Olhando mais de perto, talvez uma das características mais
salientes deste autor, ao longo de toda a sua carreira intelectual, consistisse na vontade de relacionar
a sua atividade de investigação com a conjuntura social e política atual, com os desafios e ameaças
do presente.
Este curso chama-se "Tramas: Umberto Eco entre semiótica e literatura", e refere-se, com uma
única fórmula, a todos os aspectos mencionados até agora: os enredos da narrativa, com as suas
técnicas, cruzamentos e tramas; mas também as tramas tramadas pelos personagens dos romances
de Eco, como no Pêndulo de Foucault ou no Cemitério de Praga.

BONDANELLA, Peter, Umberto Eco and the Open Text: semiotic, fiction, popular culture,
Cambridge University Press, Cambridge, 1997.

CAPOZZI, Rocco, Interpretation and Overinterpretation. The rights of texts, readers and implied
authors, in Reading Eco. An anthology, a cura di R. Capozzi, Indiana University Press,
Bloomington-Indianapolis, 1997, pp. 217-234.
——————, Revisiting History: Conspiracies and Fabrication of Texts in “Foucault’s Pendulum”
and “The Prague Cemetery”, in «Italica», Vol. 90, No. 4, Winter 2013, pp. 620-649.
——————, Umberto Eco’s “Numero zero”: A j’accuse” of Forgeries, Lies, Conspiracies and
Bitter Truths, in «Italica», Vol. 92, No. 1, Spring 2015, pp. 222-240.

ECO, Umberto, Apocalittici e integrati, La nave di Teseo, Milano, 2011.
——————, Apocalipticos e Integrados, tradução de Rodolfo Ilari e Carlos Vogt, Perspectiva, São
Paulo, 1993.

——————, I limiti dell’interpretazione, La nave di Teseo, Milano, 2016.
——————, Os Limites da Interpretação, tradução de Pérola de Carvalho, Perspectiva, São
Paulo, 2015.

——————, Il cimitero di Praga, Bompiani, Milano, 2010.
——————, O cemetério de Praga, tradução de Joana Angélica d’Ávila Melo, Record, Rio de
Janeiro, 2011.

——————, Il nome della Rosa, La nave di Teseo, Milano, 2022.
——————, O nome da Rosa, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de
Andreade, Record, rio de Janeiro, 1986.

——————, Il pendolo di Foucault, La nave di Teseo, Milano, 2018.
——————, O Pêndulo de Foucault, tradução de Ivo Barroso, Bestbolso, XXXXXX Boston,
2007.

——————, Il superuomo di massa, La nave di Teseo, Milano, 2016.
——————, O super-homem de massa, tradução de Pérola de Carvalho, Perspectiva, São Paulo,
1991.

——————, Interpretazione e sovrainterpretazione, Bompiani, Milano,1992.
——————, Interpretação e Superinterpretação, Martins Fontes, São Paulo, 2005.
——————, Introduzione. La semiosi ermetica e il “Paradigma del velame”, in L’idea deforme.
Interpretazioni esoteriche di Dante, a cura di Maria Pia Pozzato, Bompiani, Milano, 1989, pp. 9-37.
——————, Lector in fabula, La nave di Teseo, Milano, 2020.
——————, Lector in fabula, tradução de Attilio Cancian, Perspectiva, São Paulo, 2011.

——————, Numero zero, Bompiani, Milano, 2019.
——————, Número zero, tradução de Ivone Benedetti, Record, Rio de Janeiro, 2015.
——————, Sei passeggiate nei boschi narrativi, La nave di Teseo, Milano, 2018.
——————, Seis passeios pelos bosques da ficção, tradução de Hildegard Feist, Companhia das
Letras, São Paulo, 1994.
——————, Sette anni di desiderio, Bompiani, Milano, 2018.
——————, Viagem na Irrealidade cotidiana, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero
Freitas de Andrade, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1984.
——————, Sugli specchi e altri saggi, La nave di Teseo, Milano, 2018.
——————, Sobre os Espelhos e Outros Ensaios, Relógio D’Água, Lisboa, 2016.

——————, Tra menzogna e ironia, La nave di Teseo, Milano, 2020.
——————, Entre a mentiria e a ironia, tradução de Eliana Aguiar, Record, Rio de Janeiro, 2006.

POLIDORO, Pietro, Il limite è il ragionevole, in Sara G. Beardsworth and Randall E. Auxier (eds.),
La filosofia di Umberto Eco, La nave di Teseo, Milano, 2017, pp, 181-199.

MUSALLA-SCHRØDER, Ulla, “Enciclopedia” e “mondi possibili”: storia, finzione e
falsificazione nei romanzi di Umberto Eco, in Sara G. Beardsworth and Randall E. Auxier (eds.), La
filosofia di Umberto Eco, La nave di Teseo, Milano, 2017, pp. 582-605.

TRAINITO, Marco, Umberto Eco: Odissea nella biblioteca di Babele, Il Prato, Padova, 2014, pp.
205-227.

Carga Horária:

30 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 45
 
Ministrantes: Alessandro Carmine Viola


 
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