108145 - O que é ciberativismo em saúde? |
Período da turma: | 30/01/2023 a 03/02/2023
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Descrição: | Ementa: No Brasil, a saúde é direito de todo cidadão e dever do Estado, cabendo-lhe atender às necessidades da população. Como construções sociais, as políticas de saúde são formuladas e reformuladas a partir de debates entre diversos atores sociais, que expressam seus interesses e demandas em espaços de discussão política. O ciberespaço se mostra uma nova arena participativa, sem as amarras das estruturas institucionais. O curso pretende promover o debate, a reflexão e a experimentação do ciberativismo como uma forma de participação social nas políticas públicas de saúde, pensando a relação entre democracia e participação popular na saúde, entre comunicação e ativismo político na luta pelo reconhecimento e pela garantia do direito à saúde, e ainda as relações do ciberativismo em saúde com sobrevivência, subjetividade e política, e produção de cuidado, de existências e de demandas em saúde. Conteúdo programático: 1. Saúde é democracia – participação social nas políticas públicas de saúde, dos antecedentes do Movimento da Reforma Sanitária à institucionalização dos Conselhos e Conferências de Saúde; 2.Comunicação e saúde – ciberespaço, sociedade em rede, e a diversidade de conceitos e de formas de ciberativismo (ativismo em rede, ativismo digital, webativismo, ativismo on-line, electronic advocacy, net-ativismo e e-ativismo); 3. Sobrevivência e produção do cuidado – ciberativismo e a relação com nosso corpo, com os outros e com a sociedade em que vivemos; 4. Subjetividade e produção de existências – constituição de sujeitos da rede ciberativista; 5. Política e produção de demandas – ciberativismo e participação/controle social pelas mídias digitais para exigir do Estado o cumprimento de suas obrigações na promoção, no tratamento e na recuperação da saúde como um direito individual e coletivo no Brasil.
Referências bibliográficas: ACT PROMOÇÃO DA SAÚDE. Guia de ações de advocay para a agenda 2030. São Paulo: ACT Promoção da Saúde, 2020. Disponível em: AITH, F. M. A. Direito à saúde e democracia sanitária: experiências brasileiras. Revista de Direito Sanitário, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 85-90, 2014. doi: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v15i3p85-90; ALBUQUERQUE, W. B.; BURITI, R. F.; VENERA, R. A. L. S. Ciberativistas da saúde: percurso histórico de suas mobilizações sociais e políticas. In: ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA – ANPUH-SC, 17., 21-24 ago. 2018, Joinville. Anais... Joinville, SC: ANPUH-SC, 2018. Disponível em ALIGIERI, D. Ciberativismo em diabetes: “lutamos por vidas, não por likes”. [Dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, 2021. 224 p.; ALIGIERI, D.; LOUVISON, M. C. P.; SILVA, E. A. Ciberativismo em diabetes e a participação social na saúde através das mídias digitais. Diálogo com a Economia Criativa, Rio de Janeiro, v. 4, n. 12, p. 88-105, set./dez. 2019. doi: http://dx.doi.org/10.22398/2525-2828.41288-105; ALIGIERI, D. Reflexões biopolíticas: rotas de fuga dos pacientes (des)controlados. Rede Humaniza SUS, 30 jun. 2017. Disponível em: ARAÚJO, R. P. A.; PENTEADO, C. L. C.; SANTOS, M. B. P. Democracia digital e experiências de e-participação: webativismo e políticas públicas. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 22, supl., p. 1597-1619, dez. 2015 . doi: https://doi.org/10.1590/S0104-59702015000500004; CALIMAN, L. V. Os bio-diagnósticos na era das cidadanias biológicas. Cadernos de Subjetividade, v. 1, p. 112-119, 2012. doi: https://doi.org/10.2354/cs.v0i14.38495; CARVALHO, S. R.; TEIXEIRA, R. R. Políticas da própria vida e o futuro das práticas médicas: diálogos com Nikolas Rose (Parte 3). Interface, Botucatu, v. 21, n. 60, p. 221-230, mar. 2017. doi: https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0848; COSTA, R. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Interface, Botucatu, v. 9, n. 17, p. 235-248, mar./ago. 2005. doi: https://doi.org/10.1590/S1414-32832005000200003; DESLANDES, S. F. O ativismo digital e sua contribuição para a descentralização política. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, n. 23, v. 10, p. 3133-3136, out. 2018. doi: https://doi.org/10.1590/1413-812320182310.21122018; FERIGATO, S. H.; TEIXEIRA, R. R.; CAVALCANTI, F. O. L.; DEPOLE, B. F. Potências do CiberespaSUS: redes sociais como dispositivos de políticas públicas de saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 23, n. 10, p. 3277-3286, out. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320182310.14082018; GOMES, M. S. Ativismo social na internet: a ampliação da arena de lutas sociais. In: Núcleo de Informação e Comunicação do Ponto BR. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas organizações sem fins lucrativos brasileiras: TIC Organizações Sem Fins Lucrativos 2016. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2017. p. 35-40. Livro eletrônico; KARHAWI, I. Influenciadores digitais: conceitos e práticas em discussão. Revista Communicare, v. 17, p. 46-61, 2017; LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 2015; NUNES, R. Atores e práticas ciberativistas no Brasil: o esboço de uma história. In: COMPOLÍTICA, 8., 15-17 maio 2019, Brasília, DF. Anais... Brasília, 2019. Disponível em: OMS. ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. mSalud: uso de las tecnologías móviles inalámbricas en la salud pública. Consejo Ejecutivo. 139ª Reunión. Punto 6.6 del orden del día provisional. 27 maio 2016. Disponível em ORTEGA, F. Práticas de ascese corporal e constituição de bioidentidades. Cadernos Saúde Coletiva, v. 11, n. 1, p. 59-77, jan./jun. 2003; PAIM, J. S. Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1723-1728, 2018. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.09172018; PEREIRA NETO, A.; BARBOSA, L.; SILVA, A.; DANTAS, M. L. G. O paciente informado e os saberes médicos: um estudo de etnografia virtual em comunidades de doentes no Facebook. Históti, Ciências, Saúde –Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 22, p.1653-1671, 2015. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-59702015000500007; PESSONI, A. Comunicação para a saúde em ambientes colaborativos: o empoderamento do paciente. Organicom – Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, São Paulo, v. 9, n. 16-17, p. 67-78, 2012. doi: https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2012.139129; TEIXEIRA, R. R.; FERIGATO, S.; LOPES, D. M.; MATIELO, D. C.; SARDENBERG, M. L.; SILVA, P.; MARTINS, L. R.; PEDROZA, R. G. Apoio em rede: a Rede HumanizaSUS conectando possibilidades no ciberespaço. Interface, Botucatu, v. 20, n. 57, p. 337-348, 2016. doi: https://doi.org/10.1590/1807-57622014.1217. |
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Carga Horária: |
20 horas |
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Tipo: | Obrigatória | ||||
Vagas oferecidas: | 30 | ||||
Ministrantes: |
Débora Aligieri Marco Akerman |
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