107328 - Formação de Doulas |
Período da turma: | 01/08/2022 a 05/08/2022
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Descrição: | Público-alvo:
O curso Formação de Doulas é oferecido a alunas regularmente matriculadas no curso de Obstetrícia e inscritas no PAPFE. Formato do curso: O curso será ministrado na modalidade online via meet e presencialmente na EACH/USP. Objetivo: Pretende-se, com o curso, que as alunas possam exercer a ocupação de Doula ainda durante a graduação, se assim desejarem, como uma fonte de renda que auxilie na permanência estudantil e como uma oportunidade de desenvolver habilidades no cuidado a gestantes, parturientes e puérperas. Justificativa: A atuação da doula, no período gravídico-puerperal, se configura com base no modelo de atenção humanizada. São adotados como valores fundamentais o apoio físico e emocional à mulher durante a gestação, parto e puerpério. Além disso, configura um importante modelo de garantia dos direitos das mulheres gestantes, uma vez que chama atenção para a importância do seu protagonismo ao longo deste período, com incentivos ao empoderamento e acesso a informações transparentes ao longo deste percurso. Atualmente, a ocupação da doula no Brasil é regulamentada pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) de acordo com o código 3221-35, classificada como uma ocupação da área da saúde. Embora sua inserção e atuação venha sendo mais reconhecida no ambiente institucional, ainda é desconhecida por muitos profissionais da saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Horta (2008), evidencia-se que quando há acompanhamento qualificado no parto, como a atuação e técnicas empregadas pelas doulas, os resultados apontam para a diminuição das horas de trabalho de parto, menor índice de cesáreas eletivas, promoção do aleitamento materno e diminuição do uso de anestésicos e ocitocina sintética. Estes resultados são capazes de promover transformações significativas nos serviços de saúde, orientado pelas políticas públicas de humanização do pré-natal, parto e nascimento. Plano de ensino: Módulo 1: Contexto Histórico e Contemporâneo da Doula Módulo 2: A Doula como agente de mudança Módulo 3: Cuidado como ferramenta de trabalho Módulo 4: Ética e legislação no contexto da assistência Módulo 5: Anatomia e fisiologia maternas Módulo 6: Práticas de cuidado no pré-natal Módulo 7: Fisiologia do trabalho de parto e parto Módulo 8: Práticas de cuidado durante o trabalho de parto e parto Módulo 9: Fisiologia da amamentação Módulo 10: Práticas de cuidado no puerpério Principais Referências: FONSECA, I.; FREITA, R.C.M.; RIL, S.Y. Movimento de doulas no Brasil: trajetória das atrizes na construção de uma cultura de não violência obstétrica. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress. Florianópolis, 2017, ISSN 2179-510X. PINTO, D.M.; JORGE, M.S.B.; PINTO, A.G.A.; VASCONCELOS, M.G.F.; CAVALCANTE, C.M.; FLORES, A.Z.T.; de ANDRADE, A.S. Projeto terapêutico singular na produção do cuidado integral: uma construção coletiva. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 20, n. 3, p. 493-502, set. 2011. SOUZA, C.R.F.; DIAS, M.D. História oral: a experiência das doulas no cuidado à mulher. Acta Paulista de Enfermagem, v. 23, n. 4, p. 493-499, 2010. PENZANI, R. Por uma nova cultura de parto, homens aprendem a ser doulos. Lunetas [online], 28 abr. 2017. Bibliografia: ALVES, P.H.M; SALGUEIRO, C.D.B.L.; ALEXANDRE, A.C.S.; OLIVEIRA, G.F. Reflexões sobre o cuidado integral no contexto étnico-racial: uma revisão integrativa. Ciência e saúde coletiva, v. 25, n. 6, p. 2227-2236, mai 2020. BOFF, L. O cuidar e o ser cuidado na prática dos operadores de saúde. Ciência e saúde coletiva, v. 25, n. 2, p. 392, jun 2020. MANENTE, M. V.; RODRIGUES, O.M.P.R. Maternidade e trabalho: associação entre depressão pós-parto, apoio social e satisfação conjugal. Pensando fam., v. 20, n. 1, p. 99-111, jul. 2016. ROMAGNOLO, A.N.; COSTA, A.O.; SOUZA, N.L.; SOMERA, V.C.O.; GOMES, M.B. A família como fator de risco e de proteção na gestação, parto e pós-parto. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 38, n. 2, p.133-146, jul./dez. 2017. ASSELLI, A.L.S.; TEIXEIRA, A.T.J. A adoção do parto humanizado e a lei da doula. Revista de Iniciação Científica e Extensão da Faculdade de Direito de Franca, [S.l.], p. 31 - 47, 1 jun. 2018. RODRIGUES, D.P.; ALVES, V.H.; PENNA, L.H.G.; PEREIRA, A.V.; BRANCO, M.B.L.R.; SOUZA, R.M.P. O descumprimento da lei do acompanhante como agravo à saúde obstétrica. Texto contexto, vol. 26, n. 3, 2017. SILVA, A.L.N.V.; NEVES, A.B.; SGARBI, A.K.G.; SOUZA, R.A. Plano de parto: ferramenta para o empoderamento de mulheres durante a assistência de enfermagem. Revista de Enfermagem da UFSM [Online], v. 7, n. 1, p. 144 – 151, 2017. Bibliografia: MOORE, K.L. et al. Anatomia orientada para a clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. CUNNINGHAM, F.G. et al. Obstetrícia de Williams. 24ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Ministério da Saúde. Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. DINIZ, S.G.; DUARTE, A.C. Parto normal ou cesárea? O que toda mulher deve saber (e todo homem também). Interface – Comunicação, Saúde, Educação, v. 9, n. 17, p. 409-18, 2005. PIO, D.A.M.; CAPEL, M.S. Os significados do cuidado na gestação. Revista Psicologia e Saúde, v. 7, n. 1, 2015. RODRIGUES, J.P.; de LIMA, M.H.; JANUÁRIO, J.F.; GUEDES, T.S. Práticas integrativas em saúde no período gestacional. Brazilian Journal of Health Review, v. 1, n. 2, p. 268-74, 2018. BIO, E. O corpo no trabalho de parto: o resgate do processo natural do nascimento. 1ª ed. São Paulo: Summus Editorial, 2015. 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Zorzetto, R. Mil dias que valem uma vida. Pesquisa FAPESP, 2011. Disponível em: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. |
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Carga Horária: |
36 horas |
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Tipo: | Optativa | ||||
Vagas oferecidas: | 20 | ||||
Ministrantes: |
Isabella Fontes Monteiro Patrícia Wottrich Parenti |
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