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Atividade

105784 - Humanidades, diversidade e educação emancipatória: fundamentos e práticas insurgentes em sala de aula

Período da turma:

13/06/2022 a 26/09/2022

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Descrição:

Ementa:
Uma educação exclusivamente voltada para o aprendizado da técnica, pautada pela apropriação de conhecimentos técnico-científicos ou para a “formação da consciência” apenas, pouco contribui para o desenvolvimento do sentido de humanidade, conforme preconizara Adorno (1995) em seus escritos sobre educação. Há que se propiciar uma experiência formativa, voltada à emancipação da humanidade do jugo de uma razão tecnicista e instrumental, que acabou sendo responsável pela indústria da morte durante as duas grandes guerras e pela colonização bárbara dos povos não brancos em África, nas Américas e no Oriente Médio.

Avaliação:
A avaliação da disciplina, e o controle de frequência, se dará por meio da elaboração de um portifólio individual. Este portifólio será composto de produções que representem a sua compreensão sobre os conteúdos trabalhados em cada uma das videoaulas da disciplina, podendo ser empregadas diferentes linguagens na sua produção. O essencial será que o cursista demonstre que houve compreensão do conteúdo abordado na videoaula.

Programa:
1. Educação e Emancipação- uma abordagem filosófica, segundo Theodor W. Adorno, Ângela Davis e bell hooks
2. Educação antirracista para o Ensino Médio: uma abordagem sociológica da pluralidade cultural e o rompimento com os silenciamentos na escola
3. Por uma pedagogia antirracista – diálogos entre o movimento negro educador e Paulo Freire.
4. O documentário de Eduardo Coutinho como didática da reminiscência e como diálogo do oprimido – uma abordagem social e estética do cinema em sala de aula
5. Comunidades Quilombolas e Organização Política Comunitária: Saberes e Práticas libertárias na educação
6. Histórico da Lei 10.639/03: da luta dos movimentos sociais aos desafios para a sua implementação
7. A Dimensão Educativa da Capoeira nas Relações Étnico-raciais e a Lei 10.639/03
8. A Pedagogia Hip-Hop na prática docente: como relacionar o Hip-Hop com o ambiente escolar
9. O rap como potência de letramento: caminhos de uma educação emancipatória
10. Contribuições de Frantz Fanon para uma educação emancipatória – uma abordagem psicossocial da questão racial
11. Cantoras negras brasileiras e norte-americanas no cenário da música afro-diaspórica: uma abordagem estética e histórica dos modelos de identificação para as novas gerações em suas conquistas e percalços

Avaliação:
Será solicitado ao final do curso um breve ensaio que relacione as temáticas tratadas de duas aulas a serem selecionadas pelo próprio aluno, com base na bibliografia indicada.

Bibliografia:
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.

BRACCO, S. Exílio na cidade: algumas reflexões. Revista Brasileira de Psicanálise. Volume 52, n23, p. 239-250. (2018).

BRACCO,S. 2006. Exclusão e humilhação social: algumas considerações a cerca do trabalho com crianças e adolescentes In: Amaral, Mônica do. (org.). Educação, psicanálise e direito . São Paulo: Casa do Psicólogo.

CALADO, Maria da Glória. A Educação e as relações étnicorraciais In: CALADO, Maria da Glória. Escola e enfrentamento do racismo: as experiências das professoras ganhadoras do Prêmio Educar para a Igualdade Racial. 2013. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013, p. 78-110. doi:10.11606/T.48.2013.tde-25032014-133053. Acesso em: 01 jul. 2020.

CARONE, Iray. Adorno em Nova York. Os estudos de Princeton sobre a música no Rádio (1938–1941). São Paulo: Editora Alameda, 2018.

COUTINHO, Eduardo. O cinema documentário e a escuta sensível da alteridade, v. 15, jul./dez. 1997. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/view/11228.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

DIAS, C. C. A pedagogia hip-hop: consciência, resistência e saberes em luta. Curitiba: Appris, 2019. (Cap. 5).

EDWARDS, P. How to rap: the art and science of the hip-hop MC. Chicago, IL, Chicago Review Press, 2009.

FANON, F. “Racismo e cultura” (Texto da intervenção de Frantz Fanon no 1.° Congresso dos Escritores e Artistas Negros em Paris, em Setembro de 1956. Publicado no número especial de Présence Africaine, de jun.-nov. de 1956.). Disponível em: http://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/38512/0

FANON, F. “A experiência vivida do negro”. In:___. Pele negra, máscaras brancas. (Cap. 5: p. 103-126). Disponível em: https://www.geledes.org.br/frantz-fanon-pele-negra-mascaras-brancas-download/

FERNANDES, Ana Claudia Florindo. O rap e o letramento: a construção da identidade e a constituição das subjetividades dos jovens na periferia de São Paulo. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, 2014. – São Paulo: (s.n.), 2014. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-08122014-145049/pt-br.php.

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

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HILL, M. L. Batidas, rimas e vida escolar: pedagogia hip hop e as políticas de identidade. Petrópolis: Vozes, 2014. (Cap. 6).

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_______. Olhares negros: raça e representação. Tradução de Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019.

JESUS, Rodrigo Ednilson de. Mecanismos eficientes na produção do fracasso escolar de jovens negros: estereótipos, silenciamento e invisibilização. Educ. rev., Belo Horizonte, v. 34, e167901, 2018. Disponível em: .

JESUS, Rodrigo Ednilson de; MIRANDA, Shirley Aparecida de. O processo de institucionalização da lei n.º 10.639/03 In: GOMES, Nilma Lino (Org). Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva da Lei 10.639/2003. Brasília: MEC, UNESCO, 2012. Disponível em: .

NASCIMENTO, Abdias do. O Genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado. Editora Perspectiva 2016-SP. (Ler Cap. X)

SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

SANTOS, V. S. dos. A roda de capoeira e seus ecos ancestrais e contemporâneos: reflexões sobre a importância da capoeira como cultura ancestral, arte e esporte no currículo escolar a partir das canções e da linguagem corporal. In: AMARAL, M. do; REIS, R.; SANTOS, E.; DIAS, C. Culturas ancestrais e contemporâneas na escola: novas estratégias didáticas para a implementação da Lei 10.639/2003. São Paulo: Alameda, 2018. p. 29-68.

SANTOS, V. S. dos. A roda de capoeira e seus ecos ancestrais e contemporâneos. São Paulo: Ed. Essencial, 2020.

SMITH, William E. O hip-hop e suas conexões com a diáspora africana. In: AMARAL, M. do e
CARRIL, L. O hip-hop e as diásporas africanas na modernidade: uma discussão contemporânea sobre cultura e educação. São Paulo: Alameda Editorial/FAPESP, 2015. p. 93-105.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Núcleo de Inclusão Educacional. Narrativas quilombolas: dialogar - conhecer - comunicar. SILVA, Silvane; BOTÃO, Renato Ubirajara dos Santos. Textos, SANTOS, Acácio Sidinei Almeida; NORTE, Sergio Augusto Queiroz. São Paulo: SE, 2017. (pags. 5-43). Disponível em: https://drive.google.com/file/d/14M3PgvdZos3wTjFGogJfxHEL_MFW2BT7/view.

TEJERA, Daniel B. O. Conversas com versos: o rap na disciplina da História como meio de estudo autobiográfico. In: AMARAL, M. do; REIS, R.; SANTOS, E.; DIAS, C. Culturas ancestrais e contemporâneas na escola: novas estratégias didáticas para a implementação da Lei 10.639/2003. São Paulo: Alameda, 2018. p.143-182.

OLIVEIRA JR., Wenceslao M. de. Grafar o espaço, educar os olhos: rumo a geografias menores. Pro-Posições, Campinas, v. 20, n. 3, p. 17-28, dez. 2009. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73072009000300002&lng=pt&nrm=iso

Clipes e vídeos:
Clipe introdutório – Voz Ativa, uma releitura do rapper Dexter, Coruja, BC1, DJ KL Jay e DJ Will: https://www.youtube.com/watch?v=gVVjp9ap1d4

Vídeo: Empoderadas Raízes Quilombolas: https://www.facebook.com/programaempoderadas/videos/quilombo-ribeirão-grande-nilce-pereira-empoderadas/1095711883925343/

Bro Mc`s. Eju Orendive. Dourados, 2010 Disponível em: https://www. vagalume.com.br/bro-mcs/eju-orendive.html.

Daniel Garnet & Peqnoh. Serviço de Preto. Piracicaba: Pegada de Gigante, 2015. Disponível em: . Acesso em 21 março de 2018.

Carga Horária:

30 horas

Tipo:

Obrigatória

Vagas oferecidas:

100

Ministrantes:

Monica Guimaraes Teixeira do Amaral

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