100047 - Injustiças urbanas, segregação e políticas públicas: um estudo de filosofia política |
Período da turma: | 02/03/2021 a 30/03/2021
|
||||
|
|||||
Descrição: | Descrição do curso:
Como devemos combater as desigualdades nas cidades? Os filósofos políticos têm debatido essa questão do ponto de vista da segregação residencial. Existem duas teses principais na literatura recente. Uma delas é a proposta integracionista focada em defender que a justiça socioeconômica nas cidades deve ser alcançada por meio da realocação de grupos desvantajosos em bairros mais prósperos. A segunda é a proposta redistributiva baseada na ideia de que a justiça socioeconômica nas cidades deve ser realizada por programas de transferência de renda. Embora estes sejam projetos diferentes, vamos discutir como exatamente seu diagnóstico normativo se aproxima e difere um do outro. Mais precisamente, este curso de extensão busca estudar autores chaves neste debate, como Elizabeth Anderson, Tommie Shelby, Iris Young, Lélia Gonzalez, clarificar o diagnóstico normativo sobre a razão da segregação ser uma injustiça estrutural e histórica e, por fim, propor soluções práticas para combatê-la. 1) O que é segregação? - Aula 1 - Segregação espacial e social - Tilly, C. (2005) “Relational orignis of inequality”, in: Tilly, C. Identities, Boundaries, and Social Ties: Routledge: London - Anderson, E. (2010) “Segregation and social inequality, in: Anderson, E. The Imperarive of Integration: Pricenton Press. - Marques, E (2005). “Elementos conceituais da segregação, da pobreza urbana e da ação do Estado”, in Eduardo Marques e Haroldo Torres (orgs), São Paulo. Segregação, pobreza e desigualdades sociais. São Paulo: SENAC. - Aula 2 – A segregação nas cidades é uma questão contextual? O caso dos Estados Unidos e do Brasil -Maloutas, T. “Residential Segregation in Context”, in: Residential segregation in comparative perspective, Fujita and Maloutas (orgs), Routledge Press. - Gonzalez, L. (2019) “A categoria política-cultural da Amefricanidade”, in: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro. - Stanley, S (2017). “How not to integrate”, in: Stanley, S. An Impossible Dream? Racial integration in the United States, Oxford Press. 2) Por que a segregação é uma injustiça? - Aula 3 – Questões estruturais e histórias -Young, I. (2011). “Structure as the subject of justice”, in: Young, I. Responsability for Justice, Oxford Press. -Nuti. A. (2019) “The Structural Reproduction of Unjust History”, in: Nuti, A. Injustice and the reproduction of history: structural inequalities, gender and redress, Cambridge Press. - Aula 4 - Questões morais, políticas e econômicas -Anderson, E. (2010) “Racial segregation today: a normative assessment”, in: Anderson, E. The Imperarive of Integration, Pricenton Press. -Shelby, T. (2014). “Integration, Inequality, and Imperatives of justice: A review essay”. Philosophy and Public Affairs, 42, no3. pp. 253-285. 3) Como devemos mitigar ou eliminar a segregação nas cidades? - Aula 5 – Analisando as propostas relacionais, baseada em ações democráticas e integracionistas -Young, I. (2000) “Residential segregration and regional democracy”, in: Young, I. Inclusion and democracy, Oxford Press. -Anderson, E. (2010) “The imperative of integration”, in: Anderson, E. The Imperarive of Integration: Pricenton Press. - Aula 6 - Analisando as propostas distributivas, baseadas em recursos e poder -Shelby, T. “Community”, in: Shelby, T. (2016) Dark Ghettos: injustice, dissent, and reform. Harvard University -Stanley, S. “How to integrate: the redistribution of power”, in: Stanley, S. (2017) An Impossible Dream? Racial integration in the United States, Oxford Press. 4) Balanço das propostas, aplicando critérios de justiça - Aula 7 - Critérios intrínsecos e instrumentais -Fragoso, K. Integration: Political, not Physical, forthcoming: draft paper. -Poama, A. (2020). “Staying in or moving out ? Justice and the abolition of the Dark ghetto”. European Journal of Political Theory, vol. 19 (1), pp128-138. |
||||
Carga Horária: |
14 horas |
||||
Tipo: | Obrigatória | ||||
Vagas oferecidas: | 100 | ||||
Ministrantes: |
Katarina Pitasse Fragoso |
voltar |
Créditos © 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP |