Formar profissionais em nível superior com capacidade de compreender a interferência humana no sistema climático terrestre, bem como conhecer os seus principais vetores (i.e., mudança de uso da terra – urbanização, desmatamento e agricultura, sistema energético, sistemas de transporte, indústria). Dar condições para os alunos desenvolverem um pensamento crítico sobre os cenários climáticos previstos para as próximas décadas e com isso discernirem sobre os principais instrumentos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Viabilizar a compreensão da crise climática associada às bases da sustentabilidade global e às Agendas Climática, Ambiental e Urbana. Fornecer bases teóricas suficientes para propiciar a análise das projeções futuras sobre o clima da Terra e buscar associações com os desafios da sustentabilidade planetária debatidas no âmbito local, nacional e global.
Introdução ao Sistema Terra, com ênfase na formação e evolução da atmosfera. Mudanças climáticas no passado e presente da Terra. Conceitos e bases teóricas das mudanças climáticas por causa natural e antropogênica. Interações e processos naturais entre compartimentos terrestres e ciclos biogeoquímicos. Causas e consequências das mudanças climáticas, com ênfase na mudança de uso da terra. Adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Diretrizes internacionais, políticas públicas e a intersecção das Agendas Climáticas e de Sustentabilidade (Agenda 2030). As Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC) e a sustentabilidade global (aspectos econômicos, sociais e ambientais). Atividades de extensão universitária.
- Breve história da Terra, com ênfase na formação e evolução da atmosfera terrestre;- Mudanças climáticas na história da Terra (escalas de tempo geológica e ecológica)- Sistemas atmosfera-hidrosfera-criosfera-biosfera-litosfera- Ciclos biogeoquímicos e marcadores isotópicos de mudanças climáticas (ciclo da água e do carbono) - Conceitos e histórico das mudanças climáticas antropogênicas (impactos humanos, revolução industrial e atualidade), - O Antropoceno e os principais drivers das mudanças climáticas antropogênicas no mundo (setores de energia, construção, indústria, transporte) e no Brasil (agricultura, desmatamento e urbanização);- Eventos climáticos extremos, ordenamento territorial, riscos geológicos e saúde planetária (ênfase em áreas altamente urbanizadas);- Estratégias de adaptação e mitigação das mudanças climáticas (Soluções baseadas na Natureza – SbN, Florestas Urbanas); - O debate nacional e internacional sobre as mudanças climáticas antropogênicas. Acordos internacionais. O surgimento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), relatórios e evolução dos modelos e cenários previstos. A Agenda Climática e de Sustentabilidade (Agenda 2030);- Políticas públicas e diretrizes internacionais sobre mudanças climáticas. Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC). Propostas e acordos locais, nacionais e internacionais para alcançar a sustentabilidade global.- Inventário de emissões de gases de efeito estufa (Protocolo GHG/FGV) – atividade prática dos escopos 1 e 2; - Saída de campo (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - CEMADEM). Atividades direcionadas e tratamento de dados atualizados.- Elaboração e apresentação de projeto sobre adaptação de cidades à futuros extremos climáticos (selecionar uma cidade do Vale do Paraíba, analisar sistematicamente o território no âmbito das vulnerabilidades climática e socioambiental e propor mecanismos de adaptação da cidade para tais cenários previstos do clima para as próximas décadas).
Artaxo P (2014). Uma nova era geológica em nosso planeta: o Antropoceno?. Revista Usp, (103), 13-24. Iwama AY, Batistella M, & Ferreira LDC (2014). Riscos geotécnicos e vulnerabilidade social em zonas costeiras: desigualdades e mudanças climáticas. Ambiente & Sociedade, 17, 251-274.Macreadie PI, Costa MD, Atwood TB, Friess DA, Kelleway JJ, Kennedy H, ... & Duarte CM (2021). Blue carbon as a natural climate solution. Nature Reviews Earth & Environment, 2(12), 826-839.Mitchard ET (2018). The tropical forest carbon cycle and climate change. Nature, 559(7715), 527-534.Novello VF, da Cruz FW, Vuille M, Campos JLPS, Stríkis NM, Apaéstegui J, ... & Karmann I (2021). Investigating δ13C values in stalagmites from tropical South America for the last two millennia. Quaternary Science Reviews, 255, 106822. Oliveira MJ, Carneiro CDR, da Silva Vecchia FA, & de Mello Baptista GM (2017). Ciclos climáticos e causas naturais das mudanças do clima. Terrae didática, 13(3), 149-184. Oki T, Entekhabi D, & Harrold TI (1999). The global water cycle. Global energy and water cycles, 10, 27.Pereira P, Wang F, Inacio M, Kalinauskas, M, Bogdzevič K, Bogunovic I, ... & Barcelo D (2024). Nature-based solutions for carbon sequestration in urban environments. Current Opinion in Environmental Science & Health, 100536.Romanello M, Di Napoli C, Green C, Kennard H, Lampard P, Scamman D, ... & Costello A (2023). The 2023 report of the Lancet Countdown on health and climate change: the imperative for a health-centred response in a world facing irreversible harms. The Lancet, 402(10419), 2346-2394.Seddon N, Smith A, Smith P, Key I, Chausson A, Girardin C, ... & Turner B (2021). Getting the message right on nature‐based solutions to climate change. Global change biology, 27(8), 1518-1546.Waters CN, Zalasiewicz J, Summerhayes C, Barnosky AD, Poirier C, Gałuszka A, ... & Wolfe AP (2016). The Anthropocene is functionally and stratigraphically distinct from the Holocene. Science, 351(6269), aad2622.Diversos artigos científicos na Revista “Global Change Biology”, Grupo Wiley.