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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
História
 
Disciplina: FLH0129 - História da alimentação [2- História Cultural]
History of Food

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 2
Carga Horária Total: 120 h ( Práticas como Componentes Curriculares = 20 h )
Carga Horária de Extensão: 20 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2025 Desativação:

Objetivos
Introduzir o tema da história da alimentação, a partir de um enfoque panorâmico sobre a historiografia fundadora desse campo, tanto em âmbito internacional como no Brasil.
Em seguida, serão abordados alguns alimentos em particular em sua importância histórica na formação da época moderna.
O terceiro tópico tratará da revolução industrial e da sua relação com as transformações na agricultura e irá introduzir debates sobre a situação contemporânea da alimentação humana, do modelo agroindustrial, do padrão fast-food, do uso fertilizantes, agrotóxicos, organismos geneticamente modificados e biocombustível.
Cada aula será dedicada a um tema, com um texto básico que deverá ser lido e apresentado pelos alunos e discutido com a classe.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
810042 - Henrique Soares Carneiro
 
Ementa
A disciplina tratará de três aspectos fundamentais sobre o tema, a saber: o campo da alimentação na História; os alimentos e os intercâmbios modernos; a agroindústria contemporânea.
A disciplina também destinará 20 horas para o planejamento e desenvolvimento de práticas extensionistas, a serem computadas nas ACE constantes do Histórico Escolar do aluno. Essa atividade deverá ser voltada para o público externo à Universidade, previamente delimitado pelo aluno e com aval do professor, e deverá ter caráter historiográfico, que poderá assumir diferentes formas, tais como: formação historiográfica de público- externo à universidade, formação continuada de professores da rede básica, atividades e organização de eventos culturais com temas históricos, atividades de preservação patrimonial, organização documental e direito à memória, exposições, performances teatrais, intervenções urbanas, ações vinculadas a monumentos e contra monumentos, placas comemorativas, roteiros turísticos, dentre outros, podendo ser de caráter presencial ou remoto, de acordo com as definições institucionais e normas vigentes na Universidade. O desenvolvimento das atividades se fará sob a tutoria do docente- responsável pela disciplina, sendo avaliada conforme as regras vigentes para aprovação em disciplinas, mediante relatório final e sistematização da avaliação pelo grupo social envolvido, conforme indicadores previamente definidos pelo docente e pelos alunos envolvidos.
 
 
 
Conteúdo Programático
A) O campo da alimentação na História

1- Apresentação do programa
2- Introdução geral
3- Carne e cultura ocidental (Montanari, pp. 13-54)
4- Cultura material e alimentação (Braudel, pp.145-158)
5- A civilização do vinho (Rod Philips, pp. 23-55)
6- Historiografia brasileira da alimentação (Cascudo, pp.17-68)
7- Alguns trabalhos regionais: Bahia e o acarajé (Costa Lima, pp. 123-136)
8-Prova em classe

B) Os alimentos e os intercâmbios modernos

9-Sal (Multhauf, pp.15-37)
10-Açúcar, Café, Chá e Chocolate (A. H. de Lemps, in Flandrin/Montanari, pp.611-624)
11-Novos produtos: o milho (Warman, pp.13-40)


C) A agroindústria contemporânea

12-A revolução industrial e a revolução agrícola (Bellamy Foster, pp.205-246)
13-A agroindústria contemporânea: transgênicos, biocombustível e modelo fast-food (Michael Pollan, pp.50-66).
14-Entrega de avaliações e balanço da disciplina.
 
 
 
Instrumentos e Critérios de Avaliação
     
Método de Avaliação
Métodos Utilizados: Aulas expositivas e seminários. Atividades Discentes: Leituras semanais de textos e realização de um seminário. Um conjunto de onze textos deverá ser lido obrigatoriamente para debate em sala de aula e será objeto de discussões em seminários apresentados pelos alunos. A bibliografia auxiliar deverá ser consultada.
Critério de Avaliação
A avaliação será feita com base numa prova no meio da disciplina e na realização de um seminário ou de uma análise escrita do texto de um seminário.
Norma de Recuperação
Prova oral sobre todos os textos do programa em data a ser estipulada.
 
Bibliografia Básica
     
ABDALA, Mônica Chaves, Receita de mineiridade. A cozinha e a construção da imagem do mineiro, 2ª ed., Uberlândia/MG, Edufu, 2007.
BELASCO, Warren, O que iremos comer amanhã?, São Paulo, Senac, 2009.
BOVÉ, José, e DUFOUR, François, O mundo não é uma mercadoria. Camponeses contra a comida ruim, São Paulo, Edunesp, 2001.
BRAUDEL, Fernand, Civilização material e capitalismo, Lisboa, Cosmos, 1970.
CAMARA CASCUDO, Luis da, História da Alimentação no Brasil: pesquisa e notas, Belo Horizonte, Itatiaia, 1983.
------------ (e outros), Antologia da alimentação no Brasil, Rio de Janeiro, LTC, 1977.
CARNEIRO, Henrique S., Comida e sociedade. Uma história da alimentação, Rio de Janeiro, Campus, 2003.
------------- Pequena enciclopédia da história das drogas e bebidas, Rio de Janeiro, Campus/Elsevier, 2005.
------------- Bebida, abstinência e temperança na história antiga e moderna, São Paulo, Senac, 2010.
CASTRO, Josué de, Geopolítica da fome: ensaios sobre os problemas de alimentação e de população do mundo, Rio de Janeiro, C.E.B., 1951.
CHONCHOL, Jacques, O desafio alimentar. A fome no mundo, São Paulo, Marco Zero, 1989.
CONTRERAS, Jesús; e GRACIA, Mabel, Alimentação, sociedade e cultura, Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2011.
COUNIHAN, Carole; e VAN ESTERIK, Penny (Eds.), Food and Culture. A Reader, N. York, Routledge, 1997.
COUTO, Cristiana, Arte de Cozinha. Alimentação e dietética em Portugal e no Brasil (séculos XVII-XIX), São Paulo, Editora Senac, 2007.
DIAMOND, Jared, Armas, gérmenes y acero. Breve historia de la humanidad em los últimos 13.000 años, Barcelona, Debolsillo, 2008.
DÓRIA, Carlos Alberto, Estrelas no céu da boca. Escritos sobre culinária e gastronomia, São Paulo, Editora Senac, 2006.
FISCHLER, Claude; e MASSON, Estelle, Comer. A alimentação de franceses, outros europeus e americanos, São Paulo, Senac, 2010.
FISCHLER, Claude, “A McDonaldização dos costumes” in FLANDRIN & MONTANARI, História da Alimentação, 1998, pp. 841-862.
FLANDRIN, Jean-Louis; e MONTANARI, Massimo, História da Alimentação, tradução de Luciano Vieira Machado e Guilherme J. F. Teixeira, São Paulo, Estação Liberdade, 1998.
FONTENELLE, Isleide Arruda, O Nome da marca. McDonald`s, fetichismo e cultura descartável, Rio de Janeiro, Boitempo, 2002.
FOSTER, John Bellamy, A ecologia de Marx. Materialismo e natureza, trad. Maria Teresa Machado, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005.
FREEDMAN, Paul, A história do sabor, São Paulo, Senac, 2009.
FRIEIRO, Eduardo, Feijão, angu e couve: ensaio sobre a comida dos mineiros, Belo Horizonte/Itatiaia-São Paulo/Edusp, 1982 (1.ed.1967).
HALES, Steven D., Cerveja & Filosofia, Rio de Janeiro, Tinta Negra Bazar Editorial, 2010.
JACOB, Heinrich Eduard, Seis mil anos de pão. A civilização humana através de seu principal alimento, tradução, introdução e notas de José M. Justo, São Paulo, Nova Alexandria, 2003.
KIPLE, Kenneth, A movable feast. Ten millennia of food globalization, Cambridge university Press, 2007.
KURLANSKY, Sal. Uma história do mundo, trad. Silvana Vieira, São Paulo, Editora Senac, 2004.
LIMA, Vivaldo da Costa, A anatomia do acarajé e outros escritos, Salvador, Corrupio, 2010.
LONG, Janet (org.), Conquista y Comida. Consecuencias del encuentro de dos mundos, México, UNAM, 2003.
LOVELOCK, James, A vingança de Gaia, trad. Ivo Korytowski, Rio de Janeiro, Intrínseca, 2006.
MAURIZIO, Adam, Histoire de l´alimentation végétale depuis la pré-histoire jusqu´a nos jours, Paris, Payot, 1932.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra; e CARNEIRO, Henrique, “A história da alimentação: balizas historiográficas”, Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, Nova Série, Vol.5, jan/dez 1997, pp.9-92.
MINTZ, Sidney W. Sweetness and power. The place of sugar in modern history, N. York, Elizabeth Sifton Books/Penguin Books, 1986.
MONTANARI, Massimo, Comida como cultura, São Paulo, Senac, 2008.
-------------------, A fome e a abundância. História da alimentação na Europa, Bauru-SP, EDUSC, 2003.
MULTHAUF, Robert P., El legado de Neptuno. Historia de la sal común, México, FCE, 1985.
ORICO, Osvaldo, Cozinha amazônica, Belém, Universidade Federal do Pará, 1972.
PENDERGRAST, Mark, El Café. Historia de la semilla que cambió al mundo, Buenos Aires, Javier Vergara Editor, 2002.
POLLAN, Michael, O Dilema do onívoro, trad. Cláudio Figueiredo, Rio de Janeiro, Intrínseca, 2007.
------------ The Botany of desire. A plant´s-eye view of the world, Nova Iorque, Handom House, 2002.
REDÓN, Josep Muñoz, A cozinha do pensamento, São Paulo, Senac, 2008.
SANTOS, Carlos Roberto Antunes dos, História da alimentação no Paraná, Curitiba, Fundação Cultural, 1995.
SILVA, Paula Pinto e, Farinha, feijão e carne-seca, São Paulo, Editora Senac, 2005,
SCHIVELBUSCH, Wolfgang, Histoire des stimulants, Mayenne, Le Promeneur, 1991.
SCHLOSSER, Eric, País Fast Food, trad. Beth Vieira, São Paulo, Ática, 2001.
WARMAN, Arturo, La historia de un bastardo: maíz y capitalismo, México, FCE, 1988.
 
Atividades de Extensão
     
Grupo social alvo da atividade
Esta atividade deverá ser voltada para o público externo à Universidade, previamente delimitado pelo aluno e com aval do professor.
Objetivos da atividade
A atividade extensionista deverá ter caráter historiográfico, sob diversas formas, tais como: formação historiográfica de público- externo à universidade, formação continuada de professores da rede básica, atividades e organização de eventos culturais com temas históricos, atividades de preservação patrimonial, organização documental e direito à memória, podendo ser de caráter presencial ou remoto, de acordo com as definições institucionais e normas vigentes na Universidade.
Descrição da atividade
A disciplina também destinará 20 horas para o planejamento e desenvolvimento de práticas extensionistas, a serem computadas nas ACE constantes do Histórico Escolar do aluno. O desenvolvimento das atividades se fará sob tutoria de um docente e de monitorias pedagógicas, sendo avaliada conforme as regras vigentes para aprovação em disciplinas.
Indicadores de avaliação da atividade
Entrega de relatório final e sistematização da avaliação pelo grupo social envolvido e pelo aluno, conforme modelo padronizado pelo Departamento de História e indicadores previamente definidos pela Universidade (aproveitamento, presença e ampliação do conhecimento historiográfico e da história aplicada a demandas sócio- culturais).

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