Criar condições para que o aluno: a) Investigue, a partir do aparato teórico fornecido pelo conhecimento que vem sendo acumulado na área de metodologia do ensino de Língua Portuguesa, o estado atual do ensino- aprendizado da leitura e da escrita iniciais. b) Consiga discriminar, no quotidiano escolar da alfabetização, problemas relativos ao processo de aquisição inicial da leitura e da escrita propondo, e quando possível testando, cenários alternativos para a escola pública brasileira. c) Programe e execute atividades que o preparem para atuar como profissional em diferentes campos que tratem do ensino-aprendizado da língua materna em contexto escolar, dando consequência aos fundamentos teóricos estudados.
A alfabetização como processo complexo. A alfabetização sob a perspectiva da linguística. História da alfabetização no Brasil. Causas do fracasso do processo de alfabetização no Brasil. Análise de textos produzidos por crianças. Os múltiplos letramentos e seu impacto na sala de aula. Orientação metodológica do trabalho pedagógico com a alfabetização.
1. A alfabetização como processo complexo Brincar de ler e de escrever na Educação Infantil Principais métodos utilizados para alfabetizar na escola brasileira ao longo da história. Vantagens e desvantagens dos principais métodos utilizados. Impasses no processo de alfabetização ligados aos diversos letramentos. 2. A linguística e o ensino de Língua Portuguesa. Como a fala funciona. As transposições mais comuns da fala para a escrita. Como os conceitos linguísticos podem auxiliar na compreensão dos erros de quem aprende a escrever. 3. Análise de textos produzidos por crianças. Coesão e coerência textuais em textos infantis. Estratégias pedagógicas para provocar mudanças qualitativas em versões de textos. 4. O caráter singular de percursos de aprendizagem. O paradigmático e o imprevisível em percursos de elaboração infantis. Ensinamentos dos percursos singulares de refacções de textos. 5. Análise de currículos e de programas de ensino da língua materna. Programas e projetos de alfabetização atuais. Construção de propostas objetivas e consequentes que tornem menos lenta a passagem da oralidade para a escrita.
ABAURRE, M. B & CAGLIARI, L.C. - Textos Espontâneos na primeira série; evidência da utilização, pela criança, de sua percepção fonética da fala para representar e segmentar a escrita. In: Cadernos Cedes. São Paulo: Cortez, 1985. Pp. 25-29.ABAURRE, M.B.M.; FIAD, R. S.; MAYRINK-SABINSON, M.L.; GERALDI, J.W. O caráter singular das operações de refacção nos textos representativos do início da aquisição da escrita. In : Anais de Seminários do GEL XXIV. São Paulo, 1995.BARZOTTO, V. H. (Org.). Estado de Leitura. 1. ed. Campinas: Mercado de Letras/ALB, 1999. 215p .BAKHTIN, M. M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: contexto de François Rabelais São Paulo: Hucitec; Brasília: Editora da UNB, 1999.BARTHES, R. O prazer do texto. Trad. Maria Margarida Barahoma. Lisboa: Edição 70.BELINTANE, Claudemir. ; Ferreira-Lima, M. N. ; FAIRCHILD, T. M. . Desafios para o ensino de leitura e escrita no Brasil: heterogeneidade e contato linguístico. Signum. Estudos de Linguagem, v. 14, p. 173-193, 2012.CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2010.CAVALO, G. e CHARTIER, R.(org). História da Leitura no Mundo Ocidental. São Paulo: Editora Ática, 1998 (volumes I e II)FRANCHI, Eglê. E as crianças eram difíceis. A redação na escola. São Paulo: Martins Fontes, 1984.FREUD, S. A interpretação das Afasias: um estudo crítico. Lisboa: Edições 70, 1977GOMES-SANTOS, Sandoval Nonato; ALMEIDA, Patrícia S. Pergunta-resposta: como o par dialógico constrói uma aula na alfabetização. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 9, p. 133-149, 2009.ISER, W. O ato da leitura. vol. 1. São Paulo: Ed. 34, 1996.JOLIBERT, Josine. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.KOCH, I. V. , A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1991.KOCH, I. V., TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991.LEMLE, M. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1987.MORTATTI, Maria do Rosario Longo. Alfabetização no brasil. Uma história de sua história. UNESP, 2012.ONÃTIVIA, Ana Cecilia. Alfabetização em três propostas. Da teoria à prática. São Paulo: Ática, 2009.ORTEGA y GASSET, J “El Quijote en la escuela”. Revista da Faculdade de Educação. Volume 19, no. 1. São Paulo: Feusp, 1993.PIETRI, E. . Concepções de linguagem e ensino da escrita em materiais didáticos. Estudos Linguísticos (São Paulo), v. 37, p. 34-43, 2008.REZENDE, Neide Luzia de . Relatório e Projeto na Licenciatura: a Escrita como Potencialização da Experiência. Linha d'Agua, v. 23, p. 47-61, 2010.RAMOS, Graciliano. Infância. São Paulo: Martins, 1972.RIOLFI, Claudia (Org.) ; BARZOTTO, Valdir Heitor (Org.). Sem choro nem vela: carta aos professores que ainda vão nascer. 1. ed. São Paulo: Paulistana, 2012. 239p .RIOLFI, Claudia Rosa (Org.) ; BARZOTTO, Valdir Heitor (Org.) . O inferno da escrita: produção escrita e psicanálise. 1. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2011. 211p .SEMEGHINI-SIQUEIRA, Idméa. . Recursos educacionais apropriados para recuperação lúdica do processo de letramento emergente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 92, p. 148-165, 2011.SEMEGHINI-SIQUEIRA, Idméa. Questões de letramento emergente e do processo de alfabetização em classes do 1º ano do ensino fundamental para crianças de 6 anos. In: KISHIMOTO, T. M.; OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. (Orgs.) Em busca da Pedagogia da Infância: pertencer e participar. Porto Alegre: Artmed, 2013 [no prelo].Silva, Ezequiel Theodoro da. Alfabetização no Brasil - Questões e Provocações da Atualidade. Campinas, SP: Editores Associados, 2007.SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003.