Produzir materiais didáticos digitais, multimídia (sonoro, visual e/ou audiovisual) sobre os Objetivos deDesenvolvimento Sustentável (ODS, em diálogo com a Agenda Municipal 2030 de São Paulo;● Contribuir para a formação de formadores(as) no âmbito dos Objetivos de DesenvolvimentoSustentável (ODS) e do Novo Regimento Climático;● Discutir como a desinformação e o negacionismo climático estão ligados à desregulamentação e aoaumento das desigualdades;Debater as contribuições de uma abordagem dialógica da comunicação para a comunicação públicada ciência e a participação democrática;● Apresentar boas práticas no âmbito da comunicação para engajamento e mobilização socioambientale debater seus limites e desafios;● Trabalhar a institucionalização do campo da educomunicação e as convergências epistemológicascom a educação ambiental crítica, analisando como elas se materializam em políticas públicas;● Avançar na reflexão teórica sobre as convergências epistemológicas e empíricas dos campos daeducação ambiental e da educomunicação, especialmente no que se refere a problemáticas chavecomo a tensão entre complexidade e redução, estratégia e tática, territorialização e virtualidade,limites e aceleração.
As chamadas crises ambientais globais, que têm na emergência climática sua expressão mais eloquente,são marcadas pela interdependência e pela variabilidade dos fenômenos que as originam e as agravam. Atodo momento esses “objetos cabeludos” nos lembram que passamos do mundo das certezas objetivas parao das probabilidades, cuja validade se assenta não mais na Verdade, mas na qualidade da informação e nasestratégias mais democráticas de resolução de problemas. É preciso lembrar que há uma relação intrínsecaentre o aumento das desigualdades, a desregulamentação e o negacionismo climático. E que oenfrentamento a essa tríade perversa se dá no contexto da sociedade da informação, na qual a informaçãoconstitui matéria-prima estratégica e as novas tecnologias de informação e comunicação moldam asatividades humanas (mas não as determinam). Por isso, é cada vez mais urgente levarmos a sério o alertade que precisamos superar tanto as concepções economicistas de desenvolvimento quanto a visãoinstrumental da comunicação. Uma estratégia metodológica fundamental para esta disciplina é a realização de viagens didáticas, aulas de campo e visitas técnicas, a fim de conhecer in loco políticas públicas concretas e suas interfaces existentes ou potenciais com a educomunicação.
1. O histórico dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o desafio de localização e comunicação daAgenda 2030;2. A Agenda Municipal 2030 de São Paulo;3. Discursos sobre desenvolvimento e sustentabilidade: análise e categorização dos discursos ambientaismodernos;4. Convergências epistemológicas e empíricas da educomunicação e da educação ambiental;5. A relação entre o direito à comunicação e o direito ao meio ambiente;6. Comunicação, meio ambiente e interseccionalidades;7. Narrativas sobre a emergência climática: entre o Antropoceno e o Capitaloceno;8. Perspectivas dialógicas para a comunicação pública das ciências;9. Comunicação, meio ambiente e (des)aceleração;10. Amazônia como laboratório de (r)existência.
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