Analisar o impacto das redes de comunicação nas relações entre público e privado a partir do fim do século 20, compreendendo a arquitetura como uma das interfaces privilegiadas do século 21 e a cidade como o espaço de sua realização.
A disciplina investiga a história recente das relações entre design e edifício, interrogando as formas e as diferentes proposições de espaço urbano decorrentes da emergência e popularização das telecomunicações contemporâneas. Os territórios imateriais criados pelas redes configuram novas formas de viver e circular em espaços “inteligentes” que reagem à presença de seus ocupantes (transitórios e fixos) e postulam formas inéditas de participação e controle político. Esses novos territórios enunciam uma antropologia do ambiente edificado, pautada pelo entrecruzamento de suas matrizes materiais e digitais (contextos cíbridos), que implicam novos problemas e desafios nas intersecções entre a arte, a arquitetura e o design.
1) Conectividade e novas dimensões do espaço arquitetônico 2) Conectividade e subjetividades emergentes 3) Relações entre espaço público e privado 4) Zonas Autônomas Temporárias: os novos ativismos 5) Cidade informacional e edifícios interativos 6) Arte, arquitetura e design na era da matéria programável 7) Exercícios: análise e experimentações de projetos que operam nas intersecções entre a arte, a arquitetura e o design. Esses exercícios são realizados no prédio da FAU, em diversos ambientes.
BEIGUELMAN, Giselle. Da cidade interativa às memórias corrompidas: arte, design e patrimônio histórico na cultura urbana contemporânea. 2016. Tese (Livre Docência em Linguagem e Poéticas Visuais) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/16/tde-09112016-145703/ BULHÕES. Maria Amélia . Web arte e poéticas do território. 1. ed. Porto Alegre: Zouk, 2011. BRUNO, Fernanda. Máquinas de ver, modos de ser: vigilância, tecnologia e subjetividade. Porto Alegre: Sulinas, 2013. BEY, Hakim. TAZ . Zona Autônoma Temporária. São Paulo, Conrad, 2001 CRARY, Jonathan. 24/7: Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu Editora, 2016. CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e de esperança: movimentos sociais na era da internet Rio de Janeiro: Zahar, 2014. CRITICAL ART ENSEMBLE. Distúrbio Eletrônico. São Paulo: Conrad Editora, 2001. DUARTE, Fábio. A crise das matrizes espaciais. São Paulo: Perspectiva, 2002. FOSTER, Hal. Design and Crime (and other diatribes). Nova York: Verso, 2002. GALLOWAY, Alexander. Protocol: How Control Exists after Decentralization, Cambridge /Mass., MIT Press, 2004 LEMOS, Andre. Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Ed. Sulina, Porto Alegre, 2004. MIESSEN, Markus. Crossbenching. Toward Participation as Critical Spatial Practice. Berlin: Sternberg Press, 2016. MITCHELL, William J. Me++ The Cyborg Self and the Networked City. Cambridge/Mass.: MIT Press, 2003. Seminários Internacionais Museu Vale (8:2013, Vila Velha, ES) Cyber-Arte-Cultura: A Trama das Redes. Organização: Fernando Pessoa, Vila Velha, ES Museu Vale; Rio de Janeiro: Suzy Muniz Produções, 2013 STEYERL, Hito. The Wretched of the Screen. Berlin: SternbergPress, 2012. Apoio didático da disciplina: https://sites.google.com/usp.br/gbeiguelman-2814 http://br.pinterest.com/gbeiguelman/cultura-urbana/ http://www.scoop.it/t/mobile-art