Introduzir temas e questões que apresentem a complexidade do universo arquitetônico e motivem a compreensão do estudo da História como fundamental à formação acadêmica e profissional. Refletir sobre, suas abordagens, bem como suas relações com a teoria e a crítica, documentos e arquivos, nas suas interfaces e distanciamentos. Estimular o estudo e a análise crítica da arquitetura, destacando processos de trocas ensejados pelos processos de mundialização da economia e da cultura. Atentar para as especificidades locais na sua relação com o global e em especial dos territórios nomeados historicamente América, América Latina e Brasil, em função dos marcadores sociais de raça, gênero, classe e sexualidade, tanto do ponto de vista da produção, quanto da difusão e consumo da arquitetura. Pretende-se dar prioridade à complexidade das relações entre os continentes, na conformação de sistemas culturais próprios da época, levando-se em consideração a circulação global de saberes, plantas, objetos, técnicas, materiais, imagens, textos, tratados, livros, ideais, modelos, mestres, artesãos, artistas, arquitetos, engenheiros.
Introdução à história da arquitetura, à pesquisa acadêmica e à análise crítica de obras. Estudo das teorias, história e historiografia, em suas múltiplas noções, interpretações e temporalidades, que engendraram formas de concepção e formação em arquitetura desde o mundo mediterrâneo e a América antigos até o século XVIII. Relações entre condições ambientais, geográficas e sociais e processos de produção em arquitetura. Mitos, religiões e representações cosmológicas e arquitetura. Questões materiais, construtivas, econômicas, políticas e culturais da arquitetura. Linguagens, representações e sistemas disciplinares. Relações entre arquitetura, artes visuais e cidade. Diálogos entre arquitetura, história, arqueologia, estética, antropologia e sociologia.
ARAÚJO, Emanuel. A Mão Afro-Brasileira: significado da contribuição artística e histórica. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Museu Afro Brasil, 2010. ARAÚJO, Renata Malcher. As Cidades da Amazônia no século XVIII: Belém, Macapá e Mazagão. Porto: FAUP Publicações, 1998. ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana. Vol. 1 – Da Antiguidade a Duccio. São Paulo: Cosac & Naify, 2007. ________. Clássico anticlássico – o Renascimento de Brunelleschi a Bruegel. São Paulo : Cia. das Letras, 1999. ________. Imagens e Persuasão. Ensaios sobre o Barroco. São Paulo, Companhia das Letras, 2004. BARRETO, Cristiana; LIMA, Helena; BETANCOURT, Carla (Org.). Cerâmicas Arqueológicas da Amazônia. Rumo a uma nova síntese. Belém do Pará: IPHAN / Museu Paraense Emilio Goeldi - MPEG, 2016. BAYÓN, Damián. Sociedad y Arquitectura Colonial Sudamericana. Una lectura polémica. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1974. BETTINI, Sergio. El espacio arquitectónico de Roma a Bizancio. Buenos Aires: CP67, 1992. BIANCHI-BANDINELLI, R & TORELLI, M. El Arte de la Antigüedad Clásica. Etruria-Roma. Madrid: Akal, 2000. COUTINHO, Isabel Mayer Godinho. António José Landi: 1713-1791. Um artista entre dois continentes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. D’AGOSTINO, Mário H. S. Vitrúvio, De Architectura. In: LOEWEN, Andrea Buchidid; D’AGOSTINO, Mário Henrique; AZEVEDO, Ricardo Marques de. Preceptivas arquitetônicas. São Paulo: Annablume, 2015, p. 15- 38. DUBY, Georges. O tempo das catedrais – a arte e a sociedade. Lisboa: Editorial Estampa, 1993. GISBERT, Teresa; MESA, José de. Contribuciones al estudio de la arquitectura andina. La Paz: Academia Nacional de Ciencias de Bolivia, 1966. GUERRA, Abílio (Org.). Tebas. Um Negro Arquiteto na São Paulo Escravocrata (abordagens). São Paulo: Idea / CAU/SP, 2018. GUTIÉRREZ, Ramón. Arquitectura y Urbanismo en Iberoamérica. Madri: Cátedra, 1984. GUTIÉRREZ, Ramón (Coord.). Pintura, Escultura y Artes Útiles en Iberoamérica, 1500-1825. Buenos Aires: Manuales Arte Cátedra, 1995. GRUZINSKY, Serge. A colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. HEYDENREICH, Ludwig H. Arquitetura na Itália 1400-1500. São Paulo, Cosac&Naify, 1998. KRAUTHEIMER, Richard. Arquitectura paleocristiana y Bizantina. Ed. Esp. Madrid: Cátedra, 1996. KUBLER, George. Arte y Arquitectura en la América Pré-Colonial: los pueblos mexicanos, mayas y andinos. Madrid: Catedra, 1986. LOTZ, Wolfgang. Arquitetura na Itália 1500-1600. São Paulo, Cosac & Naify, 1998. MARTINS, Renata; MIGLIACCIO, Luciano. No Embalo da Rede. Trocas Culturais, História e Geografia Artística na América Portuguesa. Sevilha / São Paulo: Universidad Pablo de Olavide - UPO / JP FAPESP Barroco Cifrado / FAUUSP, 2020. MATTOSO, José (Ed.). Património de Origem Portuguesa no Mundo. Arquitetura e Urbanismo. ROSSA, Walter (coord.). Ásia e Oceania. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. ONIANS, John. Arte y pensamiento en la época Helenística. Madrid: Alianza Ed., 1976. SCHAAN, Denise; MARTINS, Cristiane. Muito além dos Campos. Arqueologia e História na Amazônia Marajoara. Belém do Pará: IPHAN/CNPq, 2010. SIMSON, Otto von. La catedral gótica: los orígenes de la arquitectura gótica y el concepto medieval de orden. Madrid: Alianza Editorial, 2007. VERNANT, Jean-Pierre. O universo espiritual da polis. In: As origens do pensamento grego. São Paulo: DIFEL, 1981.